Otto nega conversa para assumir Ministério da Saúde e direciona o foco para a PEC da Transição

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Luiz Felipe Fernandez

Política

01 de dezembro de 2022 às 12h42

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Médico de formação e senador da República, o baiano Otto Alencar (PSD) negou qualquer conversa do seu partido com o presidente eleito Lula (PT) para ser nomeado para o Ministério da Saúde. O parlamentar compõe a equipe de transição do governo, mas é considerado um ativo importante no Congresso para os próximos anos.

Reeleito com ampla folga na Bahia, Otto foi um dos senadores mais combativos durante o governo Bolsonaro, e é aliado há anos do governo do PT na Bahia, se distinguindo entre os quadros da legenda.

Ele é um dos baianos cotados para ocupar algum ministério no novo governo, ao lado do governador Rui Costa (PT) e do senador Jaques Wagner (PT).

Nesta quarta-feira (30), integrantes do PSD se reuniram com Lula e a equipe de transição, mas segundo Otto o assunto tratado foi a PEC da Transição, protocolada no Senado e que aguarda a tramitação. 

Uma eventual discussão acerca dos espaços do partido no novo governo ainda deve acontecer.

"Não se falou em cargos ou ministérios, o presidente ficou de conversar conosco para ver o espaço, mas a aprovação da PEC não exigiu nenhuma contrapartida nesse sentido. O PSD vai participar do governo, tem essa possibilidade, mas se são dois ou três ministérios, Lula ainda não definiu", garante Otto.

O PSD selou o apoio à retirada do custo com o Bolsa-Família do teto de gastos pelos próximos dois anos. Com isso, Lula conta com a ajuda dos 11 senadores eleitos pelo partido.

O objetivo do governo eleito é manter as despesas pelos próximos quatro anos fora do teto.

Segundo Otto, a medida é fundamental para garantir assistência à população mais carente no país, na tentativa o problema da fome que atinge milhões de brasileiros.

Ele reitera que não pode ter comportamento diferente, uma vez que acatou o furo do teto de gastos proposto por Bolsonaro a poucos meses da eleição, e critica quem antes votou a favor e agora tem posicionamento diferente.

Um deles é o deputado federal Arthur Maia (UNIÃO), que pediu que o tema fosse encarado como realidade e classificou ser impossível retirar o pagamento do auxílio do teto de gastos pelos próximos quatro anos.

"Hoje em dia muitas pessoas vivem em insegurança alimentar. Eu votei a pedido de Bolsonaro, há quatro meses atrás, aumentando para R$ 200. Eu apoiava Lula contra Bolsonaro, então quem menos pode reclamar de votar a favor da PEC são esses bolsonaristas e os que apoiaram na época", afirmou o senador.

"O erro de Bolsonaro foi não tornar permanente. Agora tem gente fazendo politicagem, até o próprio Arthur Maia, que votou a favor", concluiu.

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