Disputa ao Governo da Bahia em 2026 pode ganhar mais um nome; saiba quem

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Yuri Abreu

Política

10 de julho de 2024 às 11h19

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Foto: Montagem | Vagner Souza/Salvador FM, Reprodução e Divulgação

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As eleições ao Governo da Bahia só acontecem em outubro de 2026 - daqui a pouco mais de dois anos, portanto. Mas, as movimentações em torno do pleito já tem começado, ainda que o clima esteja mesmo quente para as disputas municipais. Até agora, entre os principais nomes, apenas o ex-deputado federal João Roma, presidente do PL na Bahia, já manifestou o desejo de concorrer ao pleito ao Palácio de Ondina - ele participou das eleições em 2022, mas ficou no terceiro lugar.

Outro cotado é o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), considerado o principal nome da oposição aos governos petistas na Bahia - ainda que não tenha oficializado que vai tentar novamente a vaga ao Governo do Estado. Vale lembrar que, em 2022, ele foi derrotado por Jerônimo Rodrigues (PT), no segundo turno. O petista, aliás, pode concorrer à reeleição, sendo este o caminho natural da base governista para se manter à frente do Palácio de Ondina. No entanto, nos bastidores, nomes vem sendo especulados para representar este grupo, o que poderia tirar "Jero" do páreo.

Nesse tabuleiro, quem pode surgir é o prefeito de Jequié (sudoeste da Bahia), Zé Cocá (PP). De acordo com o Política Ao Vivo, o pepista estaria estudando se lançar como candidato em 2026, e com o apoio justamente de ACM Neto - este seria candidato ao Senado. Desta forma, Cocá, que também já foi chefe do Executivo em Lafaiete Coutinho, seria alçado como principal nome da oposição para a disputa contra, a princípio, Jerônimo Rodrigues. Conforme a publicação, ele estaria fazendo esforços para viabilizar o nome: gestores ligados à administração municipal estariam sendo orientados a fazer comentários reforçando que o pepista seria um bom candidato ao Palácio de Ondina.

Procurado pelo PORTAL SALVADOR FM, o prefeito refutou as informações publicadas na matéria (veja a nota completa na íntegra abaixo) e disse que pretende, por ora, "cumprir o meu mandato e, de forma democrática, respeitando os ritos e a legislação eleitoral". "Agradeço pela lembrança do meu nome, acredito que este seja um dos resultados do reconhecimento ao trabalho executado em prol da melhoria de vida da nossa população", diz um trecho do informe.

No entanto, interlocutores ouvidos também pelo PORTAL SALVADOR FM afirmaram que a possibilidade não pode ser descartada por completo. Segundo as fontes, Cocá é um político considerado de perfil ousado e goza de prestígio com alguns caciques da política baiana. "Se Neto decidisse pela desistência da candidatura, Zé Cocá seria um dos nomes mais fortes dentro do PP. Ele poderia conseguir uma 'boquinha' de vice também", disseram.

Contudo, o prefeito de Jequié está em um partido que atualmente está "dividido" na sua base. Em Salvador e em algumas cidades da Bahia, o PP declarou apoio a pré-candidatos que são da oposição ao governo estadual, a exemplo de Bruno Reis (União), na capital baiana. Além disso, na gestão soteropolitana, ocupa cargos estratégicos, como secretário municipal de Governo, Cacá Leão.

Na Câmara de Vereadores, os cinco edis do PP fazem parte da base aliada a Bruno. Por outro lado, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), os seis deputados estaduais declararam apoio ao governador Jerônimo Rodrigues (PT). Ao nível nacional, é costumeiro ver o deputado federal Mário Negromonte Jr, presidente estadual do PP, "flertando" com o governo Lula (PT).

Chama ainda a atenção o fato de, durante a cisão do PP com o PT em 2022, Zé Cocá ter migrado para o lado dos pepistas que marcharam ao lado de ACM Neto nas eleições, deixando indignados alguns dos caciques petistas. Isso acabou gerando, por parte de alguns deles, o rompimento com Zé Cocá - o que pode ser irreversível.

Confira a nota divulgada pelo prefeito Zé Cocá enviada ao PORTAL SALVADOR FM:

"Em face da nota publicada pelo portal de notícias 'Política ao Vivo', reafirmo que o meu objetivo é cumprir o meu mandato e, de forma democrática, respeitando os ritos e a legislação eleitoral, pleitear a reeleição à Prefeitura de Jequié, cujo projeto de reestruturação iniciado nos últimos três anos e meio, que já propiciou mudanças significativas no município, ainda não está concluso. Por isso, se for da vontade de Deus e dos jequieenses a minha recondução à Prefeitura em um segundo mandato, cumpri-lo-ei de forma integral. Agradeço pela lembrança do meu nome, acredito que este seja um dos resultados do reconhecimento ao trabalho executado em prol da melhoria de vida da nossa população".

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