Otto Alencar foi alvo de espionagem ilegal da 'Abin Paralela'

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Política

03 de fevereiro de 2024 às 08h30

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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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O senador Otto Alencar (PSD-BA) foi um dos alvos de uma espionagem feita de forma ilegal pela chamada "Abin Paralela". Além do parlamentar, outros colegas de casa e ministros do Supremo Tribunal Federal foram monitorados pelo "órgão" que teria operado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a TV Band, entre os magistrados, os alvos foram Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Com relação aos senadores, os monitorados foram aqueles que fizeram parte da CPI da Covid: Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Rogério Carvalho (PT-SE), Humberto Costa (PT-PI) e Alessandro Vieira (MDB-SE).

O rol contempla ainda a senadora pelo MDB-MS e atual ministra Planejamento, Simone Tebet, e o ministro da Educação, Camilo Santana. Ex-integrantes do governo Bolsonaro também entraram na mira do monitoramento ilegal: Abraham Weintraub (Educação), Anderson Torres (Justiça) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo) foram os nomes citados.

Na última segunda-feira (29), a Polícia Federal realizou uma operação que teve o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), como alvo. A suspeita é a de que ele, filho "02" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teria recebido "materiais" obtidos ilegalmente pela Abin, chefiada pelo deputado federal Alexandre Ramagem entre julho de 2019 e abril de 2022.

Em entrevista à revista Veja, Otto Alencar disse que levou as informações sobre os alvos da espionagem ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que já solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista dos congressistas que foram alvo da arapongagem. “É o caso de, se tiver elementos, processar os autores”, disse o senador.

Alencar relatou que, durante os trabalhos da CPI, a cúpula da comissão se reunia secretamente à noite na casa do senador Omar Aziz (PSD-AM) para a definição dos próximos passos e estratégias, e que havia um acordo interno para que as informações não fossem divulgadas. “No dia seguinte estavam na imprensa”, disse. “Eles grampeavam, eles monitoravam. Meu telefone foi clonado. Eu tinha dificuldade de conversar com os colegas.”

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