Mães adotivas: a vida de mulheres que optaram pela maternidade “de coração”

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Márcia Moreira

Brasil

14 de maio de 2023 às 13h20

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No Brasil, 56,7% das mulheres optaram pela adoção, de acordo com dados do último Censo do IBGE. Às vezes porque juntamente com o parceiro não podem gerar um filho biológico ou até mesmo por sempre ter tido vontade de adotar. 

Dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), indicam que mais de 30 mil crianças e adolescentes estão em situação de acolhimento em mais 4.533 unidades em todo o país. Deste total, 5.154 mil estão aptas a serem adotadas. O Portal Salvador FM reuniu histórias de algumas destas mulheres que encontraram na adoção, o verdadeiro sentido da maternidade. 

Ana Paula Mendes

Mãe de Carlos Eduardo de 11 anos adotou Arthur, hoje com 4 anos. A adoção foi espontânea em decorrência do falecimento da irmã. Ana Paula ficou responsável pela guarda do sobrinho.

“Quando minha irmã ficou doente, ela me pediu para cuidar dele se caso acontecesse algo e não deixar com outra pessoa. Em tese por ser tia, eu já tinha o amor de mãe também, mas foi o que aconteceu, hoje ele é meu filho do coração com o maior amor”, disse.

O filho adotivo de Ana Paula é autista.

“Tem 3 anos de adoção, ou seja, desde um ano ele está comigo, ele é autista e não fala, então não verbaliza em palavras sobre eu ser mãe dele, mas ele sabe. Sabe aquela situação que a criança corre para a mãe? Ele corre para mim”, contou emocionada.

Ana Cristina Moreira

Cristina teve quatro filhas mulheres e nunca imaginou seguir o caminho da adoção, diferente da irmã, Raimunda, que adotou uma criança de três meses. Com o passar do tempo, a filha adotiva de Raimunda engravidou e teve uma filha, mas por conta de complicações do parto foi a óbito e a filha Maria Clara ficou sob a responsabilidade das irmãs, mais ainda de Ana Cristina que foi a Justiça para adotar formalmente Maria Clara e a partir disso, ter também todos os direitos como filha.

Hoje, Maria Clara com oito anos, tem o apoio de toda família. “Eu não imaginava que seria escolhida para essa missão, mas comprovo que é a melhor que Deus poderia me dar, ser mãe de Maria Clara”, contou.

Márcia Santos

Tem 4 filhos e adotou o quinto depois que a mãe biológica morreu e deixou 6 filhos. Neste momento, Márcia viu a possibilidade de adotar. Os outros ficaram com familiares. Atualmente, o filho adotivo de Márcia, Dheymes Santos, tem 32 anos a reconhece como verdadeira mãe.

“Ele não é nascido do meu ventre, vem do meu coração e vejo que tem diferença entre os meus filhos de sangue, eu percebo que ele é muito mais grato”, afirmou.

Formado em TI na Unijorge, Humanas na UFBA e agora está fazendo Direito também na UFBA. É concursado na área militar e foi morar em Itabuna.

Márcia conta que a relação entre todos da família é muito boa, inclusive o marido também a apoiou na adoção.

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