New York Times repercute ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral em reunião com embaixadores

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Política

19 de julho de 2022 às 09h58

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Um dos veículos de maior credibilidade dos Estados Unidos, o The New York Times, repercutiu os ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao ssitema eleitoral do Brasil em reunião improvisada com embaixadores de diferentes países, nesta segunda-feira (18).

De acordo com o jornal, diplomatas temem que Bolsonaro esteja tentando criar uma instabilidade no ambiente para conseguir dar um golpe em caso de derrota nas urnas. O NYT diz que o presidente tentou alçar o assunto à política externa, ao envolver embaixadores.

A reportagem comparou o presidente brasileiro ao norte-americano Donald Trump, ex-presidente derrotado na última eleição para Joe Biden. O resultado foi contestado por ele e refletiu em mobilização popular que levou à invasão do Capitólio, causando cinco mortes.

Antes de começar a reunião, Bolsonaro avisou que iria compartilhar novas provas de fraudes no sistema eleitoral, apesar de ter sido eleito 28 anos como deputado e ter feito seus filhos também ingressarem na política.

Em nota, a Presidência da República disse que Bolsonaro manteve encontro hoje com chefes de missões diplomáticas no Brasil para intercâmbio de ideias sobre o processo eleitoral. 

"O presidente sublinhou aos representantes do corpo diplomático que sua própria carreira política é um resultado do sistema democrático. Lembrou, nesse sentido, seu período de mais de 30 anos como representante eleito, em trajetória iniciada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, passando pela Câmara dos Deputados e culminando com sua eleição à Presidência da República em 2018, com mais de 57 milhões de votos válidos, em campanha realizada com mínimo financiamento público", destacou.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin, afirmou que Bolsonaro tenta 'diluir a República' por meio de declarações falsas e informações distorcidas.

"As entidades representativas como a OAB e a própria sociedade civil precisam fazer sua parte na garantia de que a democracia seja preservada. É importante a sociedade civil e o cidadão entenderem que esse tipo de desinformação, como a de hoje, pode continuar, uma vez que ao negacionismo não interessa as provas incontestes e os fatos. Portanto, precisamos nos unir e não aceitar sem questionarmos a razão de tanto ataque", ressaltou o ministro.

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