Microcefalia: grávidas terão prioridade para exames na rede municipal de Salvador

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Saúde

04 de dezembro de 2015 às 08h13

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O número de notificações chega a 82 este ano, em Salvador, de casos de microcefalia — má-formação do crânio em recém-nascidos que pode levar a sequela  que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), está relacionada ao zika vírus,  transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O dado é do último boletim elaborado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância à Saúde da prefeitura de Salvador, fechado anteontem e que deve ser divulgado na próxima segunda-feira.

Para as atuais 36 mil gestantes da capital, 2016 pode começar com um alerta:  a previsão é de que haja um aumento significativo de casos suspeitos da doença, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Isso porque, em janeiro, completam nove meses que Salvador teve uma epidemia de zika de vírus, que começou em abril e seguiu, em decréscimo, até o mês de julho.

A rede municipal de saúde está preparando uma operação de diagnóstico dos casos que inclui priorização no atendimento, busca ativa por paciente e a instalação de um call center.

“É preocupante a situação. Houve uma evolução significativa (de suspeitas) nos últimos 30 dias. O histórico, antes disso, é de uma média de sete ou oito notificações por ano”, afirma o secretário municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues. Este novo boletim semanal, com as 82 suspeitas acumuladas no ano, apresenta um crescimento de 18,8% em relação ao divulgado pelo município na segunda, com 69 notificações.

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Dados no estado
O último boletim do Ministério da Saúde, até o dia 28 de novembro, considera 37 casos no estado, deixando a Bahia na 6ª posição no país. Procurada pelo CORREIO, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que 13 casos de microcefalia foram confirmados em todo o estado este ano. O dado é o mesmo fornecido do dia 12 de novembro, quando foi divulgado o primeiro boletim sobre a doença.  

Na última segunda, a Sesab havia informado que um novo dado seria divulgado ontem. Em nota, no entanto, a pasta afirmou que “o boletim que seria divulgado nesta quinta (ontem) ainda encontra-se em revisão pela área técnica” e que um novo boletim será divulgado hoje, às 9h. 
Presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia (Sogiba), Carlos Lino, acredita que pode haver subnotificações dos dados. “Agora, todos os médicos estão atentos, houve uma recomendação da OMS e os casos são preocupantes, mas pode ter acontecido subnotificação por nem todos estarem atentos antes”, afirmou.

“Os médicos estão preocupados e haverá mais notificação também por precaução, mas, às vezes, o bebê tem a cabecinha pequena, mas é todo pequeno também, então não é só a medição, precisa acompanhar o comportamento do bebê”, pondera Luciana Peixoto, diretora de Atenção à Saúde de Salvador.   

Assistência
Em Salvador, a prefeitura iniciou a busca ativa por mulheres grávidas que podem não ter iniciado a consulta pré-natal. Os médicos já foram orientados a, obrigatoriamente, investigar se a paciente teve coceiras, vermelhidão na pele ou algum sintoma atribuído às arboviroses — dengue, zika vírus e febre chikungunya.

O secretário municipal de Saúde prometeu que, a partir de quarta, as pacientes que apontarem os sintomas farão o exame PCR (sigla para proteína C reativa), que será concentrado no Laboratório Central do município. As gestantes terão prioridade na realização de ultrassonografias.

Grávidas com suspeita de gestação com microcefalia terão o número de consultas ampliado de um para dois encontros mensais e, além disso, haverá um call center, cujo número será divulgado no próximo dia 14, para que gestantes tirem dúvidas com profissionais de saúde sobre a doença.

No momento, técnicos da prefeitura estão cruzando os casos suspeitos com o local de moradia, a taxa de Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) destas localidades, os sintomas e quais medicamentos utilizaram.

Segundo Isabel Guimarães, coordenadora do Programa de Controle de Dengue em Salvador, há localidades com índices de infestação pelo mosquito acima da média na capital. Entre eles estão os distritos sanitários do Subúrbio, Boca do Rio, Pau da Lima e Cabula-Beiru. “Ainda não é possível concluir onde estão os casos de notificações (de microcefalia) e associação deles com os focos do mosquito. É preciso apurar, inclusive, se são de soteropolitanos ou de pessoas do interior que vieram parir aqui”, afirmou.

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