Servidores públicos de Salvador negam recebimento do comunicado sobre determinação judicial para fim da greve

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Salvador

03 de junho de 2022 às 07h39

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Foto: Jeremias Silva / Sindseps

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A diretoria do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps) recebeu com estranheza a nota veiculada pela Prefeitura de Salvador, na noite desta quinta-feira (02). O documento aponta uma determinação judicial em caráter liminar que “suspende a greve dos servidores da saúde da capital baiana”.

Entretanto, a entidade afirma que não foi comunicada com qualquer tipo de notificação sobre a determinação judicial. Segundo o sindicato, diferente do propagado pela gestão municipal, os servidores realizaram três dias de assembleias da categoria, onde reivindicam a reposição inflacionária depois de mais de seis anos sem qualquer reajuste salarial.

Os servidores afirmam que a mobilização foi informada por meio de ofício à prefeitura, logo após a decisão tomada no encontro setorial realizado no dia 24 de maio. Além disso, a deliberação contou com ampla repercussão na mídia local. 

A movimentação foi iniciada na última terça-feira (31) feita pelos servidores da saúde e teve término nesta quinta-feira (02) conforme a deliberação da assembleia do dia 24 de maio. “Fizemos uma ação decidida dentro da legalidade prevista na Constituição que garante a liberdade sindical. A Prefeitura foi informada dentro dos trâmites burocráticos devidos e agora usa a Justiça e a imprensa para confundir a sociedade. Ajuizar contra uma greve que não existiu é danoso aos cofres públicos porque foram utilizados recursos públicos para esse objetivo de duvidar da inteligência de nosso povo”, disse o coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), Helivaldo Alcântara.

De acordo com o sindicalista, a negociação da ‘Campanha Salarial’ tem se mostrado infrutífera por conta da intransigência da gestão municipal. “Entregamos nossa pauta da Campanha Salarial no final de fevereiro e desde então, uma negociação arrastada em sem eficácia tem sido protagonizada unilateralmente pela Prefeitura. Eis que em junho, o prefeito aponta quatro por cento de reajuste e coloca o calote do avanço de nível como aumento de salário para servidores ativos e aposentados após mais de seis anos no reajuste zero. A imprensa e o cidadão não merecem ser usados de forma tão estúpida para emplacar uma narrativa sórdida como essa”, afirmou Alcântara.

Os servidores municipais exigem que as próximas rodadas de negociações sejam conduzidas pelo prefeito da cidade. “O prefeito tem que assumir a negociação sob pena de sua gestão continuar cometendo gafes como a de hoje, onde ajuizou a greve que não existiu. Nossa cidade merece uma gestão eficiente com o suor do contribuinte”, finalizou Alcântara.

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