'Assim como eu não era União Brasil apoiando Neto, eu não sou PT apoiando Jerônimo', diz Heber sobre troca de lado

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Evilásio Júnior

Blog do Vila

17 de junho de 2024 às 06h00

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Ex-deputado estadual e ex-vereador de oposição ao governo do Estado, o atual coordenador institucional da pré-campanha do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) à Prefeitura de Salvador, Heber Santana (Podemos), justificou a troca de lado por acreditar que poderia "influenciar positivamente" o chefe do Executivo baiano, Jerônimo Rodrigues (PT), a "adotar as suas ideias". No campo liderado pelo ex-gestor soteropolitano ACM Neto (União Brasil), o social-cristão afirma que suas "colaborações já não eram atendidas".

Ao contrário de boa parte do público evangélico, que passou a alimentar uma "guerra entre o bem e o mal", na disputa política entre direita e esquerda, ele justificou ter feito a migração com "facilidade", em função de ter iniciado a sua trajetória ao lado do pai. Ex-congressista, Eliel Santana atuou contra o carlismo, foi parlamentar estadual pelo PSB, suplente do senador João Durval (PDT) e até mesmo candidato a vice-prefeito ao lado do petista Nelson Pelegrino, na eleição de 2000.

Apesar disso, ele foi alvo de críticas de ex-aliados e correligionários do extinto PSC, como o ex-deputado federal Abílio Santana – atualmente no Republicanos – que o acusou de ter "vendido a alma ao PT". "Algumas avaliações são oportunistas, dentro de um contexto eleitoral, mas não chegaram ao meu coração. Continuo gostando de todo mundo, inclusive do Pastor Abílio também. Eu não mudei, do ponto de vista daquilo que eu acredito, daquilo que eu penso e daquilo que eu defendo. As minhas convicções são exatamente as mesmas que eu tinha anteriormente. Assim como eu não era União Brasil apoiando Neto, eu não sou PT apoiando Jerônimo", comparou, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.

Especificamente sobre a nova função, Heber justificou ter aceitado o convite com o "sentimento de contribuir" e "por acreditar no projeto" do emedebista de chegar ao Palácio Thomé de Souza. "Eu vim para essa composição de governo muito pela influência de Geraldo, uma pessoa com quem construímos uma relação de amizade. Acompanho de perto o seu trabalho e passei a admirá-lo", acrescentou.

Ex-superintendente de Proteção e Defesa Civil do Estado, Santana adiantou que dará a sua contribuição no Programa de Governo Participativo (PGP) com propostas para que a capital baiana "se torne uma cidade mais resiliente" aos desastres ambientais causados pela mudanças climáticas: "Porque a questão não é se vai acontecer, e sim quando vai acontecer".

Confira a entrevista na íntegra:
 

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