Em recado ao governo Lula (PT), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a aprovação do arcabouço fiscal não serve de parâmetro para analisar o tamanho da base de apoio ao Executivo na Casa. Porém, disse ver uma "evolução" neste grupo.
"Sempre deixei claro em todas as conversas, e nós trouxemos todos, base governo, quem é independente, quem é oposição. Sempre temos que reconhecer o esforço de cada um, cada um fez o seu papel. Mas essa matéria não é de governo, não é da oposição. É de país", afirmou o parlamentar.
"Eu penso que não [dá pra medir o tamanho da base pelo resultado do arcabouço]. Mas é uma evolução. Estamos trabalhando para que isso se concretize. Sempre disse a todos que nós seremos os facilitadores do que for bom para o país", completou.
Confiança
Por sua vez, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como "expressivo", de acordo com o G1, o placar de 372 a 108 votos na Câmara para aprovar o texto-base do novo marco fiscal.
Segundo Haddad, o apoio no Congresso dá "confiança" para o governo avançar outra pauta considerada prioritária na área econômica: a reforma tributária, que se arrasta por décadas no parlamento.
"A Câmara dos Deputados deu uma demonstração de que busca um entendimento para ajudar o Brasil a recuperar taxas de crescimento mais expressivas. Isso também nos dá confiança de que a reforma tributária é a próxima tarefa a cumprir", declarou Haddad.
