Palocci, o ‘chefe’ do poderoso Odebrecht

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Política

27 de setembro de 2016 às 05h35

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Além do pai, Emílio Odebrecht, e do avô, Norberto Odebrecht, poucas pessoas devem ter sido tratadas ou vistas como “chefes” durante a carreira do “príncipe dos empreiteiros”, Marcelo Odebrecht. O ex-ministro Antonio Palocci, preso nesta segunda-feira na 35ª fase da Lava Jato, é uma delas.  

Em mensagem enviada ao então homem forte do primeiro mandato de Dilma Rousseff, em dezembro de 2010, Odebrecht se dirige a Palocci como “chefe” e lamenta um desencontro após a diplomação de Dilma como presidente: “não consegui lhe ver 6ª na recepção pós-diplomação”.

“Há algum tempo conversamos sobre o momento/oportunidade de um reforço na área de E&P (Estrela)”, segue o empreiteiro, em uma referência ao então diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella.

“Acho que a oportunidade chegou”, introduz Marcelo Odebrecht, antes de pedir que Palocci analise um texto com as pretensões da empreiteira para a área de equipamentos e instalações embaixo da lâmina d’água, “uma grande concorrência (aprox. US$ 1,3 bi)”, como salienta. Após se colocar à disposição para ir “sem problemas” a São Paulo ou Brasília “pois acho uma importante uma ação/recomendação urgente”, Odebrecht ainda sugere a Antonio Palocci a nomeação do “excelente quadro” Luiz Navarro, então secretário-executivo da Controladoria-Geral da União (CGU), “para avaliar como ele poderia se ajustar em espaços do novo governo”.

(VJ) (AF)

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