Giro Eleitoral/Camaçari: TRE confirma inédita possibilidade de 2º turno

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Evilásio Júnior

Eleições 2024

21 de junho de 2024 às 06h00

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Foto: Tiago Pacheco / Secom Camaçari

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A cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, terá segundo turno pela primeira vez na história, caso nenhum candidato a prefeito conquiste mais de 50% dos votos na primeira fase da eleição de outubro. A notícia foi confirmada ao Portal Salvador FM por fontes do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). A informação oficial será divulgada nos próximos dias. 

De acordo com a apuração, embora os números ainda não estejam consolidados, já é possível ratificar que o município atingiu mais de 200 mil eleitores, contingente exigido pela Constituição Federal para a ocorrência de uma etapa final. Até 2020, a regra era aplicada em apenas três localidades baianas: a capital (1.976.477 eleitores), Feira de Santana, no centro-norte (426.556), e Vitória da Conquista, no sudoeste do estado (254.697). 

Pesquisa aponta polarização – Por enquanto, apenas quatro postulantes estão em pré-campanha: Flávio Matos (União Brasil), apoiado pelo atual prefeito e correligionário Antonio Elinaldo, o ex-secretário de Relações Institucionais do governo Jerônimo Rodrigues, Luiz Caetano (PT), Oswaldinho Marcolino (MDB) e Cleiton Pereira (Novo). Se no início de maio Sineide Lopes (Republicanos) se aliou ao vereador do UB, No fim do mesmo mês, Ana Bueno (PSOL) retirou o nome da disputa para apoiar o petista.

Conforme a última pesquisa divulgada pelo instituto AtlasIntel, encomendada pelo jornal A Tarde, a tendência é de polarização entre Caetano e Matos. Como a margem de erro é de 4 pontos porcentuais para mais ou para menos, eles estão tecnicamente empatados, com 50,3% contra 43,8%, respectivamente. Considerados azarões no pleito, o emedebista somou 1,7%, enquanto Pereira não pontuou. Brancos e nulos somam 2,3% e apenas 0,2% não souberam opinar. 

Prisões de Caetano e Elinaldo – Chefe do Executivo camaçariense em três oportunidades (entre 1985 e 1988 e de 2005 a 2012, em dois mandatos consecutivos), Luiz Carlos Caetano retorna ao cenário após oito anos de inelegibilidade, ao ser condenado por irregularidades na contratação de materiais escolares junto à Fundação Humanidade Amiga (Fhunami). O ex-prefeito chegou a ser preso em 2007, durante a Operação Navalha, da Polícia Federal, que investigava fraudes em licitações públicas.

Já o UB (fruto da fusão do DEM com o PSL) tenta conquistar também o seu tricampeonato após a saída de cena de Elinaldo, eleito em 2016 e reconduzido em 2020, com o atual presidente da Câmara Municipal, que disputa sua primeira eleição majoritária. Assim como o principal oponente, o gestor também chegou a ser preso, acusado de chefiar uma organização criminosa envolvida na contravenção de jogo de azar (jogo do bicho), lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, mas foi absolvido em julho do ano passado na primeira instância.

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