FUP exige cancelamento da venda da RLAM após indiciamento de Bolsonaro no caso das joias

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Política

10 de julho de 2024 às 09h08

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Foto: Divulgação/Petrobras

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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) passou a exigir o cancelamento da venda da Refinaria Landupho Alves Mataripe (RLAM) - e a imediata reestatização do equipamento -, após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser indiciado no caso das joias sauditas.

Segundo o coordenador da Federação, Deyvid Bacelar, a Refinaria foi vendida a preço de banana para a Fundo Mubadala Capital, de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, por apenas US$ 1,65 bilhão, embora a precificação de mercado indicasse, na época, que a refinaria valia, no mínimo, US$ 4 bilhões.

"Tudo leva a crer que essa quadrilha pode ter roubado muito mais do que joias. Os milhões envolvidos nesse crime vergonhoso nem chegam perto do prejuízo de bilhões de dólares que a Petrobrás e o povo brasileiro amargaram com a privatização da RLAM", aponta Bacelar.

"Será coincidência a nossa refinaria ter sido vendida por menos da metade do valor de mercado para o Mubadala, meses após Bolsonaro e seus comparsas, incluindo o ex-ministro das Minas e Energia, terem recebido indevidamente joias milionárias de autoridades do Oriente Médio? Estamos diante de um crime de lesa-pátria que precisa ser investigado, como nós petroleiros e petroleiras cobramos há anos", completou.

Segundo ele, a Controladoria-Geral da União (CGU) chegou a emitir um relatório apontando que a refinaria foi vendida por menos da metade do seu preço.

“Desde o ano passado estamos exigindo também da Petrobras a punição dos executivos responsáveis pela venda da refinaria, bem como o ressarcimento dos prejuízos para os cofres da empresa e o retorno do controle do ativo pela Petrobras”, pontuou Bacelar.

O dirigente lembrou ainda que a FUP, há cerca de um ano, apresentou um pedido de investigação ao Ministério Público Federal (MPF) sobre a relação entre as joias recebidas por Bolsonaro e a venda da RLAM.

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