Capitão da PM investigado por venda de armas é preso novamente após recurso do MP-BA

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Polícia

27 de julho de 2024 às 09h23

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O capitão da Polícia Militar, Mauro das Neves Grunfeld, foi preso novamente na manhã de hoje, dia 27, como parte dos desdobramentos da "Operação Fogo Amigo". A operação investiga uma organização criminosa envolvida na venda ilegal de armas e munições para facções criminosas em Alagoas, Bahia e Pernambuco.

A prisão foi efetuada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), em conjunto com as Polícias Federal e Militar. A Justiça decretou a nova prisão preventiva do oficial, após o Ministério Público ter conseguido uma liminar que suspendeu a revogação de sua prisão anterior.

A decisão judicial foi fundamentada na manutenção das circunstâncias que motivaram a prisão preventiva inicial, justificando a necessidade de detenção para preservar a ordem pública. O capitão Grunfeld foi denunciado em 7 de junho de 2024, pelos crimes de organização criminosa armada e comércio ilegal de armas de fogo, incluindo armas de uso restrito. As investigações revelaram um esquema sofisticado de mercado clandestino, onde Grunfeld e outros membros da quadrilha adquiriam munições e armas "frias" para revenda através de intermediários, abastecendo facções na Bahia.

Durante a "Operação Fogo Amigo", que levou à prisão de Grunfeld, foram apreendidas uma arma de fogo registrada em nome de outra pessoa, uma grande quantidade de munições de diversos calibres e documentos de transporte de mercadorias, reforçando seu envolvimento no comércio ilegal. Registros financeiros indicaram que o policial transferiu R$ 87.330,00 para um membro da organização criminosa em 35 transações, comprovando sua participação ativa no esquema.

Operação Fogo Amigo

A operação "Fogo Amigo", deflagrada em 21 de maio de 2024, cumpriu 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão contra agentes de segurança pública, caçadores, atiradores e colecionadores (CACs), empresários e lojas de armas. Segundo as investigações, esses grupos formam a organização criminosa responsável pelo esquema.

Mandados foram cumpridos nas cidades de Juazeiro, Salvador e Santo Antônio de Jesus. Também foram determinados o sequestro de bens e o bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, além da suspensão das atividades econômicas de três lojas que comercializavam material bélico irregularmente.

A operação foi coordenada pelo Ministério Público estadual, através do Gaeco Norte, com a Polícia Federal, Gaeco pernambucano, equipes da Cipe Caatinga, Bepi da PM de Pernambuco, Polícia Civil da Bahia, Core, Corregedorias-Gerais da Polícia Militar da Bahia e Pernambuco, e apoio do Exército Brasileiro.

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