Acarajé rosa em homenagem ao filme Barbie vira alvo de polêmica em Salvador; entenda

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Salvador

18 de julho de 2023 às 15h54

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Imagem de Acarajé rosa em homenagem ao filme Barbie vira alvo de polêmica em Salvador; entenda

Uma da principais iguarias da culinária baiana, o acarajé virou alvo polêmica em Salvador após uma vendedora divulgar imagens do quitute na cor rosa, em referência ao filme sobre a boneca Barbie, que estreia nesta semana. 

A presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (ABAM), Rita Santos, disse que o bolinho na cor rosa não representa as tradições da venda do acarajé. 

"É um patrimônio, não só o ofício, mas também o nosso acarajé. Para mim (o acarajé cor de rosa) também não é acarajé, é simplesmente um bolinho de feijão. E ela não pode ser chamada de baiana. Temos dois termos: a baiana de acarajé, de fato e de direito, que são aquelas que preservam a nossa cultura, que valorizam os nossos antepassados, e aquelas meramente vendedoras, que vão vender pelo dinheiro. Essa é uma que está vendendo pelo dinheiro. Ela não valoriza o nosso legado, ela não valoriza o nosso patrimônio", criticou Rita acrescentando ainda que a vendedora do acarajé rosa desvaloriza além do ofício da baiana, a cultura negra. 

"Os brancos não valorizam o que é nosso, porque vamos valorizar o que é deles? Nós, o estado da Bahia, o maior em número de pessoas negras, temos que valorizar o que é nosso, dos pretos, porque vamos dar 'Ibope' para Barbie?"

Em entrevista ao G1, a criadora do acarajé cor de rosa, Adriana Ferreira dos Santos, se defendeu e disse que tudo não passaou de uma brincadeira.

"É uma brincadeira pelo estreia do filme. Só vamos fazer essa semana. De forma nenhuma isso afeta as tradições. Eu gosto de inovar. Sempre prezo pela qualidade e em como levar meu produto até eles (clientes). "Eu não ligo, são pessoas infelizes (que criticam). Não altera nada em sabor. Eu sou uma comerciante do acarajé. É o nosso sustento. Tudo que eu faço gera polêmica e eu estou sempre pensando na qualidade. É muita falta de empatia (de quem critica). Não tem necessidade", se defendeu.

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