O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/129139,camara-retoma-analise-de-prisao-de-deputado-suspeito-de-mandar-matar-marielle-franco" target="_blank">deputado federal Chiquinho Braz&atilde;o (Sem Partido-RJ) </a>deve ter o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar por ser acusado de<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/marielle%20franco" target="_blank"> mandante do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco</a>, defendeu nesta quarta-feira (28) a relatora do caso no Conselho de &Eacute;tica da C&acirc;mara, a deputada federal Jack Rocha (PT-ES).

Usando o argumenta da preserva&ccedil;&atilde;o da &ldquo;honra coletiva&rdquo; do Parlamento, a deputada apresentou seu parecer alegando que as acusa&ccedil;&otilde;es que pesam contra o deputado Braz&atilde;o mancham a imagem do Legislativo.

&ldquo;A percep&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica de que a C&acirc;mara dos Deputados abriga e protege indiv&iacute;duos envolvidos em atos il&iacute;citos compromete a legitimidade do parlamento e enfraquece a confian&ccedil;a dos cidad&atilde;os na capacidade da Casa de legislar com integridade&rdquo;, acrescentando que essa situa&ccedil;&atilde;o causa &ldquo;irrepar&aacute;veis danos &agrave; imagem da C&acirc;mara&rdquo;, diz a deputada em seu relat&oacute;rio.

Para perder o mandato, o parecer da deputada precisa ser aprovado no Conselho de &Eacute;tica e depois no plen&aacute;rio da C&acirc;mara.

A relatora destacou a suposta rela&ccedil;&atilde;o do parlamentar com a mil&iacute;cia carioca e citou empresas usadas para as supostas atividades criminosas. &ldquo;As evid&ecirc;ncias apresentadas no relat&oacute;rio da Pol&iacute;cia Federal (PF) delineiam um quadro perturbador de corrup&ccedil;&atilde;o e crime organizado&rdquo;, disse, acrescentando que &ldquo;essa rede facilitou a expans&atilde;o de atividades criminosas no Rio de Janeiro&rdquo;.

Ainda segundo a deputada Rocha, a oposi&ccedil;&atilde;o de Marielle &agrave;s atividades ilegais das mil&iacute;cias fornecem uma motiva&ccedil;&atilde;o para o assassinato. &ldquo;A imputa&ccedil;&atilde;o de que o representado &eacute; um dos mandates da morte de Marille Franco &eacute; veross&iacute;mil e sustentada por evid&ecirc;ncias significativas&rdquo;, destacou.

Sobre o projeto de lei em tramita&ccedil;&atilde;o na C&acirc;mara de Vereadores do Rio que teriam levado ao assassinato de Marielle, a relatora argumentou que a proposta trouxe benef&iacute;cios para o grupo ligado &agrave; fam&iacute;lia Braz&atilde;o.

&ldquo;A legisla&ccedil;&atilde;o n&atilde;o s&oacute; facilitou a legaliza&ccedil;&atilde;o de im&oacute;veis em &aacute;reas controlas por esses grupos, como tamb&eacute;m indicou uma estrat&eacute;gia de fortalecimento de sua presen&ccedil;a e controle sobre o territ&oacute;rio&rdquo;, afirmou.

Defesa

Antes da leitura do parecer, o parlamentar Chiquinho Braz&atilde;o, atualmente preso, falou por videoconfer&ecirc;ncia ao Conselho de &Eacute;tica. Chiquinho voltou a defender sua inoc&ecirc;ncia, ressaltando que tinha uma boa rela&ccedil;&atilde;o com Marielle e que n&atilde;o tem qualquer rela&ccedil;&atilde;o com a mil&iacute;cia do Rio de Janeiro.

&ldquo;A vereadora Mariele era minha amiga, comprovadamente, nas filmagens. N&atilde;o teria qualquer motivo [para o crime] porque n&oacute;s sempre fomos parceiros e 90% da minha vota&ccedil;&atilde;o e da dela coincidem&rdquo;, disse, acrescentando que &ldquo;se pegar as filmagens, como tem a&iacute; diversas, ela falando de mim, falando bem. Ali&aacute;s, a Marielle sa&iacute;a do lugar dela e pedia &agrave;s vezes uma bala, um chiclete [para mim]&rdquo;.

Braz&atilde;o refor&ccedil;ou que, contra ele, s&oacute; existe a dela&ccedil;&atilde;o premiada do policial Ronnie Lessa, preso por ter executado a vereadora e o motorista Anderson Gomes. Segundo Braz&atilde;o, ele andava sozinho tanto em &aacute;reas controladas por mil&iacute;cias, quanto pelo tr&aacute;fico de drogas. &ldquo;Eu sou acusado de participa&ccedil;&atilde;o de mil&iacute;cia porque eu levo obras para as comunidades&rdquo;, afirmou.

O advogado do parlamentar, Cleber Lopes, tamb&eacute;m falou na sess&atilde;o desta quarta-feira. Ele pediu a suspens&atilde;o do processo no Conselho por seis meses, enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa a den&uacute;ncia apresentada contra seu cliente.

O advogado reclamou que algumas testemunhas se negaram a participar do Conselho, o que teria prejudicado o trabalho da defesa. Al&eacute;m disso, argumentou que a investiga&ccedil;&atilde;o contra Braz&atilde;o n&atilde;o provou os v&iacute;nculos do parlamentar nem com a mil&iacute;cia, nem com outros envolvidos no crime.&nbsp;

&ldquo;A Pol&iacute;cia Federal se viu na conting&ecirc;ncia de ter que entregar ao Brasil o mandante desse homic&iacute;dio. E a&iacute; se conforma com a vers&atilde;o fraudulenta, com a vers&atilde;o irrespons&aacute;vel de Ronnie Lessa, valendo-se da lei do menor esfor&ccedil;o. A pol&iacute;cia n&atilde;o se dedicou, n&atilde;o investigou, n&atilde;o prova v&iacute;nculo de Chiquinho com Macal&eacute; [acusado de ser miliciano], n&atilde;o prova v&iacute;nculo de Chiquinho com o delegado Rivaldo, n&atilde;o prova a viabilidade ou qualquer projeto de loteamento naquela &aacute;rea, n&atilde;o prova a rela&ccedil;&atilde;o de Chiquinho Braz&atilde;o com mil&iacute;cia&rdquo;, destacou.

Caso Marielle

Em mar&ccedil;o de 2018, a vereadora do PSOL Marielle Franco foi assassinada a tiros no centro do Rio de Janeiro, junto com seu motorista Anderson Gomes. Depois de diversas reviravoltas na investiga&ccedil;&atilde;o desse homic&iacute;dio, a Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica (PGR) apresentou uma den&uacute;ncia contra os supostos mandantes.

Al&eacute;m do deputado Chiquinho Braz&atilde;o, foram denunciados tamb&eacute;m como mandantes o irm&atilde;o dele, Domingos Braz&atilde;o, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro; e o ex-chefe da Pol&iacute;cia Civil do estado, Rivaldo Barbosa.

Em depoimento ao STF, o delegado do caso, Guilhermo de Paula Machado Catramby, da PF, afirmou que a atua&ccedil;&atilde;o de Marielle contra um projeto de lei sobre a regulariza&ccedil;&atilde;o fundi&aacute;ria na zona oeste contrariou os interesses pol&iacute;ticos e econ&ocirc;micos de Braz&atilde;o na regi&atilde;o, motivo pelo qual eles decidiram mat&aacute;-la. Marielle desejava destinar essas &aacute;reas para a moradia popular.&nbsp;

A Pol&iacute;cia Federal (PF) concluiu que a<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/133195,pf-tem-audio-de-conversa-entre-bolsonaro-e-ramagem-no-caso-abin" target="_blank"> estrutura da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin) foi usada durante o governo de Jair Bolsonaro </a>para monitorar ilegalmente o andamento da investiga&ccedil;&atilde;o sobre o<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/marielle%20franco" target="_blank"> assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes</a>, em 2018. A conclus&atilde;o est&aacute; no relat&oacute;rio de investiga&ccedil;&atilde;o do caso.

O sigilo da apura&ccedil;&atilde;o foi retirado nesta quinta-feira (11) por determina&ccedil;&atilde;o do ministro Alexandre de Moraes, relator do inqu&eacute;rito.&nbsp;

De acordo com relat&oacute;rio de investiga&ccedil;&atilde;o do caso, agentes foram designados para buscar informa&ccedil;&otilde;es sobre a promotora do Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Rio de Janeiro Simone Sibilio e o delegado da Pol&iacute;cia Civil do Rio Daniel Freitas da Rosa, que atuaram na investiga&ccedil;&atilde;o do homic&iacute;dio.

As buscas foram feitas por dois policiais designados para a tarefa. De acordo com a quebra de sigilo autorizada pela Justi&ccedil;a durante as investiga&ccedil;&otilde;es, a PF descobriu que, em 2019, um dos policiais imprimiu o curr&iacute;culo da promotora.

Os investigadores tamb&eacute;m encontraram um arquivo eletr&ocirc;nico de texto com um &quot;controle de den&uacute;ncias&quot; sobre o caso Marielle.

No arquivo, os agentes escreveram: &quot;Caso Marielle, total de 292 den&uacute;ncias. No ano de 2019, foram 72. Nenhuma informa&ccedil;&atilde;o da fam&iacute;lia Bolsonaro. Den&uacute;ncia dos Braz&atilde;o, 9. S&atilde;o 192 den&uacute;ncias mencionando milicianos como autores. Na semana do homic&iacute;dio, receberam 52 &nbsp;den&uacute;ncias do caso&quot;.

Para a PF, o monitoramento das investiga&ccedil;&otilde;es sobre o assassinato da vereadora ocorreu para &quot;antecipar eventuais refer&ecirc;ncias que vinculassem o n&uacute;cleo pol&iacute;tico&quot; do esquema ilegal do monitoramento na Abin, ou seja, saber se a fam&iacute;lia Bolsonaro teria sido citada na investiga&ccedil;&atilde;o.

Os investigadores ainda acrescentaram que o relat&oacute;rio das dilig&ecirc;ncias ilegais foi impressa por Alexandre Ramagem, ent&atilde;o diretor da Abin, e atual deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.

&quot;O resumo das den&uacute;ncias relacionadas ao caso Marielle foi impresso pelo delegado Alexandre Ramagem enquanto diretor da Abin. A impress&atilde;o de documentos e informa&ccedil;&otilde;es se prestava para que informa&ccedil;&otilde;es da intelig&ecirc;ncia pudessem ser levadas aos destinat&aacute;rios, em regra integrantes do n&uacute;cleo pol&iacute;tico&quot;, concluiu a investiga&ccedil;&atilde;o.

O<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/alexandre%20de%20moraes" target="_blank"> ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)</a>, decidiu nesta quarta-feira (3) manter a <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/132137,stf-torna-irmaos-brazao-reus-pelo-assassinato-de-marielle-franco" target="_blank">pris&atilde;o dos irm&atilde;os Braz&atilde;o e do ex-chefe da Pol&iacute;cia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa</a>.

Eles est&atilde;o presos desde mar&ccedil;o deste ano s&atilde;o e r&eacute;us pelo suposto envolvimento no <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/marielle%20franco" target="_blank">assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018</a>.

Moraes seguiu parecer da Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica (PGR). Para a procuradoria, a pris&atilde;o &eacute; necess&aacute;ria para a garantia da ordem p&uacute;blica e o andamento das investiga&ccedil;&otilde;es.

No m&ecirc;s passado, o Supremo transformou em r&eacute;us o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Braz&atilde;o; o irm&atilde;o dele, Chiquinho Braz&atilde;o, deputado federal (sem partido-RJ); e Rivaldo Barbosa. Todos respondem pelos crimes de homic&iacute;dio e organiza&ccedil;&atilde;o criminosa e est&atilde;o presos em pres&iacute;dios federais.

O pedido de soltura foi feito pela defesa dos acusados. Segundo os advogados, n&atilde;o h&aacute; perigo de fuga, e medidas menos gravosas podem ser determinadas pelo ministro.

Moraes tamb&eacute;m negou a transfer&ecirc;ncia de Domingos Braz&atilde;o para uma cela especial de estado-maior, conforme solicitado pela defesa.

Ontem (2), os r&eacute;us arrolaram cerca de 70 testemunhas de defesa na a&ccedil;&atilde;o penal que tramita no Supremo. &nbsp;As oitivas ainda n&atilde;o foram marcadas.

Por unanimidade, os<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/132120,caso-marielle-stf-inicia-julgamento-de-denuncia-contra-irmaos-brazao" target="_blank"> ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)</a> decidiram nesta ter&ccedil;a-feira (18) tornar r&eacute;us cinco acusados de envolvimento no assassinato da vereadora <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/marielle%20franco#!" target="_blank">Marielle Franco </a>e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

O colegiado computou cinco votos para tornar r&eacute;us por homic&iacute;dio e organiza&ccedil;&atilde;o criminosa o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Braz&atilde;o, o irm&atilde;o dele, Chiquinho Braz&atilde;o, deputado federal (Sem partido-RJ), o ex-chefe da Pol&iacute;cia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Policia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos est&atilde;o presos.

Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, vai responder somente por organiza&ccedil;&atilde;o criminosa. Ex-assessor de Domingos Braz&atilde;o no TCE, &nbsp;ele &eacute; acusado de ter fornecido a arma usada no crime.

Votaram nesse sentido os ministros Fl&aacute;vio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux, C&aacute;rmen L&uacute;cia, al&eacute;m do relator, Alexandre de Moraes.

A&ccedil;&atilde;o penal

Com a decis&atilde;o, os acusados passam a responder a uma a&ccedil;&atilde;o penal no STF. &nbsp;Ap&oacute;s a oitiva de testemunhas de acusa&ccedil;&atilde;o e defesa, os r&eacute;us poder&atilde;o ser condenados ou absolvidos. N&atilde;o h&aacute; prazo para o julgamento.

O placar do julgamento foi obtido a partir do voto de Alexandre de Moraes. O ministro entendeu que h&aacute; &quot;fortes ind&iacute;cios corroborando&quot; os depoimentos de dela&ccedil;&atilde;o de Ronnie Lessa contra os acusados.

Moraes tamb&eacute;m disse que a den&uacute;ncia est&aacute; fundamentada em documentos, depoimentos e outras provas, al&eacute;m da dela&ccedil;&atilde;o. &nbsp;&quot;H&aacute; prova de materialidade, al&eacute;m de diversos ind&iacute;cios que v&ecirc;m lastreando a colabora&ccedil;&atilde;o premiada&quot;, afirmou.

Durante o julgamento, a Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica (PGR) refor&ccedil;ou a den&uacute;ncia contra os acusados.

O subprocurador Luiz Augusto Santos Lima acusou os irm&atilde;os Braz&atilde;o de integrarem uma organiza&ccedil;&atilde;o criminosa e de possu&iacute;rem liga&ccedil;&atilde;o com a mil&iacute;cia que atua em Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, al&eacute;m do envolvimento com grilagem de terras em terrenos na zona oeste da capital.

Para o representante da PGR, os Braz&atilde;o decidiram determinar a execu&ccedil;&atilde;o da vereadora ap&oacute;s encontrar resist&ecirc;ncia dela e do PSol para aprovar projetos de lei na C&acirc;mara de Vereadores em prol da regulariza&ccedil;&atilde;o das terras de interesse do grupo.

A procuradoria tamb&eacute;m acrescentou que Rivaldo Barbosa foi acionado pelos irm&atilde;os para auxiliar no assassinato e que Major Ronald realizou o monitoramento dos passos da vereadora antes do crime.

A defesa dos r&eacute;us tamb&eacute;m se pronunciou e rejeitou as acusa&ccedil;&otilde;es.

A <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/pgr" target="_blank">Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica (PGR)</a> reafirmou nesta ter&ccedil;a-feira (18) den&uacute;ncia apresentada no <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/stf" target="_blank">Supremo Tribunal Federal (STF)</a> contra quatro acusados de participar diretamente do assassinato da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/marielle%20franco#!" target="_blank">vereadora Marielle Franco</a> e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

A reitera&ccedil;&atilde;o foi feita durante sess&atilde;o da Primeira Turma da Corte, colegiado que julga na tarde de hoje o recebimento da den&uacute;ncia.

Durante a sess&atilde;o, o subprocurador Luiz Augusto Santos Lima defendeu que devem virar r&eacute;us por homic&iacute;dio e organiza&ccedil;&atilde;o criminosa Domingos Braz&atilde;o, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Chiquinho Braz&atilde;o, deputado federal (Sem partido-RJ), o ex-chefe da Pol&iacute;cia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e Ronald Paulo de Alves Pereira, conhecido como Major Ronald. Todos est&atilde;o presos.&nbsp;

Organiza&ccedil;&atilde;o 
O subprocurador acusou os irm&atilde;os Braz&atilde;o de integrarem uma organiza&ccedil;&atilde;o criminosa e de terem liga&ccedil;&atilde;o com a mil&iacute;cia que atua em Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, al&eacute;m do envolvimento com grilagem de terras em terrenos na zona oeste.&nbsp;

Para o representante da PGR, os Braz&atilde;o decidiram determinar a execu&ccedil;&atilde;o da vereadora ap&oacute;s encontrarem resist&ecirc;ncia dela e do PSol para aprovar projetos de lei na C&acirc;mara de Vereadores em prol da regulariza&ccedil;&atilde;o das terras de interesse de seu grupo.&nbsp;

&quot;N&atilde;o h&aacute; d&uacute;vida de que as dificuldades na tramita&ccedil;&atilde;o dos projetos, sobretudo, o elevado risco de rejei&ccedil;&atilde;o, somados com o hist&oacute;rico de conflitos com o PSol, de Marielle, recrudesceram o descontentamento dos irm&atilde;os Braz&atilde;o&quot;, afirmou.&nbsp;

O subprocurador acrescentou que Rivaldo Barbosa foi acionado pelos irm&atilde;os para auxiliar no assassinato e que Major Ronald realizou o monitoramento dos passos da vereadora antes do crime.&nbsp;

O pr&oacute;ximo passo do julgamento ser&aacute; a manifesta&ccedil;&atilde;o das defesas dos acusados.&nbsp;

O julgamento ser&aacute; decidido pelos votos do relator, ministro Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, C&aacute;rmen Lucia, Luiz Fux e Fl&aacute;vio Dino.

Os irm&atilde;os Braz&atilde;o e os demais acusados se tornar&atilde;o r&eacute;us pelo homic&iacute;dio de Marielle se tr&ecirc;s dos cinco ministros se manifestarem a favor da den&uacute;ncia da PGR.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na tarde desta ter&ccedil;a-feira (18) o julgamento da den&uacute;ncia da Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica (PGR) contra cinco acusados pelo suposto envolvimento no<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/marielle%20franco#!" target="_blank"> assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018</a>.

No julgamento, os ministros v&atilde;o decidir se Domingos Braz&atilde;o, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), o irm&atilde;o dele, Chiquinho Braz&atilde;o, deputado federal (sem partido-RJ) e o ex-chefe da Pol&iacute;cia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa se tornar&atilde;o r&eacute;us por homic&iacute;dio e organiza&ccedil;&atilde;o criminosa. Eles est&atilde;o presos desde mar&ccedil;o em fun&ccedil;&atilde;o das investiga&ccedil;&otilde;es.

Mais dois acusados tamb&eacute;m ser&atilde;o julgados. Ronald Paulo de Alves Pereira, conhecido como Major Ronald, tamb&eacute;m foi denunciado pelo homic&iacute;dio. Segundo a acusa&ccedil;&atilde;o, ele monitorou a rotina da vereadora antes do crime.

Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, foi denunciado somente por organiza&ccedil;&atilde;o criminosa. Ex-assessor de Domingos Braz&atilde;o no TCE, &nbsp;ele &eacute; acusado de ter fornecido a arma usada no crime.

O julgamento ser&aacute; decidido pelos votos do relator, Alexandre de Moraes, e dos ministros Cristiano Zanin, C&aacute;rmen Lucia, Luiz Fux e Fl&aacute;vio Dino.

De acordo com a den&uacute;ncia apresentada no m&ecirc;s passado pela procuradoria, o assassinato ocorreu a mando dos irm&atilde;os Braz&atilde;o e foi motivado para proteger interesses econ&ocirc;micos de mil&iacute;cias e desencorajar atos de oposi&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica de Marielle. A base da acusa&ccedil;&atilde;o &eacute; a dela&ccedil;&atilde;o premiada do ex-policial Ronnie Lessa, r&eacute;u confesso da execu&ccedil;&atilde;o dos homic&iacute;dios.

Os irm&atilde;os Braz&atilde;o e os demais acusados se tornar&atilde;o r&eacute;us pelo homic&iacute;dio de Marielle se tr&ecirc;s dos cinco ministros se manifestarem a favor da den&uacute;ncia da PGR. Com isso, eles passam a responder a uma a&ccedil;&atilde;o penal, que poder&aacute; resultar na condena&ccedil;&atilde;o pelo assassinato.

A Pol&iacute;cia Federal cumpriu, na manh&atilde; desta quinta-feira (9), dois mandados de pris&atilde;o preventiva contra acusados de participar dos assassinatos da vereadora <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/Anderson%20Gomes">Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes</a>, al&eacute;m da tentativa de homic&iacute;dio da assessora Fernanda Chaves.&nbsp;

Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica.

Um dos mandados foi cumprido no pres&iacute;dio federal de Campo Grande, onde um dos alvos est&aacute; detido. O outro foi cumprido na cidade do Rio de Janeiro. Os nomes dos acusados n&atilde;o foram divulgados pela PF e nem pelo STF, que informou que o processo &eacute; sigiloso.

As investiga&ccedil;&otilde;es dos homic&iacute;dios, que foram iniciadas pela Pol&iacute;cia Civil e atualmente tamb&eacute;m est&atilde;o sendo feitas pela PF, j&aacute; resultaram na pris&atilde;o de dois acusados de executarem os assassinatos, os ex-policiais Ronnie Lessa e &Eacute;lcio Queir&oacute;z, dos acusados de planejarem o crime, os irm&atilde;os Domingos e Chiquinho Braz&atilde;o, e do delegado de Pol&iacute;cia Civil Rivaldo Barbosa que, segundo as investiga&ccedil;&otilde;es, teria tentado garantir que os irm&atilde;os sa&iacute;ssem impunes.

Tamb&eacute;m j&aacute; havia sido preso o bombeiro Maxwell Sim&otilde;es Corr&ecirc;a, acusado de ajudar na destrui&ccedil;&atilde;o de provas do crime. Com informa&ccedil;&otilde;es das ag&ecirc;ncias Brasil e PF.

Pelo menos cinco deputados federais da Bahia foram contra a manuten&ccedil;&atilde;o do deputado federal <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/chiquinho%20brazao" target="_blank">Chiquinho Braz&atilde;o (RJ)</a>, suspeito de ser o mandante da morte da ex-vereadora, Marielle Franco, em 2018. O parlamentar foi preso em preventivamente no &uacute;ltimo dia 24 de mar&ccedil;o, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/129174,urgente-camara-decide-pela-manutencao-da-prisao-de-chiquinho-brazao-suspeito-no-caso-marielle">No geral, entre os seus pares, foram 277 votos contra 129 -&nbsp;houve tamb&eacute;m 28 absten&ccedil;&otilde;es</a>. Com rela&ccedil;&atilde;o aos baianos, Dal Barreto (Uni&atilde;o Brasil), Elmar Nascimento (Uni&atilde;o Brasil), Jos&eacute; Rocha (Uni&atilde;o Brasil), Capit&atilde;o Alden (PL) e Paulo Azi (Uni&atilde;o Brasil) foram contr&aacute;rios a manuten&ccedil;&atilde;o da pris&atilde;o de Braz&atilde;o.

Elmar, l&iacute;der da sigla na C&acirc;mara, inclusive j&aacute; se articulava para votar contra a pris&atilde;o de Braz&atilde;o, que era do Uni&atilde;o Brasil. De acordo com a &ldquo;Veja&rdquo;, o movimento visa a disputa pela presid&ecirc;ncia da Casa, em fevereiro de 2025.

Por outro lado, outros quatro deputados se abstiveram de votar, sendo dois do Uni&atilde;o Brasil: Leur Lomanto Jr. e Arthur Maia. O mesmo caminho seguiram Jo&atilde;o Le&atilde;o (PP) e Paulo Magalh&atilde;es (PSD). J&aacute; Adolfo Viana (PSDB), Alex Santana (Republicanos), Jonga Bacelar (PL), Neto Carletto (PP), Roberta Roma (PL) e Waldenor Pereira (PT) optaram n&atilde;o marcaram presen&ccedil;a no plen&aacute;rio em sess&atilde;o que aconteceu na quarta-feira (11).

Entre os que votaram a favor, est&atilde;o: Alice Portugal (PCdoB), Bacelar (PV), Ant&ocirc;nio Brito (PSD), Charles Fernandes (PSD), Claudio Cajado (PP), Daniel Almeida (PCdoB), Diego Coronel (PSD), F&eacute;lix Mendon&ccedil;a Jr (PDT), Gabriel Nunes (PSD), Ivoneide Caetano (PT), Jorge Solla (PT), Joseildo Ramos (PT), Josias Gomes (PT), Leo Prates (PDT), L&iacute;dice da Mata (PSB), M&aacute;rcio Marinho (Republicanos), M&aacute;rio Negromonte Jr (PP), Otto Alencar Filho (PSD), Pastor Isid&oacute;rio (Avante), Raimundo Costa (Podemos), Ricardo Maia (MDB), Rog&eacute;ria Santos (Republicanos), Valmir Assun&ccedil;&atilde;o (PT), Waldenor Pereira (PT) e Z&eacute; Neto (PT).

Nesta quarta-feira, 10, ap&oacute;s&nbsp;a<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/129165,ccj-da-camara-dos-deputados-aprova-manutencao-da-prisao-de-chiquinho-brazao"> Comiss&atilde;o de Constitui&ccedil;&atilde;o e Justi&ccedil;a (CCJ) da C&acirc;mara decidir pela manuten&ccedil;&atilde;o da pris&atilde;o</a>&nbsp;do deputado Chiquinho Braz&atilde;o (sem partido), os deputados federais decidiram pela manuten&ccedil;&atilde;o da pris&atilde;o de Braz&atilde;o. Foram 277 votos contra 129, houve tamb&eacute;m 28 absten&ccedil;&otilde;es.&nbsp;

Braz&atilde;o &eacute; suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes, seu motorista, em 2018. Ele est&aacute; preso desde 24 de mar&ccedil;o por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF)

A Comiss&atilde;o de Constitui&ccedil;&atilde;o e Justi&ccedil;a (CCJ) da C&acirc;mara dos Deputados retoma nesta quarta-feira (9) a an&aacute;lise da pris&atilde;o do deputado Chiquinho Braz&atilde;o (Sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Em seguida, a medida vai a plen&aacute;rio na Casa. Os deputados Gilson Marques (Novo-SC), Fausto Pinato (PP-SP) e Roberto Duarte (Republicanos-AC) pediram vistas ao processo na primeira tentativa da casa de chegar a um entendimento sobre manter a pris&atilde;o preventiva decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do parlamentar Chiquinho Braz&atilde;o, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco.

Passando na CCJ, o relat&oacute;rio vai ser votado em plen&aacute;rio e a manuten&ccedil;&atilde;o da pris&atilde;o precisa de maioria absoluta, ou seja, 257 votos. A avalia&ccedil;&atilde;o de fontes no plen&aacute;rio &eacute; de que a vota&ccedil;&atilde;o est&aacute; dividida na C&acirc;mara, que pode querer mandar um recado para o STF.

Braz&atilde;o foi preso em 24 de mar&ccedil;o, no Rio de Janeiro, ao lado do irm&atilde;o Domingos Braz&atilde;o, na Opera&ccedil;&atilde;o Murder, Inc. da Pol&iacute;cia Federal. Segundo a Pol&iacute;cia Federal, a morte de Marielle foi idealizada pelos irm&atilde;os e planejada pelo ex-chefe da Pol&iacute;cia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. O motivo seria a disputa por regulariza&ccedil;&atilde;o de &aacute;reas nas m&atilde;os de mil&iacute;cias.

O deputado federal <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/chiquinho%20brazao">Chiquinho Braz&atilde;o (sem partido-RJ)</a> pode sair da pris&atilde;o diante de uma manobra articulada pelo Centr&atilde;o na C&acirc;mara dos Deputados - o parlamentar &eacute; suspeito de ser o mandante da morte da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, em 2018.

Conforme o Estad&atilde;o, o presidente da C&acirc;mara, Arthur Lira (PP-AL), ter&aacute; de decidir nesta ter&ccedil;a-feira (9), durante reuni&atilde;o de l&iacute;deres, a estrat&eacute;gia para votar o relat&oacute;rio que recomendou manter a pris&atilde;o do deputado.&nbsp;

Apesar de os l&iacute;deres considerarem grave o crime imputado a Braz&atilde;o, o bloco de partidos estaria indisposto a manter o colega preso com as suas digitais. E, por isso, amea&ccedil;a n&atilde;o registrar presen&ccedil;a para boicotar a vota&ccedil;&atilde;o.

O temor &eacute; que a manuten&ccedil;&atilde;o da pris&atilde;o crie o precedente de novas deten&ccedil;&otilde;es preventivas de parlamentares, por outros crimes. Para manter a pris&atilde;o s&atilde;o necess&aacute;rias, no m&iacute;nimo, 257 votos no plen&aacute;rio da C&acirc;mara. A expectativa &eacute; a de que essa vota&ccedil;&atilde;o ocorra na quarta-feira (10).

Ap&oacute;s uma confus&atilde;o generalizada entre os deputados federais que discutiam os &uacute;ltimos desdobramentos do caso do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, a sess&atilde;o na C&acirc;mara precisou ser encerrada.

Tudo come&ccedil;ou ap&oacute;s o deputado &Eacute;der Mauro (PL-PA) subir &agrave; tribuna da casa e realizar um discurso no qual atribuiu o assassinato de Marielle &agrave; esquerda (veja v&iacute;deo abaixo).

Ainda durante a fala, o parlamentar levantou um cartaz com a foto do deputado Chiquinho Braz&atilde;o (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato, vestindo uma camisa com a estampa &ldquo;Dilma 13&rdquo;, uma refer&ecirc;ncia a ex-presidente Dilma Rousseff.

Ap&oacute;s as declara&ccedil;&otilde;es do liberal, deputados da base governista reagiram. Um deles foi a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que pediu respeito a Marielle.

<blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">Deputados batem-boca na Câmara após parlamentar vincular morte de Marielle Franco à esquerda <a href="https://t.co/qcxSXqQcPD">pic.twitter.com/qcxSXqQcPD</a>&mdash; Portal Salvador FM (@PortalSsaFM) <a href="https://twitter.com/PortalSsaFM/status/1773363823539314877?ref_src=twsrc%5Etfw">March 28, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Na sequ&ecirc;ncia, o deputado Delegado Caveira (PL-PA) estava no plen&aacute;rio e exibiu a mesma fotografia na frente de deputados da base aliada ao presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT).&nbsp;

O gesto irritou os governistas. Um dos vice-l&iacute;deres do governo na C&acirc;mara, o deputado Alencar Santana (PT-SP) rasgou o cartaz. Em seguida, ele foi empurrado pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT).

A confus&atilde;o chegou a tal n&iacute;vel que o deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP), que presidia a sess&atilde;o, decidiu encerrar os trabalhos. A confus&atilde;o ocorreu na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (26).

Suspeitos de envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, os irm&atilde;os Domingos e Chiquinho Braz&atilde;o foram transferidos, na manh&atilde; desta quarta-feira (27), da Penitenci&aacute;ria Federal de Bras&iacute;lia.&nbsp;

J&aacute; o delegado Rivaldo Barbosa, que teria atrapalhado as investiga&ccedil;&otilde;es, permanece preso na unidade prisional considerada de seguran&ccedil;a m&aacute;xima. Os tr&ecirc;s foram presos pela Pol&iacute;cia Federal no domingo (24).

O destino prisional dos irm&atilde;os Braz&atilde;o n&atilde;o foi divulgado por quest&atilde;o de seguran&ccedil;a.

Executor do crime, o ex-policial Ronnie Lessa, em dela&ccedil;&atilde;o premiada, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/128364,caso-marielle-franco-supostos-mandantes-do-crime-sao-presos">apontou os supostos mandantes do crime</a> - em troca de benef&iacute;cios.

Deputados da Comiss&atilde;o de Constitui&ccedil;&atilde;o e Justi&ccedil;a (CCJ) pediram vista e adiaram, por duas sess&otilde;es, a vota&ccedil;&atilde;o sobre a<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/128364,caso-marielle-franco-supostos-mandantes-do-crime-sao-presos" target="_blank"> pris&atilde;o preventiva do deputado federal Chiquinho Braz&atilde;o (RJ), detido no &uacute;ltimo domingo (24) acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco </a>e do motorista Anderson Gomes.

Como Braz&atilde;o &eacute; parlamentar federal, a pris&atilde;o precisa ser aprovada pela maioria absoluta da C&acirc;mara dos Deputados. O relator do caso na CCJ, deputado Darci de Matos (PSD-SC), defendeu que a pris&atilde;o respeitou as exig&ecirc;ncias constitucionais que dizem que a deten&ccedil;&atilde;o de um parlamentar s&oacute; pode ser feita em flagrante e por crime inafian&ccedil;&aacute;vel.&nbsp;

Os deputados federais Gilson Marques (Novo-SC) e Roberto Duarte (Republicanos-AC) pediram vista alegando para analisar se a pris&atilde;o preventiva foi legal, argumentando que n&atilde;o tiveram tempo de avaliar o relat&oacute;rio da Pol&iacute;cia Federal, a decis&atilde;o de pris&atilde;o do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o relat&oacute;rio de Darci de Matos.

&ldquo;O deputado est&aacute; preso. Qual &eacute; a pressa? Qual &eacute; a pressa? N&oacute;s precisamos dormir com a cabe&ccedil;a no travesseiro para ter certeza de fazer a coisa certa&rdquo;, argumentou Gilson Marques.

O parlamentar Roberto Duarte tamb&eacute;m saiu em defesa do pedido de vista. &ldquo;N&oacute;s precisamos avaliar a quest&atilde;o da pris&atilde;o preventiva decretada pelo Supremo Tribunal Federal. N&oacute;s observamos ainda, na imprensa nacional, que n&atilde;o existem provas cabais e que n&atilde;o houve sequer o contradit&oacute;rio. N&oacute;s precisamos defender o contradit&oacute;rio sempre e o devido processo legal&rdquo;, afirmou o deputado acreano.

O pedido de vista foi criticado por parlamentares que defendiam a an&aacute;lise imediata do caso para o encaminhamento da quest&atilde;o, ainda nessa ter&ccedil;a-feira (26), para o plen&aacute;rio da C&acirc;mara.&nbsp;

Cr&iacute;ticas

O pedido de vista foi criticado por parlamentares que defenderam a an&aacute;lise imediata do caso. A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RJ) sustentou que era preciso dar uma resposta ao Brasil ainda nesta ter&ccedil;a-feira (26).

&ldquo;Porque saindo da CCJ, a manuten&ccedil;&atilde;o da pris&atilde;o tem que ir ao Plen&aacute;rio. E o Brasil espera que um deputado investigado, ali&aacute;s, preso por ser mandante do assassinato, de uma vereadora negra, assassinada, que h&aacute; seis anos espera por justi&ccedil;a, seja votado hoje&rdquo;, afirmou.

&ldquo;Atrasar a vota&ccedil;&atilde;o da pris&atilde;o do Chiquinho e, ao mesmo tempo, atrasar a vota&ccedil;&atilde;o da cassa&ccedil;&atilde;o dele, significa passar pano para miliciano e dar salvo conduto para que esses que n&atilde;o existem sem os tent&aacute;culos do Estado sigam tentando se defender&rdquo;, completou.

Quest&atilde;o de ordem

Antes da leitura do parecer do relator, parlamentares apelaram para que n&atilde;o fosse dado o pedido de vista para n&atilde;o atrasar a an&aacute;lise da C&acirc;mara dos Deputados sobre a pris&atilde;o de Chiquinho Braz&atilde;o. &nbsp;

O deputado federal Rubens Pereira J&uacute;nior (PT-MA) apresentou quest&atilde;o de ordem defendendo que, no caso de mat&eacute;rias em car&aacute;ter de urg&ecirc;ncia, o pedido de vista pode ser dispensado. Como alternativa, Rubens ainda sugeriu que o pedido de vista fosse de uma sess&atilde;o, e n&atilde;o duas, como prev&ecirc; o regulamento da Casa. &nbsp;

&ldquo;Se a vista for por uma sess&atilde;o, amanh&atilde; a CCJ se re&uacute;ne e amanh&atilde; o plen&aacute;rio da C&acirc;mara dos Deputados aprecia a pris&atilde;o. Deixar para o dia 10 de abril &eacute; um esc&aacute;rnio para a sociedade brasileira&rdquo;, disse.

A presidente da CCJ, a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), rejeitou a quest&atilde;o de ordem, dizendo que o pedido de vista &eacute; um direito dos deputados.

&ldquo;N&oacute;s discutimos por mais de uma hora e buscamos um acordo para tentar votar a mat&eacute;ria hoje, mas v&aacute;rios parlamentares, que s&atilde;o advogados e zelam pelo devido processo legal, est&atilde;o muito preocupados com os requisitos constitucionais da pris&atilde;o, independentemente do m&eacute;rito&rdquo;, afirmou.

A presidente da comiss&atilde;o acrescentou que, como o processo &eacute; um Comunicado de Medida Cautelar, ele n&atilde;o tem o mesmo car&aacute;ter das medidas legislativas com urg&ecirc;ncia. &nbsp;

&ldquo;N&atilde;o se trata de uma mat&eacute;ria de car&aacute;ter legislativo, mas &eacute; uma comunica&ccedil;&atilde;o de medida cautelar, tem outra natureza jur&iacute;dica&rdquo;, justificou Caroline.

O deputado Rubens Pereira J&uacute;nior prometeu recorrer &agrave; Mesa Diretora da C&acirc;mara contra a decis&atilde;o de conceder o pedido de vista.

Ao desvendar o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/128364,caso-marielle-franco-supostos-mandantes-do-crime-sao-presos" target="_blank">assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em 2018</a>, a Pol&iacute;cia Federal (PF) revelou tamb&eacute;m um esquema envolvendo autoridades da seguran&ccedil;a p&uacute;blica do Rio de Janeiro que, em vez de atuarem para desvendar o caso, adotaram estrat&eacute;gias para evitar o avan&ccedil;o das investiga&ccedil;&otilde;es. No centro do esquema estava o<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/rivaldo%20barbosa" target="_blank"> delegado Rivaldo Barbosa, ent&atilde;o chefe da Pol&iacute;cia Civil</a>.&nbsp;

Se, na teoria, cabia a ele desvendar o caso, na realidade, segundo a Pol&iacute;cia federal, o delegado teria feito mais do que obstruir a investiga&ccedil;&atilde;o. As suspeitas s&atilde;o de que ajudou no planejamento do crime, algo que surpreendeu at&eacute; a fam&iacute;lia de Marielle, de quem o delegado se aproximou e ganhou confian&ccedil;a logo no in&iacute;cio das investiga&ccedil;&otilde;es.

No inqu&eacute;rito, tornado p&uacute;blico pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Rivaldo &eacute; acusado de obstruir os trabalhos policiais, de forma a proteger os autores de crimes cometidos por diversos contraventores, deste e de outros casos, em especial envolvendo milicianos e bicheiros. Entre os crimes imputados a ele est&aacute; o de participar de organiza&ccedil;&atilde;o criminosa, lavagem de dinheiro e corrup&ccedil;&atilde;o passiva.

A indica&ccedil;&atilde;o de Rivaldo para o cargo na Pol&iacute;cia Civil foi feita pelo general de Ex&eacute;rcito Richard Nunes, mesmo diante de um parecer do setor de intelig&ecirc;ncia que informava sobre &ldquo;atividades suspeitas&rdquo; que associavam o delegado a contraventores locais, em especial bicheiros. A nomea&ccedil;&atilde;o foi assinada pelo ent&atilde;o interventor do governo federal no estado, general Walter Braga Netto.

Segundo a PF, a lista de acusados envolvidos com o assassinato da vereadora abrange Ronnie Lessa, autor dos disparos contra Marielle e Anderson; &Eacute;lcio de Queiroz, que dirigiu o carro que perseguiu o de Marielle na ocasi&atilde;o do assassinato; o ex-bombeiro Maxwell Sim&otilde;es Corr&ecirc;a, o &quot;Suel&quot;, a quem coube monitorar a rotina da v&iacute;tima, al&eacute;m de ajudar a dar sumi&ccedil;o na arma utilizada no crime; e Edilson Barbosa dos Santos, mais conhecido como &quot;Orelha&quot;, dono do ferro-velho onde foi feito o desmanche do carro usado no crime. Os investigadores apontam como mandantes do crime o deputado Chiquinho Braz&atilde;o (Uni&atilde;o Brasil-RJ) e seu irm&atilde;o Domingos Braz&atilde;o. Tanto os irm&atilde;os Braz&atilde;o quanto Rivaldo Barbosa foram presos preventivamente no &uacute;ltimo domingo (24).

Investigadores criminosos

Um dia ap&oacute;s o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, Rivaldo Barbosa, j&aacute; chefe da Pol&iacute;cia Civil do Rio de Janeiro, nomeou o delegado Giniton Lages, com quem tinha comprovadamente rela&ccedil;&otilde;es pr&oacute;ximas - inclusive relatadas pelo pr&oacute;prio Lages no livro &quot;Quem Matou Marielle?&quot;, escrito por ele -, para presidir as investiga&ccedil;&otilde;es do caso.

O inqu&eacute;rito da PF apresenta depoimentos e diversas provas indici&aacute;rias do esquema criminoso envolvendo a Delegacia de Homic&iacute;dios. Algumas apontam que Rivaldo seria &quot;conivente com os homic&iacute;dios envolvendo a participa&ccedil;&atilde;o de milicianos e contraventores, dos quais recebia vantagens indevidas&quot;, e que ele teria feito alertas a &quot;alvos de investiga&ccedil;&atilde;o quando da men&ccedil;&atilde;o de seus nomes em procedimentos criminais ou quando da exist&ecirc;ncia de medidas restritivas em desfavor deles&quot;.

Segundo a investiga&ccedil;&atilde;o da PF, entre os crimes acobertados est&aacute; o assassinato do presidente da Portela, Marcos Falcon, em setembro de 2016; de Haylton Carlos Gomes Escafura e de sua mulher, na Barra da Tijuca, em 2016, assim como o de Geraldo Ant&ocirc;nio Pereira, no mesmo ano; Jos&eacute; Lu&iacute;s de Barros Lopes, em 2011, e Marcelo Diotti da Matta, em 2018. Uma das frentes de investiga&ccedil;&atilde;o da PF que comprovaram a liga&ccedil;&atilde;o entre investigadores e criminosos partiu do depoimento da filha de Marcos Falcon, Marcelle Guimar&atilde;es Vieira Souza.&nbsp;

Falcon era, na &eacute;poca, candidato ao cargo de vereador do munic&iacute;pio do Rio de Janeiro, mas foi assassinado a menos de uma semana do pleito. Sua filha disse &agrave; PF que o delegado Brenno Carnevale, respons&aacute;vel pela investiga&ccedil;&atilde;o da morte de seu pai, havia manifestado &quot;descontentamento com as inger&ecirc;ncias praticadas por Rivaldo Barbosa na investiga&ccedil;&atilde;o&quot;. Entre as inger&ecirc;ncias estaria o pedido de Rivaldo para que Carnevale n&atilde;o mexesse em &quot;nada das novas descobertas&rdquo;, e que as informa&ccedil;&otilde;es deveriam sempre passar antes diretamente por ele, Rivaldo.

Carnevale teria falado, tamb&eacute;m &agrave; filha de Marcos Falcon, sobre o &ldquo;sumi&ccedil;o repentino&rdquo; de procedimentos apurat&oacute;rios atrelados a Falcon e Geraldo Pereira.

&quot;Marcelle ressaltou que todos com quem conversava sobre a morte de seu pai, sobretudo policiais, desestimulavam-na a procurar a DH [Delegacia de Homic&iacute;dios, quando chefiada por Rivaldo], pois essa delegacia estaria comprada e de nada adiantaria seu empenho&quot;, detalha o documento divulgado pela PF. Al&eacute;m disso, segundo ela, Rivaldo teria marcado um encontro com Falcon pouco tempo antes de ser morto, mas que o encontro acabou n&atilde;o se concretizando em raz&atilde;o de seu assassinato.

Brenno Carnevalle estava lotado, em 2018, na delegacia que era respons&aacute;vel pela apura&ccedil;&atilde;o dos homic&iacute;dios envolvendo agentes de seguran&ccedil;a p&uacute;blica. Em depoimento ao Minist&eacute;rio P&uacute;blico do RJ, ele informou que n&atilde;o houve nenhuma elucida&ccedil;&atilde;o de crimes envolvendo bicheiros entre agosto de 2016 e mar&ccedil;o de 2018; e que materiais apreendidos e inqu&eacute;ritos haviam desaparecido de forma misteriosa.

No depoimento, ele reiterou o que havia sido dito por Marcelle e acrescentou outros fatos que ampliaram ainda mais as suspeitas contra Rivaldo. Foi o caso do sumi&ccedil;o de inqu&eacute;ritos como o de Andr&eacute; Serralho, em 2016, bem como de alguns materiais apreendidos durante as investiga&ccedil;&otilde;es. Citou tamb&eacute;m o excesso de exig&ecirc;ncias burocr&aacute;ticas que inviabilizavam dilig&ecirc;ncias; e as &quot;s&uacute;bitas trocas de presid&ecirc;ncias de inqu&eacute;ritos&quot;, como o que envolvia a morte de Haylton Escafura, filho do contraventor conhecido como Piruinha.

Outro fato narrado por Marcelle mostra que a delegacia chefiada por Rivaldo era conivente com os homic&iacute;dios envolvendo a participa&ccedil;&atilde;o de milicianos e contraventores, dos quais, segundo a PF, Rivaldo recebia vantagens indevidas. A PF acrescenta que o delegado civil alertava alvos de investiga&ccedil;&atilde;o, quando tinham seus nomes mencionados em procedimentos criminais ou quando ficava a par de medidas restritivas que seriam aplicadas em desfavor deles.

&quot;Uma an&aacute;lise, ainda que superficial desses inqu&eacute;ritos, infelizmente, revela uma lament&aacute;vel realidade: historicamente, os homic&iacute;dios ligados a disputas da contraven&ccedil;&atilde;o, invariavelmente, n&atilde;o resultam em efetivas respostas estatais; rumam em via &uacute;nica destinada a uma deplor&aacute;vel impunidade institucionalizada&quot;, diz o inqu&eacute;rito.

A senten&ccedil;a assinada pelo juiz da 1&ordf; Vara Criminal Especializada em Organiza&ccedil;&atilde;o Criminosa, Bruno Monteiro Ruli&egrave;re, destaca que o exame dos procedimentos adotados &quot;permite inspirar particular questionamento sobre a adequa&ccedil;&atilde;o e regularidade na condu&ccedil;&atilde;o dos inqu&eacute;ritos policiais (inconclusivos), que s&atilde;o marcados por rotinas engessadas, despidas de prof&iacute;cuos atos apurat&oacute;rios, com uma manifesta situa&ccedil;&atilde;o de letargia e omiss&atilde;o deliberada de alguns agentes e/ou autoridade p&uacute;blicas&quot;. &quot;Com isso, todos inqu&eacute;ritos acabam sem conclus&atilde;o&quot;, detalhou o juiz.

Federaliza&ccedil;&atilde;o

O inqu&eacute;rito mostra que o chefe da Pol&iacute;cia Civil, Rivaldo Barbosa, estava preocupado com a possibilidade de federaliza&ccedil;&atilde;o do caso. Nesse sentido, relata uma manifesta&ccedil;&atilde;o dele na m&iacute;dia, ap&oacute;s ser indagado sobre a possibilidade de eventuais colabora&ccedil;&otilde;es da PF na investiga&ccedil;&atilde;o. Ele disse ter convic&ccedil;&atilde;o de que a Pol&iacute;cia Civil tinha condi&ccedil;&otilde;es de elucidar o caso.

Segundo o inqu&eacute;rito, chamou a aten&ccedil;&atilde;o o fato de, antes da entrevista concedida ao RJTV 12 horas ap&oacute;s o assassinato de Marielle, a Delegacia de Homic&iacute;dios da Capital ter vazado a informa&ccedil;&atilde;o de que as muni&ccedil;&otilde;es empregadas na emboscada contra a vereadora decorriam de um lote vendido para a PF em 2006.

Isso, segundo o inqu&eacute;rito, foi feito &quot;com o claro objetivo de repelir a atua&ccedil;&atilde;o da for&ccedil;a de seguran&ccedil;a federal no caso&quot;. No mesmo dia, 15 de mar&ccedil;o, o procurador-Geral de Justi&ccedil;a do RJ, Jos&eacute; Eduardo Gussem, defendeu que, diante desses fatos, era importante &quot;evitar que a investiga&ccedil;&atilde;o passe para a esfera federal&quot;. A declara&ccedil;&atilde;o foi feita ap&oacute;s visita da procuradora-Geral da Rep&uacute;blica, &agrave; &eacute;poca, Raquel Dodge, ao estado, ocasi&atilde;o em que anunciou que iria instaurar uma apura&ccedil;&atilde;o preliminar do caso no MPF.

Dodge havia nomeado cinco procuradores para acompanhar a investiga&ccedil;&atilde;o do caso. &ldquo;Entretanto, Gussem, no dia 21 de mar&ccedil;o de 2018, ingressou com um pedido no Conselho Nacional do Minist&eacute;rio P&uacute;blico para que a apura&ccedil;&atilde;o dos procuradores da Rep&uacute;blica fosse suspensa, o que foi deferido liminarmente pelo conselho e ensejou a revoga&ccedil;&atilde;o da portaria de nomea&ccedil;&atilde;o do grupo&rdquo;, diz o inqu&eacute;rito, ao apresentar algumas manifesta&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas de Gussem em favor de Rivaldo Barbosa.

&ldquo;Avan&ccedil;ando na an&aacute;lise da rela&ccedil;&atilde;o de Rivaldo Barbosa com Gussem, entretanto chamou a aten&ccedil;&atilde;o desta equipe de investiga&ccedil;&atilde;o que, na ocasi&atilde;o em que o primeiro foi denunciado pelo MPRJ pela suposta pr&aacute;tica de crimes contra a lei de licita&ccedil;&otilde;es, por firmar contratos emergenciais na &aacute;rea de inform&aacute;tica no valor de R$ 191 milh&otilde;es, o ent&atilde;o procurador n&atilde;o adotou a postura de proteger sua institui&ccedil;&atilde;o, bem como de seus membros, outrora realizada com afinco, mas, de forma surpreendente, atacou os promotores de Justi&ccedil;a signat&aacute;rios da exordial acusat&oacute;ria, e defendeu Rivaldo Barbosa&rdquo;, complementa o inqu&eacute;rito da PF.

Sabotagem

Entre os atos praticados para obstruir as investiga&ccedil;&otilde;es, refor&ccedil;ados com a nomea&ccedil;&atilde;o de Lages, a PF aponta &ldquo;exemplos inequ&iacute;vocos de que o aparato policial n&atilde;o somente se absteve de promover dilig&ecirc;ncias frut&iacute;feras, mas tamb&eacute;m favoreceu para a sabotagem do trabalho apurat&oacute;rio&quot;. Um desses exemplos foi a neglig&ecirc;ncia para se obter as imagens do ve&iacute;culo utilizado para o crime contra a vereadora, que acabou por n&atilde;o abranger, inicialmente, a rota de fuga dos executores.

O inqu&eacute;rito fala tamb&eacute;m de uma &ldquo;duvidosa din&acirc;mica&rdquo; da delegacia de homic&iacute;dios que teve como ponto de partida uma den&uacute;ncia an&ocirc;nima, que tentou associar o crime ao ent&atilde;o vereador Marcelo Siciliano, advers&aacute;rio pol&iacute;tico dos verdadeiros mandantes citados pela PF, os irm&atilde;os Domingos e Chiquinho Braz&atilde;o.

A investiga&ccedil;&atilde;o levantou tamb&eacute;m, falsamente, suspeitas contra Orlando Curicica, miliciano que atuaria na Zona Oeste do Rio de janeiro. Curicica havia delatado esquemas de pagamentos mensais por milicianos a delegacias do estado; e que pagamentos extras teriam sido feitos para evitar investiga&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas de alguns homic&iacute;dios.

Em maio de 2018, uma equipe da delegacia de homic&iacute;dios comandada por Lages esteve na Penitenci&aacute;ria de Bangu 1 com o intuito de obter uma confiss&atilde;o de Orlando Curicica, que apontasse a autoria do crime a Marcelo Siciliano. &ldquo;Diante da negativa de Curicica, tal equipe teria o amea&ccedil;ado de lhe atribuir outros homic&iacute;dios como meio de coer&ccedil;&atilde;o (ou coa&ccedil;&atilde;o) a confessar aquela hip&oacute;tese pr&eacute;-moldada&rdquo;, descreve o inqu&eacute;rito da PF. &ldquo;Imputar o delito ao ent&atilde;o vereador Marcelo Siciliano teria o cond&atilde;o n&atilde;o s&oacute; de garantir-lhes a impunidade, mas tamb&eacute;m fulminaria politicamente um dos concorrentes eleitorais da fam&iacute;lia Braz&atilde;o nos bairros da Zona Oeste carioca&rdquo;, complementa o documento.

Vantagens indevidas

O inqu&eacute;rito cita &ldquo;vantagens indevidas&rdquo; que Gussem teria recebido do ex-secret&aacute;rio de Sa&uacute;de do estado, S&eacute;rgio C&ocirc;rtes, para arquivar investiga&ccedil;&otilde;es que o tinham como alvo. Todo esse contexto levou os investigadores a constatar que Rivaldo Barbosa &ldquo;conseguiu atingir seu segundo intento, de modo que os &oacute;rg&atilde;os de persecu&ccedil;&atilde;o penal federais foram alijados das investiga&ccedil;&otilde;es&rdquo;.

O inqu&eacute;rito descreve tamb&eacute;m algumas estrat&eacute;gias adotadas por Rivaldo para lavar o dinheiro recebido dos contraventores. Ele inclusive teria constitu&iacute;do, com sua esposa, Erika Ara&uacute;jo, uma empresa, com o prop&oacute;sito de justificar o aumento de patrim&ocirc;nio obtido no per&iacute;odo em que dirigia a delegacia de homic&iacute;dios e, posteriormente, quando foi chefe da Pol&iacute;cia Civil.

&ldquo;Rivaldo e sua esposa Erika se lan&ccedil;aram &agrave;s atividades empresariais justamente no per&iacute;odo em que Rivaldo foi nomeado para chefiar a Delegacia de Homic&iacute;dios da Capital, de modo a se protrair enquanto ele foi diretor da Divis&atilde;o de Homic&iacute;dios (21/5/2016) e chefe da Pol&iacute;cia Civil (8/3/2018). Recorda-se que &eacute; justamente quando est&aacute; na DHC ou &agrave; frente da Pol&iacute;cia Civil que foram encontrados relatos, depoimentos e formalizadas den&uacute;ncias envolvendo epis&oacute;dios de corrup&ccedil;&atilde;o e outras atividades il&iacute;cita&rdquo;, diz o inqu&eacute;rito.

Outro lado

Ouvido pela PF durante as investiga&ccedil;&otilde;es, o general Richard Nunes prestou depoimento aos delegados e negou ter inger&ecirc;ncia na escolha de Rivaldo.&nbsp;

&ldquo;A Subsecretaria de intelig&ecirc;ncia contraindicou o nome de Rivaldo, mas o depoente decidiu pelo seu nome, tendo em vista que tal contraindica&ccedil;&atilde;o n&atilde;o se pautava por dados objetivos. Teve contato com Rivaldo na &eacute;poca da for&ccedil;a de pacifica&ccedil;&atilde;o&rdquo;, diz o depoimento.

A Ag&ecirc;ncia Brasil entrou em contato com a defesa de Rivaldo Barbosa e aguarda retorno.

Em nota, a defesa de Braga Netto afirmou que &quot;a sele&ccedil;&atilde;o e indica&ccedil;&otilde;es para nomea&ccedil;&otilde;es eram feitas, exclusivamente, pelo ent&atilde;o Secret&aacute;rio de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica&quot; e atribuiu sua assinatura na nomea&ccedil;&atilde;o de Rivaldo Barbosa a &quot;quest&otilde;es burocr&aacute;ticas&quot;.

A <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/camara%20dos%20deputados" target="_blank">C&acirc;mara dos Deputados</a> avalia, nesta ter&ccedil;a-feira (26), se mant&eacute;m ou n&atilde;o a pris&atilde;o do deputado federal Chiquinho Braz&atilde;o (sem partido-RJ), suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).&nbsp;

A an&aacute;lise ser&aacute; realizada a partir das 14h, na Comiss&atilde;o de Constitui&ccedil;&atilde;o e Justi&ccedil;a (CCJ) da Casa.

Braz&atilde;o foi detido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/128364,caso-marielle-franco-supostos-mandantes-do-crime-sao-presos" target="_blank">a suspeita de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, juntamente com o irm&atilde;o dele, Domingos Braz&atilde;o, que &eacute; conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, e o delegado da Pol&iacute;cia Civil, Rivaldo Barbosa</a>.

O vereador <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/tiago%20ferreira" target="_blank">Tiago Ferreira (PT)</a> cometeu um ato falho durante sess&atilde;o na C&acirc;mara Municipal de Salvador (CMS), na segunda-feira (25), ao comentar sobre a pris&atilde;o, no &uacute;ltimo domingo (24), <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/128364,caso-marielle-franco-supostos-mandantes-do-crime-sao-presos" target="_blank">dos supostos mandantes de assassinar a ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco</a>.

Entre os detidos estavam os irm&atilde;os Domingos Braz&atilde;o, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado; e Chiquinho Braz&atilde;o, deputado federal pelo Uni&atilde;o Brasil, do Rio de Janeiro. Al&eacute;m deles, o chefe de Pol&iacute;cia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, tamb&eacute;m foi preso.

Na sess&atilde;o de ontem, o petista falava que se n&atilde;o se fosse pela atua&ccedil;&atilde;o do governo Lula (PT) no caso, a situa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o seria esclarecida, quando cometeu a gafe (veja v&iacute;deo abaixo).&nbsp;

&quot;Com certeza se estivesse ainda o governo Bolsonaro, essa quest&atilde;o da morte de Maria Marighella talvez ainda n&atilde;o tivesse descoberto os mandantes&quot;, disse Tiago Ferreira - vale lembrar que Maria Marighella est&aacute; viva e comanda atualmente a Funda&ccedil;&atilde;o Nacional das Artes (Funarte).

Interpelado pelos colegas de C&acirc;mara, o edil logo se corrigiu: &quot;Marielle Franco [...] eu falei quem? [...] Desculpe, perd&atilde;o&quot;, corrigiu o petista.

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Segundo vice-l&iacute;der do Uni&atilde;o Brasil na C&acirc;mara de Salvador, Duda Sanches n&atilde;o acredita que o partido sair&aacute; arranhado com a pris&atilde;o do deputado federal Chiquinho Braz&atilde;o (RJ). <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/128364,caso-marielle-franco-supostos-mandantes-do-crime-sao-presos" target="_blank">O congressista foi detido no &uacute;ltimo domingo (24)</a>, acusado pela Pol&iacute;cia Federal de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 14 de mar&ccedil;o de 2018.

Al&eacute;m do parlamentar &ndash; que na &eacute;poca do crime era colega da socialista no Legislativo da capital fluminense &ndash;, foram detidos o irm&atilde;o dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Braz&atilde;o, e o ex-chefe da Pol&iacute;cia Civil do Estado, Rivaldo Barbosa.

Na avalia&ccedil;&atilde;o de Duda, o fato de a dire&ccedil;&atilde;o ter expulsado seu filiado horas ap&oacute;s a opera&ccedil;&atilde;o da PF mostra isen&ccedil;&atilde;o da sigla.&nbsp;

&quot;Veja que a opera&ccedil;&atilde;o foi executada em um dia at&iacute;pico, &agrave;s 5h da manh&atilde; de um domingo, e mesmo todos os dirigentes do nosso partido estando provavelmente em suas bases ou ent&atilde;o em momento de descanso, de pronto a expuls&atilde;o dele foi emitida, o que mostra que no Uni&atilde;o Brasil n&atilde;o h&aacute; espa&ccedil;o para que um cidad&atilde;o com esse tipo de atitude possa permanecer nos seus quadros. Pela primeira vez eu vejo uma expuls&atilde;o t&atilde;o r&aacute;pida de algu&eacute;m dentro de um partido. A gente n&atilde;o tem como defender o indefens&aacute;vel. Ent&atilde;o, o Uni&atilde;o Brasil j&aacute; tomou essa decis&atilde;o, o que mostra o posicionamento do nosso partido diante de uma atitude desastrosa, uma atitude que nos envergonha a esse ponto de termos tido um cidad&atilde;o de baix&iacute;ssimo quilate como esse em nossos quadros&quot;, disse o vereador, em entrevista ao <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/57/blog-do-vila" target="_blank">Blog do Vila</a>, do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/" target="_blank">Portal Salvador FM</a>.&nbsp;

De acordo com Sanches,&nbsp;justamente pela celeridade do UB em expulsar Braz&atilde;o, o prefeito Bruno Reis tamb&eacute;m n&atilde;o ser&aacute; atacado pela oposi&ccedil;&atilde;o por ter sido correligion&aacute;rio do acusado de mandar matar Marielle.

&quot;Duvido muito que qualquer candidato que a&iacute; j&aacute; se colocou agiria de forma t&atilde;o covarde, visto que, &eacute; bem verdade, o Braz&atilde;o constava nos nossos quadros, mas n&atilde;o h&aacute; que se culpar o partido, os eleitores que ele tinha, as pessoas que j&aacute; confiaram nele e n&atilde;o sabiam que ele tinha esse lado t&atilde;o obscuro. N&atilde;o se pode imputar a ningu&eacute;m que aceitou ele de boa f&eacute; nos seus quadros&quot;, opinou o vereador.

Na sess&atilde;o desta segunda-feira (25), os vereadores que se manifestaram sobre o caso em plen&aacute;rio &ndash; Roberta Caires (PP), Luiz Carlos Su&iacute;ca (PT), Marta Rodrigues (PT), Arnando Lessa (PT) e Silvio Humberto (PSB) &ndash; n&atilde;o mencionaram a filia&ccedil;&atilde;o partid&aacute;ria do deputado preso. Laina Cris&oacute;stomo (PSOL) n&atilde;o esteve presente.

A 1&ordf; vice-l&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o na C&acirc;mara de Salvador, Marta Rodrigues (PT), avaliou a <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/128364,caso-marielle-franco-supostos-mandantes-do-crime-sao-presos" target="_blank">pris&atilde;o dos acusados de serem os mandantes</a> do crime contra a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes como &quot;um avan&ccedil;o para a democracia&quot;, mas admitiu que, enquanto mulher e militante de esquerda, ainda tem medo de ser v&iacute;tima de viol&ecirc;ncia pela sua atua&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica.

Segundo a petista, a sociedade precisa discutir e dar visibilidade &agrave; Lei 14.192/21, que criminaliza a viol&ecirc;ncia pol&iacute;tica de g&ecirc;nero, &quot;para n&atilde;o acontecer o mesmo que aconteceu com Marielle&quot;.

&quot;Ent&atilde;o &eacute; sobre isso que a gente precisa tamb&eacute;m falar. E essa lei que foi aprovada em 2021 &eacute; uma lei importante, porque a gente precisa dar visibilidade ao que &eacute; a viol&ecirc;ncia pol&iacute;tica de g&ecirc;nero. A gente sofre uma viol&ecirc;ncia sutil nesses espa&ccedil;os. N&atilde;o d&aacute; para a gente conviver mais, em pleno s&eacute;culo XXI, com tamanha viol&ecirc;ncia. Olha de onde os irm&atilde;os [Braz&atilde;o] estavam vindo, para mandar executar uma vereadora. Isso &eacute; muita covardia e essa viol&ecirc;ncia n&atilde;o pode perpetuar. A gente precisa galgar outros passos, porque a cada elei&ccedil;&atilde;o a gente v&ecirc; v&aacute;rios tipos de viol&ecirc;ncia, tanto nas redes sociais, quanto fisicamente. De a gente passar na rua e algu&eacute;m apontar o dedo e xingar. Agora, a gente n&atilde;o pode tamb&eacute;m se intimidar de fazer o debate, de ir para cima. A gente n&atilde;o pode recuar, porque se a gente recuar &eacute; pior&quot;, declarou a vereadora, em entrevista ao <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/57/blog-do-vila" target="_blank">Blog do Vila</a>, do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/" target="_blank">Portal Salvador FM</a>, ao citar a fala da trabalhadora rural e sindicalista Margarida Alves, tamb&eacute;m assassinada na Para&iacute;ba, em 1983.&nbsp; 
&nbsp; 
Para Marta, Marielle &eacute; uma fonte de inspira&ccedil;&atilde;o para n&atilde;o deixar a luta por uma sociedade melhor arrefecer. &quot;Marielle foi uma semente crioula, que &eacute; aquela boa semente, que n&atilde;o vem com agrot&oacute;xico. Essa semente dela est&aacute; germinando e est&aacute; florindo para a gente dar conta e dizer que n&oacute;s n&atilde;o vamos aceitar&quot;, finalizou.&nbsp;

Em discurso nesta segunda-feira (25) no plen&aacute;rio da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Leandro de Jesus (PL) disse &quot;estranhar&quot; a aus&ecirc;ncia de parlamentares de esquerda na sess&atilde;o um dia ap&oacute;s a pris&atilde;o dos suspeitos de assassinarem a ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), do Rio de Janeiro.

De acordo com o parlamentar, &quot;mais uma narrativa de ligar a morte da edil com o ex-presidente Jair Bolsonaro foi anulada&quot;. &nbsp;

Com um cartaz que mostrava a imagem do presidente Lula (PT) com uma camisa que questionava quem mandou matar Marielle e outra do conselheiro Domingos Braz&atilde;o, do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, com uma blusa estampada com o nome de Dilma, o deputado associou os mandantes a petistas e pediu puni&ccedil;&atilde;o aos mandantes do crime, bem como a aqueles que ligaram o assassinato a Bolsonaro.&nbsp;

&quot;&Eacute; impressionante como eles fizeram nesses &uacute;ltimos seis anos palanque em cima do caix&atilde;o da Marielle Franco. Tentaram de todas as formas ligar o assassinato &agrave; imagem do ex-presidente Bolsonaro. E agora, quando as investiga&ccedil;&otilde;es apontam que os mandantes fizeram campanha para a ex-presidente Dilma Rousseff, do PT, o sil&ecirc;ncio impera. Eles n&atilde;o respeitam nem a mem&oacute;ria de algu&eacute;m que n&atilde;o est&aacute; mais aqui. Eles fazem pol&iacute;tica e tenta assassinar a imagem de qualquer um em prol dos seus interesses&quot;, disse Leandro.&nbsp;

&quot;A esquerda &eacute; craque em assassinar reputa&ccedil;&otilde;es. Isso n&atilde;o pode ser esquecido. &Eacute; preciso que todos aqueles que ligaram este terr&iacute;vel crime ao ex-presidente tamb&eacute;m paguem na Justi&ccedil;a&quot;, completou.

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