Orçamento Secreto: Otto Alencar está entre os senadores que esconderam destino de repasses

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Política

13 de setembro de 2022 às 08h27

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O senador Otto Alencar (PSD) está na lista dos senadores que tentam a reeleição que indicaram verbas do orçamento secreto, mas que escondem o destino das emendas. As informações foram declaradas ao presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), e enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com levantamento realizado pelo Estadão, nove dos 13 senadores que tentam se reeleger apadrinharam emendas do orçamento secreto.

Sete deles, incluindo Otto, não especificaram as detalhes do uso das verbas públicas do orçamento, manobrado pelo governo Bolsonaro como mecanismo de conseguir apoio parlamentar em troca de repasses destes recursos aplicados, normalmente, nos redutos eleitorais de cada político.

Estão na lista ainda Omar Aziz (PSD-AM), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Wellington Fagundes (PL-MT), Romário (PL-RJ), Telmário Mota (PROS-RR) e Rose de Freitas (MDB-ES). Destes, somente Alcolumbre apresentou informações adicionais à reportagem. Até a manhã desta terça-feira (12), o baiano Otto Alencar não se manifestou.

Kátia Abreu (Progressistas-TO) e Acir Gurgacz (PDT-RO) apresentaram ao detalhes do uso dos recursos públicos. Eles indicaram R$ 29,3 milhões e R$ 35,6 milhões, respectivamente, para redutos eleitorais, em 2020 e 2021.

Roberto Rocha (PTB-MA) e Alexandre Silveira (PSD-MG), por sua vez, não responderam à solicitação de Pacheco após a ordem judicial de Rosa Weber. Outros dois senadores que disputam a reeleição — Dário Berger (PSB-SC) e Alvaro Dias (Podemos-PR) — declararam não ter feito indicação.

O professor de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Gustavo Fernandes, explica que essas emendas favorecem interesses particulares dos políticos, “de curto prazo, relacionados à sustentação do governo”. Nas redes sociais, os políticos ainda exploram as obras realizada com as emendas para ter o apoio do eleitorado.

“É o orçamento de acerto de contas e acertos políticos”, afirmou.

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