Justiça da França acha R$ 71 milhões em conta suspeita de Ricardo Teixeira

Foto de null

Brasil

27 de outubro de 2017 às 12h36

 | 

Foto: 

Imagem de Justiça da França acha R$ 71 milhões em conta suspeita de Ricardo Teixeira

Justiça da França acha R$ 71 milhões em conta suspeita de Ricardo Teixeira

Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entrou na alça de mira da Justiça da França. Ele é suspeito de ter participado de um esquema de compra de votos para o Catar sediar a Copa do Mundo de 2022 e teve uma conta bancária identificada por procuradores no banco Pasche, em Mônaco, com US$ 22 milhões (R$ 71,1 milhões). Teixeira foi procurado pelo Estado, mas não se pronunciou.

O banco Pasche, uma filial do banco francês Crédit Mutuel, é suspeito de participação em lavagem de dinheiro e alvo de investigação judicial no principado. Assim, Teixeira se junta a Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), entre os investigados pelos procuradores franceses. O ex-presidente da CBF aparece de forma indireta em investigação em curso no Ministério Público Financeiro de Paris sobre a suspeita de desvio de verbas na aquisição de companhias francesas. Esta apuração resvalou em outra, realizada na Suíça, sobre compra de votos para o Catar sediar a Copa de 2022 e com isso Teixeira se tornou alvo.

A parte da apuração relacionada ao cartola brasileiro está ligada à suspeita de que um amistoso entre Brasil e Argentina disputado em Doha, em 2010, serviu para mascarar a compra de votos a favor do Catar. As suspeitas sobre Teixeira datam de 2010 e já apareceram antes em apurações do Ministério Público da Suíça. Elas se concentram no papel do empresário catari Ghanem ben Saad al-Saad, ex-presidente do fundo Qatari Diar, na negociação envolvendo o Mundial do Catar.

À época, o fundo dispunha de US$ 60 bilhões (R$ 193,9 milhões) para investimentos imobiliários e Paris costumava ser um dos centros de interesse de seus diretores. Hotéis de luxo, como o Royal Monceau, foram adquiridos, assim como participações em empresas, como as multinacionais Vinci e Veolia.

Esses negócios despertaram o interesse do Escritório Central Anticorrupção de Nanterre, na periferia de Paris. O órgão encontrou suspeitas de desvios de recursos na aquisição de 5% das ações da companhia de serviços coletivos Veolia, realizada pelo Qatari Diar na gestão de Al-Saad. A suspeita é de que 182 milhões de euros (R$ 697 milhões) em comissões ocultas tenham sido desviados na negociação em direção a três empresas situadas em paraísos fiscais.

CRUZAMENTO – É aí que o caso Qatar-Veolia, como é conhecido no MP francês, cruza a investigação suíça sobre a compra de votos para a Copa do Mundo de 2022 e pode atingir Teixeira. Al-Saad, que era próximo do emir do Catar, Tamim ben Hamad al-Thani, foi também fundador e diretor-presidente de uma empresa, a Ghanin Bin Saad Al Saad & Sons Group (GSSG), que gerenciava investimentos bilionários em áreas como construção civil, aeronáutica, petróleo e finanças.

Ocorre que a GSSG é também a empresa que financiou e patrocinou a realização do jogo entre Brasil e Argentina em 17 de novembro de 2010, organizado duas semanas antes da votação na Fifa que escolheria o Catar como sede da Copa de 2022.

A suspeita é de que Al Saad tenha dividido o valor dos US$ 8,6 milhões (R$ 28,2 milhões) pagos pelo amistoso em três partes. Uma delas, de cerca de US$ 2 milhões (R$ 6,5 milhões), foi parar em uma conta de Cingapura – a suspeita é dele próprio. Os demais recursos teriam sido divididos entre Teixeira e um dirigente argentino.

O que o Ministério Público Financeiro de Paris tenta identificar é onde foram parar os US$ 182 milhões desviados do Qatari Diar na gestão de Al-Saad em troca das ações de Veolia, qual o mecanismo financeiro usado para fazer o dinheiro transitar e qual seria o vínculo dessa transação, se houve, com a remuneração dos dirigentes de Brasil e Argentina.

Para tanto os procuradores parisienses solicitaram informações ao Ministério Público Federal brasileiro, com o qual já vem colaborando no escândalo da compra de votos para a escolha da sede da Olimpíada de 2016.

Na Suíça, Ministério Público e FBI colaboram em uma investigação sobre o suposto envolvimento de Teixeira em esquemas de corrupção na Fifa. O MP de Berna já realizou operações em empresas ligadas ao financiamento do amistoso entre Brasil e Argentina e coopera no que se refere a pelo menos três contas bancárias do brasileiro.

Estadão Conteúdo (AO)

Programas

Ver mais

Imagem de Madruga Salvador

Madruga Salvador

Agora, às 00h00
Imagem de Acorda Salvador

Acorda Salvador

Paulinho FP

Depois, às 04h00
Imagem de Bom Dia Salvador

Bom Dia Salvador

Jeffinho

Depois, às 07h10
Imagem de Toda Hora

Toda Hora

Silvana Freire e Juliana Nobre

Depois, às 12h10
Imagem de Tô na Salvador

Tô na Salvador

Ivis Macêdo

Depois, às 13h00
Imagem de Pipoco

Pipoco

Dinho Junior

Depois, às 16h00
Imagem de Pida! Music

Pida! Music

Léo Sampaio

Depois, às 18h00
Imagem de Fora do Plenário

Fora do Plenário

Daniela Prata e Evilásio Junior

Depois, às 19h00
Imagem de A Voz do Brasil

A Voz do Brasil

Depois, às 20h00
Imagem de Sofrência, Samba e Modão

Sofrência, Samba e Modão

Bebeto Junior

Depois, às 21h00

Galerias

Ver mais

Logo da Rádio Salvador FM

Rádio Salvador FM