Um avi&atilde;o da For&ccedil;a A&eacute;rea da Espanha retirou o opositor Edmundo Gonz&aacute;lez Urrutia da Venezuela com destino &agrave; Espanha, em um acordo com o governo de Nicol&aacute;s Maduro para conceder asilo ao pol&iacute;tico que contestou o resultado eleitoral que deu a <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/eleicoes%20venezuela" target="_blank">reelei&ccedil;&atilde;o a Maduro no dia 28 de julho</a>. Sua madrinha pol&iacute;tica, Mar&iacute;a Corina Machado, informou que ele chegou no pa&iacute;s europeu na manh&atilde; deste domingo (8).

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodr&iacute;guez, informou no final da noite desse s&aacute;bado (7) que o governo concedeu asilo pol&iacute;tico a Edmundo ap&oacute;s ele se refugiar durante dias na embaixada da Espanha em Caracas.

&ldquo;Uma vez ocorridos os contatos pertinentes entre ambos os governos, cumpridos os extremos do caso e de acordo com a legalidade internacional, a Venezuela concedeu o devido salvo-conduto em prol da tranquilidade e da paz pol&iacute;tica do pa&iacute;s. Esta conduta reafirma o respeito ao Direito que tem prevalecido na atua&ccedil;&atilde;o da Rep&uacute;blica Bolivariana da Venezuela na comunidade internacional&rdquo;, afirmou Rodr&iacute;guez em uma rede social.

O ministro das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores da Espanha, Jos&eacute; Manuel Albares, informou que o asilo foi solicitado pelo pr&oacute;prio opositor. &ldquo;O governo da Espanha est&aacute; comprometido com os direitos pol&iacute;ticos e a integridade f&iacute;sica de todos os venezuelanos&rdquo;, destacou o minist&eacute;rio, em nota.

Edmundo Gonz&aacute;lez deixou a Venezuela dias depois da Justi&ccedil;a pedir sua pris&atilde;o por &ldquo;risco de fuga&rdquo;, ap&oacute;s n&atilde;o comparecer a tr&ecirc;s depoimentos para os quais foi notificado pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico (MP) do pa&iacute;s. Ele deveria prestar depoimento na investiga&ccedil;&atilde;o sobre a p&aacute;gina na internet com as supostas atas eleitorais da oposi&ccedil;&atilde;o que d&atilde;o vit&oacute;ria a Edmundo na vota&ccedil;&atilde;o do dia 28 de julho.&nbsp;

A l&iacute;der Mar&iacute;a Corina Machado justificou que a sa&iacute;da dele do pa&iacute;s era necess&aacute;ria porque, segundo ela, sua vida corria perigo. &ldquo;As intima&ccedil;&otilde;es, o mandado de deten&ccedil;&atilde;o e at&eacute; as tentativas de chantagem e coa&ccedil;&atilde;o a que t&ecirc;m sido sujeito mostram que o regime n&atilde;o tem escr&uacute;pulos nem limites na sua obsess&atilde;o em silenci&aacute;-lo e tentar subjug&aacute;-lo&rdquo;, declarou, em uma rede social. O governo brasileiro, em conjunto com o colombiano, havia manifestado preocupa&ccedil;&atilde;o com o pedido de deten&ccedil;&atilde;o emitido pelo MP venezuelano.

Investiga&ccedil;&atilde;o

O MP venezuelano avalia que a manuten&ccedil;&atilde;o da p&aacute;gina da oposi&ccedil;&atilde;o com as supostas atas pode incorrer em crimes como &ldquo;usurpa&ccedil;&atilde;o de fun&ccedil;&otilde;es, forjamento de documento p&uacute;blico, instiga&ccedil;&atilde;o &agrave; desobedi&ecirc;ncia das leis, delitos inform&aacute;ticos e associa&ccedil;&atilde;o para delinquir e conspira&ccedil;&atilde;o&rdquo;.

A investiga&ccedil;&atilde;o do MP da Venezuela aponta que a p&aacute;gina na internet busca apropriar-se das compet&ecirc;ncias do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), &uacute;nica institui&ccedil;&atilde;o com poder para publicar os resultados das elei&ccedil;&otilde;es na Venezuela.

As autoridades venezuelanas afirmam que mais de nove mil atas publicadas s&atilde;o falsas. J&aacute; o Tribunal Supremo de Justi&ccedil;a do pa&iacute;s, ap&oacute;s per&iacute;cia, ratificou a vit&oacute;ria do presidente Nicol&aacute;s Maduro em 28 de julho. Por&eacute;m, os dados da elei&ccedil;&atilde;o por mesa de vota&ccedil;&atilde;o ainda n&atilde;o foram divulgados publicamente.&nbsp;

O<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/eleicoes%20venezuela" target="_blank"> governo da Venezuela</a> quer suspender a cust&oacute;dia do Brasil sobre a Embaixada da Argentina em Caracas. De acordo com o Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores, &ldquo;n&atilde;o pode haver revoga&ccedil;&atilde;o unilateral da cust&oacute;dia.&rdquo;

Segundo nota do Itamaraty, &ldquo;enquanto n&atilde;o se designar outro pa&iacute;s para representar os interesses argentinos, a situa&ccedil;&atilde;o permanece como est&aacute;&quot;. O governo brasileiro foi notificado pelo governo venezuelano, &quot;mas informou que seguir&aacute; representando os interesses da Argentina na Venezuela at&eacute; que seja designado um substituto.&rdquo;

H&aacute; pouco mais de um m&ecirc;s, o Brasil assumiu temporariamente, a pedido do governo argentino, a representa&ccedil;&atilde;o diplom&aacute;tica argentina na capital venezuelana, ap&oacute;s o presidente Nicol&aacute;s Maduro decretar o fechamento da representa&ccedil;&atilde;o diplom&aacute;tica argentina e ordenar a expuls&atilde;o do pa&iacute;s dos diplomatas argentinos. Na ocasi&atilde;o, a bandeira do Brasil foi hasteada no lugar da bandeira Argentina.

A Venezuela tamb&eacute;m expulsou as miss&otilde;es diplom&aacute;ticas do Chile, da Costa Rica, do Panam&aacute;, da Rep&uacute;blica Dominicana e do Uruguai.

Jornais de Buenos Aires afirmam que seis opositores ao regime do presidente Nicol&aacute;s Maduro seguem refugiados na embaixada, que est&aacute; sitiada com a presen&ccedil;a de agentes da Dire&ccedil;&atilde;o de A&ccedil;&otilde;es Estrat&eacute;gicas e T&aacute;ticas, da Policia Nacional Bolivariana, e do Servi&ccedil;o Bolivariano de Intelig&ecirc;ncia. Segundo a imprensa portenha, a luz da embaixada foi cortada e geradores garantem o fornecimento de energia el&eacute;trica.&nbsp;

O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/nicolas%20maduro" target="_blank">presidente da Venezuela, Nicol&aacute;s Maduro</a>, decretou na noite de segunda-feira (2) que o Natal ser&aacute; adiantado no pa&iacute;s para o dia 1&ordm; de outubro. O an&uacute;ncio foi feito durante um programa de audit&oacute;rio semanal apresentado pelo pr&oacute;prio Maduro.

&quot;Estamos chegando em setembro e j&aacute; se sente o cheiro do Natal&quot;, declarou o l&iacute;der chavista &agrave; plateia. &quot;Por isso, em homenagem e agradecimento a voc&ecirc;s, vou decretar o in&iacute;cio do Natal em 1&ordm; de outubro. O Natal come&ccedil;a em 1&ordm; de outubro para todos, trazendo paz, felicidade e seguran&ccedil;a.&quot;

A antecipa&ccedil;&atilde;o ocorre em um momento de tens&atilde;o no pa&iacute;s, ap&oacute;s as <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/133950,venezuelanos-vao-as-urnas-eleger-novo-presidente-neste-domingo" target="_blank">elei&ccedil;&otilde;es presidenciais de 28 de julho</a>, cuja legitimidade foi questionada pela oposi&ccedil;&atilde;o e parte da comunidade internacional.

N&atilde;o &eacute; a primeira vez que Maduro recorre &agrave; antecipa&ccedil;&atilde;o das celebra&ccedil;&otilde;es natalinas no pa&iacute;s. Em 2020, em meio &agrave; pandemia, ele antecipou o Natal para 15 de outubro, ocasi&atilde;o em que tamb&eacute;m liberou recursos para a compra de brinquedos. Em 2013, logo ap&oacute;s a morte de Hugo Ch&aacute;vez, Maduro decretou que as comemora&ccedil;&otilde;es come&ccedil;assem a partir de 1&ordm; de novembro, afirmando na &eacute;poca que desejava &quot;felicidade e paz para todos&quot; e &quot;derrotar a amargura&quot;.

O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (15), que ainda n&atilde;o reconhece o presidente da Venezuela, Nicol&aacute;s Maduro, como vitorioso nas elei&ccedil;&otilde;es realizadas no dia 28 de julho no pa&iacute;s. &ldquo;Ainda n&atilde;o. Ele [Maduro] sabe que est&aacute; devendo uma explica&ccedil;&atilde;o para a sociedade brasileira e para o mundo&rdquo;, disse Lula ao ser questionado se reconhecia o resultado do pleito.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela declarou Maduro reeleito com 51,21% dos votos. O principal candidato opositor, Edmundo Gonz&aacute;lez Urrutia obteve 44,2% dos votos. A oposi&ccedil;&atilde;o e v&aacute;rias na&ccedil;&otilde;es questionam a legitimidade da vit&oacute;ria e cobram transpar&ecirc;ncia no processo, incluindo o Brasil, com a divulga&ccedil;&atilde;o das atas de cada uma das mais de 30 mil se&ccedil;&otilde;es eleitorais.

&ldquo;As urnas na Venezuela, quando voc&ecirc; vota em uma m&aacute;quina eletr&ocirc;nica como aqui, tem um t&iacute;quete; aquele t&iacute;quete &eacute; colocado em uma urna. Ent&atilde;o, voc&ecirc; tem o voto eletr&ocirc;nico e voc&ecirc; tem a urna. O que n&oacute;s queremos &eacute; que o Conselho Nacional que cuidou nas elei&ccedil;&otilde;es diga publicamente quem &eacute; que ganhou nas elei&ccedil;&otilde;es, porque at&eacute; agora ningu&eacute;m disse quem ganhou&rdquo;, disse Lula em entrevista &agrave; R&aacute;dio T, em Curitiba, no Paran&aacute;.

Atas eleitorais em posse dos partidos que apoiam o governo da Venezuela foram entregues ao Tribunal Supremo de Justi&ccedil;a (TSJ) do pa&iacute;s. A campanha do candidato Edmundo Gonz&aacute;lez tamb&eacute;m publicou na internet atas eleitorais que est&atilde;o em posse dos partidos que o apoiam, que indicam uma vit&oacute;ria de Gonz&aacute;lez.

&ldquo;Tem que apresentar os dados, agora os dados t&ecirc;m que ser apresentados por algo que seja confi&aacute;vel. O Conselho Nacional Eleitoral, que tem gente da oposi&ccedil;&atilde;o, poderia ser, mas ele [Maduro] n&atilde;o mandou [as suas atas] para o conselho, ele mandou para a Justi&ccedil;a, para a Suprema Corte dele&rdquo;, disse Lula, afirmando que n&atilde;o pode julgar a atua&ccedil;&atilde;o da Suprema Corte de outro pa&iacute;s.

O presidente brasileiro defendeu que seja estabelecido um governo de coaliza&ccedil;&atilde;o no pa&iacute;s vizinho, com participa&ccedil;&atilde;o da oposi&ccedil;&atilde;o, ou ainda, que novas elei&ccedil;&otilde;es sejam convocadas. Maduro estar&aacute; na Presid&ecirc;ncia at&eacute; o dia 10 de janeiro de 2025, data marcada para que o vencedor do pleito assuma o novo mandato.

&ldquo;Muita gente que est&aacute; no meu governo n&atilde;o votou em mim e eu trouxe todo mundo para participar do governo&rdquo;, disse Lula, lembrando a coaliza&ccedil;&atilde;o de partidos que apoiaram a sua elei&ccedil;&atilde;o em 2022. &ldquo;Se ele [Maduro] tiver bom senso, ele poderia tentar fazer uma conclama&ccedil;&atilde;o ao povo da Venezuela, quem sabe at&eacute; convocar novas elei&ccedil;&otilde;es, estabelecer um crit&eacute;rio de participa&ccedil;&atilde;o de todos os candidatos, criar um comit&ecirc; eleitoral suprapartid&aacute;rio que participe todo mundo e deixar que entrem olheiros do mundo inteiro para ver as elei&ccedil;&otilde;es&rdquo;, acrescentou.

Ontem (14), Lula e o presidente da Col&ocirc;mbia, Gustavo Petro, conversaram sobre o impasse pol&iacute;tico na Venezuela. Os dois pa&iacute;ses tentam fazer uma media&ccedil;&atilde;o para tentar resolver a crise que j&aacute; levou &agrave; pris&atilde;o mais de 2 mil opositores de Nicol&aacute;s Maduro.

&ldquo;Eu n&atilde;o quero me comportar de forma apaixonada e precipitada, &lsquo;[dizer] eu sou favor&aacute;vel a fulano ou sou contra&rsquo;. N&atilde;o, eu quero o resultado [fact&iacute;vel]&rdquo;, disse. &ldquo;O que eu n&atilde;o posso &eacute; ser precipitado e tomar uma decis&atilde;o. Da mesma forma que eu quero que respeitem o Brasil, eu quero respeitar a soberania dos outros pa&iacute;ses&rdquo;, acrescentou o presidente.

Lula ainda n&atilde;o falou com Maduro ap&oacute;s o processo eleitoral na Venezuela. Ele e o presidente Venezuelano conversaram a &uacute;ltima vez, por telefone, em junho, e, antes, pessoalmente, durante a c&uacute;pula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Kingstown, capital de S&atilde;o Vicente e Granadinas.

&ldquo;Eu conversei pessoalmente com o Maduro antes das elei&ccedil;&otilde;es dizendo que a transpar&ecirc;ncia do processo eleitoral dele e a legitimidade do resultado eram o que iria permitir a gente continuar brigando para que fossem suspensas as san&ccedil;&otilde;es contra Venezuela&rdquo;, lembrou Lula.

A Venezuela enfrenta, desde agosto de 2017, um bloqueio econ&ocirc;mico internacional que limita o acesso ao mercado de cr&eacute;dito global e, desde janeiro de 2019, tamb&eacute;m ao mercado de petr&oacute;leo e outros minerais. 
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O ministro-chefe da Secretaria de Rela&ccedil;&otilde;es Institucionais, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/alexandre%20padilha">Alexandre Padilha</a>, disse nesta quarta-feira (31) que a postura do Brasil foi decisiva para que as elei&ccedil;&otilde;es presidenciais na Venezuela acontecessem e que o governo brasileiro s&oacute; vai se posicionar sobre o resultado do pleito ap&oacute;s a publica&ccedil;&atilde;o das atas que detalham os resultados das urnas.

&ldquo;O Brasil tem sido um mediador desde o come&ccedil;o, com outros pa&iacute;ses. E essa &eacute; a postura que um presidente da Rep&uacute;blica tem que ter para poder, inclusive, participar do processo&rdquo;, destacou, em entrevista a emissoras de r&aacute;dio durante o programa &quot;Bom Dia, Ministro&quot;, produzido pela Empresa Brasil de Comunica&ccedil;&atilde;o (EBC).

&ldquo;O que a gente quer, num pa&iacute;s como a Venezuela e todos os nossos vizinhos, &eacute; que eles estejam em paz, sem conflitos. Se forem bem na economia, se estiverem bem na situa&ccedil;&atilde;o de pacifica&ccedil;&atilde;o, sem conflitos, quem mais ganha &eacute; o Brasil. Porque o Brasil mais vende do que compra para esses pa&iacute;ses vizinhos da Am&eacute;rica do Sul&rdquo;.

&ldquo;O presidente Lula falou o seguinte: &lsquo;Eu s&oacute; vou me pronunciar sobre o resultado das elei&ccedil;&otilde;es quando houver ata&rsquo;. Voc&ecirc; tem uma ata. O Brasil tem tido essa postura desde o come&ccedil;o. N&atilde;o se precipitou em fazer qualquer manifesta&ccedil;&atilde;o de um lado ou de outro, pelo contr&aacute;rio, tem uma postura firme, inclusive junto com outros pa&iacute;ses, como M&eacute;xico e Col&ocirc;mbia. O pr&oacute;prio di&aacute;logo com o presidente [dos Estados Unidos, Joe] Biden ontem [ter&ccedil;a-feira] foi nesse sentido&rdquo;, disse Padilha.

&ldquo;Voc&ecirc; precisa se pronunciar, voc&ecirc; vai falar qual a avalia&ccedil;&atilde;o que se tem sobre as elei&ccedil;&otilde;es quando houver uma ata, com resultados eleitorais. &Eacute; assim. O que o Brasil tem dito &eacute; que s&oacute; vai se posicionar &ndash; e o presidente Lula tamb&eacute;m s&oacute; vai se posicionar &ndash; sobre o resultado em si quando tiver uma ata&rdquo;, refor&ccedil;ou.

Entenda

Ap&oacute;s elei&ccedil;&otilde;es presidenciais realizadas no domingo (28), o presidente venezuelano Nicol&aacute;s Maduro foi anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do pa&iacute;s vencedor do pleito e apto a exercer seu terceiro mandato, no per&iacute;odo de 2025 a 2030. Ele foi proclamado vitorioso com 51,21% dos votos contra 44% de Edmundo Gonz&aacute;lez, segundo colocado, segundo o CNE.&nbsp;

O resultado foi questionado pela oposi&ccedil;&atilde;o, que cita fraude nas urnas. Segundo a l&iacute;der oposicionista Mar&iacute;a Corina Machado, advers&aacute;ria de Maduro, a oposi&ccedil;&atilde;o teve acesso a 40% das atas eleitorais que mostrariam a vit&oacute;ria de Gonz&aacute;lez. Corina Machado pediu, ent&atilde;o, uma medida das For&ccedil;as Armadas. Ao receber o mandato, Maduro acusou um suposto golpe de Estado que estaria sendo gestado no pa&iacute;s.

Ap&oacute;s a proclama&ccedil;&atilde;o de Maduro como presidente reeleito, manifestantes tomaram as ruas da capital Caracas, em meio a apelos da oposi&ccedil;&atilde;o e da comunidade internacional para que as contagens completas dos votos fossem divulgadas. H&aacute; a expectativa de que o CNE publique todas as atas com os resultados eleitorais por urna, permitindo verificar se as atas em poder do conselho s&atilde;o as mesmas impressas na hora da vota&ccedil;&atilde;o e distribu&iacute;das a fiscais da oposi&ccedil;&atilde;o e observadores internacionais.&nbsp;

Um dia ap&oacute;s as elei&ccedil;&otilde;es, o governo venezuelano decidiu expulsar os representantes diplom&aacute;ticos da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panam&aacute;, Rep&uacute;blica Dominicana e Uruguai, que contestaram o resultado das urnas.&nbsp;

O Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores do Brasil emitiu alerta consular para brasileiros que est&atilde;o na Venezuela. O Itamaraty pede que brasileiros residentes, em tr&acirc;nsito ou com viagem marcada para o pa&iacute;s, mantenham-se informados sobre a situa&ccedil;&atilde;o de seguran&ccedil;a nas &aacute;reas onde se encontram e que evitem aglomera&ccedil;&otilde;es.

O presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Luiz In&aacute;cio Lula da Silva</a> disse na ter&ccedil;a-feira (30) que ir&aacute; reconhecer o resultado da elei&ccedil;&atilde;o na Venezuela, realizada no &uacute;ltimo domingo (28). &ldquo;L&oacute;gico que eu vou reconhecer, a hora que for consagrada a vit&oacute;ria&rdquo;, disse o presidente, em entrevista &agrave; TV Centro Am&eacute;rica.

Segundo ele, &eacute; preciso que as autoridades da Venezuela apresentem as atas das elei&ccedil;&otilde;es para resolver o impasse entre oposi&ccedil;&atilde;o e situa&ccedil;&atilde;o no pa&iacute;s. &ldquo;&Eacute; normal que tenha uma briga. Como &eacute; que vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver d&uacute;vida entre a oposi&ccedil;&atilde;o e a situa&ccedil;&atilde;o, a oposi&ccedil;&atilde;o entra com recurso e vai esperar a Justi&ccedil;a tomar o processo. E a&iacute; vai ter uma decis&atilde;o que a gente tem que acatar&rdquo;.

Segundo Lula, o processo no pa&iacute;s vizinho &eacute; considerado normal. &ldquo;Eu estou convencido de que &eacute; um processo normal, tranquilo. O que precisa &eacute; que as pessoas que n&atilde;o concordem tenham o direito de se expressar, tenham o direito de provar que n&atilde;o concordam. E o governo tem direito de provar que est&aacute; certo&rdquo;, afirmou o presidente.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela ainda n&atilde;o divulgou as atas para comprovar o resultado anunciado nas elei&ccedil;&otilde;es, que deu vit&oacute;ria a Maduro com 51,21% dos votos, contra 44% para Edmundo Gonz&aacute;lez, segundo o CNE.

Parte da oposi&ccedil;&atilde;o, alguns pa&iacute;ses e organismos como a Organiza&ccedil;&atilde;o dos Estados Americanos (OEA) questionam a lisura do pleito e pedem a publica&ccedil;&atilde;o das atas que permitem que os votos sejam auditados. O governo de Nicol&aacute;s Maduro acusa parte da oposi&ccedil;&atilde;o e pa&iacute;ses de incitarem um suposto golpe de Estado no pa&iacute;s contra o resultado eleitoral.&nbsp;

Biden

Na tarde de hoje, Lula conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a situa&ccedil;&atilde;o na Venezuela ap&oacute;s as elei&ccedil;&otilde;es presidenciais do &uacute;ltimo domingo (29). Os dois presidentes reiteraram a necessidade da publica&ccedil;&atilde;o das atas eleitorais do pleito.

Em nota, a Casa Branca disse que Biden agradeceu ao presidente Lula por sua lideran&ccedil;a na regi&atilde;o diante do cen&aacute;rio na Venezuela e que os dois l&iacute;deres concordaram com a &nbsp;necessidade de divulga&ccedil;&atilde;o imediata de dados eleitorais completos, transparentes e detalhados ao n&iacute;vel das assembleias de voto pelas autoridades eleitorais venezuelanas.

&ldquo;Os dois l&iacute;deres partilharam a perspectiva de que o resultado das elei&ccedil;&otilde;es venezuelanas representa um momento cr&iacute;tico para a democracia no hemisf&eacute;rio e comprometeram-se a permanecer em estreita coordena&ccedil;&atilde;o sobre a quest&atilde;o&rdquo;.

O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/sandro%20regis" target="_blank">deputado estadual Sandro R&eacute;gis</a>, vice-presidente do Uni&atilde;o Brasil na Bahia, teceu cr&iacute;ticas &agrave;<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/134049,em-meio-a-silencio-de-lula-executiva-do-pt-fala-em-jornada-democratica-e-soberana-na-venezuela" target="_blank"> manifesta&ccedil;&atilde;o oficial publicada pelo Partido dos Trabalhadores (PT)</a> reconhecendo a<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/134011,maduro-diz-que-vitoria-foi-triunfo-da-independencia-da-venezuela" target="_blank"> reelei&ccedil;&atilde;o de Nicol&aacute;s Maduro na Venezuela</a>. A oposi&ccedil;&atilde;o aponta, por sua vez, suspeita de fraude na contagem dos votos. &nbsp;

&ldquo;A nota do PT do Brasil chamando de &ldquo;pac&iacute;fica e democr&aacute;tica&rdquo; a reelei&ccedil;&atilde;o controversa do ditador Nicol&aacute;s Maduro na Venezuela &eacute; um esc&aacute;rnio, um completo deslocamento da realidade. O que mais esperar de um partido que defende ditaduras e tem um ditador de estima&ccedil;&atilde;o?&rdquo;, escreveu Sandro R&eacute;gis, em publica&ccedil;&atilde;o no X [antigo Twitter].

A elei&ccedil;&atilde;o na Venezuela ocorreu no &uacute;ltimo domingo (28) sob protestos da oposi&ccedil;&atilde;o e amea&ccedil;as de Nicol&aacute;s Maduro de promover um &ldquo;banho de sangue&rdquo; caso fosse derrotado. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) informou que Maduro recebeu 51,2% dos votos, n&uacute;mero que n&atilde;o foi reconhecido pela oposi&ccedil;&atilde;o.

&ldquo;Agora fica evidente que o discurso do PT em defesa da democracia em 2022 foi da boca pra fora, oportunismo de ocasi&atilde;o eleitoral. Agora eles apoiam um regime que persegue os opositores e oprime a popula&ccedil;&atilde;o. &Eacute; essa a democracia que o PT quer para os brasileiros?&rdquo;, questionou Sandro R&eacute;gis.

Nesta ter&ccedil;a-feira (30), o l&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o contra Maduro, Freddy Superlan, foi detido pelas autoridades venezuelanas.

O ex-prefeito de Salvador, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/acm%20neto">ACM Neto (Uni&atilde;o)</a>, usou as redes sociais, nesta ter&ccedil;a-feira (30), para criticar <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/134049,em-meio-a-silencio-de-lula-executiva-do-pt-fala-em-jornada-democratica-e-soberana-na-venezuela">a Executiva nacional do PT - comandada pela deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) - que, atrav&eacute;s de nota, referendou a elei&ccedil;&atilde;o presidencial na Venezuela que deu a vit&oacute;ria a Nicol&aacute;s Maduro</a>.

Os resultados divulgados pelo &oacute;rg&atilde;o oficial informam que Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos, contra 44% do opositor Edmundo Gonz&aacute;lez. A oposi&ccedil;&atilde;o, no entanto, afirma que Gonz&aacute;lez venceu com 70%.

A nota pontua entre outras coisas, que o processo eleitoral foi uma &quot;jornada pac&iacute;fica, democr&aacute;tica e soberana&quot;. Ademais, faz cr&iacute;ticas, de forma indireta, a press&atilde;o da comunidade internacional para que os dados sejam divulgados com mais transpar&ecirc;ncia antes de um reconhecimento dos resultados.

&quot;O que esperar do PT depois da nota reconhecendo a fraude na Venezuela? Pq ser&aacute; que o PT e sua presidente, Gleisi Hoffmann, na contram&atilde;o das democracias mundiais, classificaram como &quot;jornada democr&aacute;tica&quot; o processo eleitoral que n&atilde;o traduz a vontade da maioria dos venezuelanos?&quot;, questionou ACM Neto, em uma postagem no X (antigo Twitter).

&quot;Chancelar o autoritarismo de Maduro &eacute; uma vergonha internacional e um grande desservi&ccedil;o &agrave; democracia. Nada pode ser maior do que a soberania popular&quot;, completou o vice-presidente nacional do Uni&atilde;o Brasil.

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<blockquote class="twitter-tweet">
Chancelar o autoritarismo de Maduro &eacute; uma vergonha internacional e um grande desservi&ccedil;o &agrave; democracia. Nada pode ser maior do que a soberania popular.
&mdash; ACM Neto (@acmneto_) <a href="https://twitter.com/acmneto_/status/1818280849806418393?ref_src=twsrc%5Etfw">July 30, 2024</a></blockquote>
<script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

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A Executiva nacional do PT, comandada pela deputada federal <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/gleisi%20hoffmann">Gleisi Hoffmann (PR)</a>, divulgou uma nota na qual reconheceu a reelei&ccedil;&atilde;o de Nicol&aacute;s Maduro na Presid&ecirc;ncia da Venezuela, em meio &agrave;s tens&otilde;es p&oacute;s-resultado, protestos no pa&iacute;s e o sil&ecirc;ncio, aqui no Brasil, do presidente Lula (PT).

Os resultados divulgados pelo &oacute;rg&atilde;o oficial informam que Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos, contra 44% do opositor Edmundo Gonz&aacute;lez. A oposi&ccedil;&atilde;o, no entanto, afirma que Gonz&aacute;lez venceu com 70%.

A nota pontua (leia na &iacute;ntegra abaixo) entre outras coisas, que o processo eleitoral foi uma &quot;jornada pac&iacute;fica, democr&aacute;tica e soberana&quot;. Ademais, faz cr&iacute;ticas, de forma indireta, a press&atilde;o da comunidade internacional para que os dados sejam divulgados com mais transpar&ecirc;ncia antes de um reconhecimento dos resultados.

Leia na &iacute;ntegra a nota da Executiva nacional do PT sobre as elei&ccedil;&otilde;es na Venezuela:

&quot;O PT sa&uacute;da o povo venezuelano pelo processo eleitoral ocorrido no domingo, dia 28 de julho de 2024, em uma jornada pac&iacute;fica, democr&aacute;tica e soberana. Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vit&oacute;ria do presidente Nicolas Maduro, dar&aacute; tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constitui&ccedil;&atilde;o da Rep&uacute;blica Bolivariana da Venezuela. Importante que o presidente Nicolas Maduro, agora reeleito, continue o di&aacute;logo com a oposi&ccedil;&atilde;o, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por san&ccedil;&otilde;es ilegais. O PT seguir&aacute; vigilante para contribuir, na medida de suas for&ccedil;as, para que os problemas da Am&eacute;rica Latina e Caribe sejam tratados pelos povos da nossa regi&atilde;o, sem nenhum tipo de viol&ecirc;ncia e inger&ecirc;ncia externa.

Executiva Nacional do PT&quot;

O resultado da elei&ccedil;&atilde;o venezuelana foi um triunfo da independ&ecirc;ncia nacional apesar das san&ccedil;&otilde;es, avaliou o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/133988,politicos-baianos-reagem-apos-cne-declarar-vitoria-de-maduro-na-venezuela-confira" target="_blank">presidente Nicol&aacute;s Maduro</a> na madrugada desta segunda-feira (29) logo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/133977,venezuela-maduro-vence-eleicoes-presidenciais-diz-comissao-eleitoral-do-pais-oposicao-contesta" target="_blank">ap&oacute;s o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do pa&iacute;s anunciar sua vit&oacute;ria por 51,21% dos votos</a>. Maduro tamb&eacute;m pediu respeito dos demais pa&iacute;ses ao resultado das urnas e chamou setores da oposi&ccedil;&atilde;o ao di&aacute;logo.

Por outro lado, a principal campanha opositora, liderada por Edmundo Gonz&aacute;lez, disse n&atilde;o reconhecer o resultado. A opositora Maria Corina Machado denunciou que nem todas as atas das urnas teriam sido entregues &agrave;s testemunhas da oposi&ccedil;&atilde;o e disse que &ldquo;o dever das For&ccedil;as Armadas nacionais &eacute; fazer valer a vontade popular e &eacute; isso que n&oacute;s esperamos&rdquo;.

Maduro discursou para uma multid&atilde;o em frente ao Pal&aacute;cio Miraflores, sede do governo, em Caracas. &ldquo;[&Eacute; o] triunfo da independ&ecirc;ncia nacional, da dignidade do povo da Venezuela. N&atilde;o puderam com as san&ccedil;&otilde;es, n&atilde;o puderam com as agress&otilde;es, n&atilde;o puderam com as amea&ccedil;as, n&atilde;o puderam agora e n&atilde;o poder&atilde;o jamais com a dignidade do povo da Venezuela&rdquo;, destacou.

O pa&iacute;s sul-americano enfrenta um bloqueio financeiro e comercial iniciado em 2017, quando pot&ecirc;ncias como Estados Unidos, Canad&aacute;, Reino Unido e Uni&atilde;o Europeia passaram a n&atilde;o reconhecer a legitimidade do governo Maduro.&nbsp;

O presidente reeleito pediu ainda que os pa&iacute;ses respeitem o resultado. &ldquo;O poder eleitoral tem um sistema eleitoral de alt&iacute;ssimo n&iacute;vel de confian&ccedil;a, seguran&ccedil;a e transpar&ecirc;ncia com 16 auditorias&rdquo;, afirmou, acrescentando que &ldquo;quando houve o debate em que Donald Trump denunciou que lhe roubaram as elei&ccedil;&otilde;es nos Estados Unidos, n&oacute;s n&atilde;o nos metemos nisso&rdquo;.

Segundo Maduro, eles &ldquo;j&aacute; conhecem esse filme&rdquo; da oposi&ccedil;&atilde;o que costuma acusar fraude. &ldquo;[Em 2004] trataram de manchar o resultado eleitoral com gritos de fraude e sa&iacute;ram todos em coletivas de imprensa. Ramos Allup [l&iacute;der opositor &agrave; &eacute;poca] disse &lsquo;tenho provas e em 24 horas apresento as provas contundentes&rsquo;. Ainda hoje estamos esperando&rdquo;, ironizou.

O presidente reeleito comentou ainda o ataque hacker denunciado pelo CNE que teria atrasado a divulga&ccedil;&atilde;o dos resultados. &ldquo;Sabemos de onde fizeram [o ataque hacker], de que pa&iacute;s ele veio. J&aacute; sabemos quem ordenou. Est&aacute; nas m&atilde;os do fiscal-geral da Rep&uacute;blica fazer a investiga&ccedil;&atilde;o e fazer justi&ccedil;a para nosso povo&rdquo;, destacou, sem revelar de onde teria partido o ataque.

Maduro tamb&eacute;m fez duros ataques ao presidente Javier Milei, da Argentina, que disse n&atilde;o reconhecer o resultado, chegando a pedir uma a&ccedil;&atilde;o das For&ccedil;as Armadas da Venezuela contra o resultado anunciado pelo CNE. &ldquo;Milei, n&atilde;o aguentas um round comigo, bicho covarde. Traidor da p&aacute;tria&rdquo;, disparou.

O presidente Nicol&aacute;s Maduro, em seu primeiro discurso, fez um apelo ao di&aacute;logo aos setores da oposi&ccedil;&atilde;o para que n&atilde;o recorram &agrave; viol&ecirc;ncia ou pe&ccedil;am golpe de Estado. &ldquo;[Vou convocar] um grande di&aacute;logo de entendimento nacional e de novos consensos&rdquo;, afirmou, destacando que deve convidar todos os setores da sociedade.

Oposi&ccedil;&atilde;o

Apesar de alguns candidatos reconhecerem o resultado do CNE, como Benjam&iacute;n Rausseo, Daniel Ceballos, Jos&eacute; Brito e Luis Eduardo Mart&iacute;nez, o principal candidato opositor que somou 44% dos votos, Edmundo Gonz&aacute;lez, n&atilde;o reconheceu a vit&oacute;ria de Maduro e a lideran&ccedil;a Maria Corina Machado pediu a&ccedil;&atilde;o das For&ccedil;as Armadas. &nbsp;

&ldquo;Violaram todas as normas ao ponto de ainda n&atilde;o terem entregue a maioria das atas&rdquo;, denunciou Edmundo na madrugada desta segunda-feira, acrescentando que &ldquo;nossa luta continua e n&atilde;o descansaremos at&eacute; que a vontade do povo da Venezuela seja respeitada&rdquo;.

A l&iacute;der Maria Corina Machado disse que &ldquo;todos sabem o que passou na Venezuela&rdquo; e pediu medidas das For&ccedil;as Armadas nacionais.

&ldquo;Os cidad&atilde;os militares, eles estiveram al&iacute;, na primeira fila. Eles viram a gente com alegria, com esperan&ccedil;a, organizados de forma c&iacute;vica, pac&iacute;fica e abrindo os bra&ccedil;os a todo o pa&iacute;s. Eles sabem. E o dever da For&ccedil;a Armada Nacional &eacute; fazer respeitar a soberania popular expressa no voto. E isso &eacute; o que esperamos n&oacute;s os venezuelanos de cada um dos nossos miliares&rdquo;, afirmou.

Corina Machado foi impedida de participar por uma condena&ccedil;&atilde;o judicial, tendo indicado Edmundo Gonz&aacute;lez no seu lugar. A pol&iacute;tica venezuelana disse que tiveram acesso a 40% das atas eleitorais e que v&atilde;o continuar lutando &ldquo;para defender a verdade&rdquo;.

&ldquo;&Eacute; imposs&iacute;vel [que Maduro tenha vencido]. Com todas as informa&ccedil;&otilde;es que temos, e digo que temos mais de 40% das atas. Temos informa&ccedil;&otilde;es e temos as atas, e a diferen&ccedil;a &eacute; muito grande&rdquo;, disse aos jornalistas, acrescentando que &ldquo;em centenas&rdquo; de mesas eleitorais n&atilde;o foram entregues &agrave;s atas aos fiscais da oposi&ccedil;&atilde;o. &nbsp;

Atas eleitorais

Existe a expectativa que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela publique todas as atas com os resultados eleitorais por urna. Com isso, &eacute; poss&iacute;vel verificar se as atas em m&atilde;os do CNE s&atilde;o as mesmas impressas na hora da vota&ccedil;&atilde;o e que foram distribu&iacute;das aos fiscais da oposi&ccedil;&atilde;o ou aos observadores nacionais e internacionais.

Lideran&ccedil;as de pa&iacute;ses ao redor do mundo se dividem entre aquelas que n&atilde;o reconhecem o resultado, como os presidentes do Equador, Daniel Noboa, e da Argentina, Javier Milei; aquelas que n&atilde;o desconhecem o resultado, mas pedem a publica&ccedil;&atilde;o das atas, como a Col&ocirc;mbia, os Estados Unidos, a Uni&atilde;o Europeia e o Brasil; e aqueles que parabenizaram Maduro pela vit&oacute;ria, sem contestar a publica&ccedil;&atilde;o das atas, como R&uacute;ssia, Bol&iacute;via, China e Cuba. &nbsp;

Questionados pela oposi&ccedil;&atilde;o pelo menos desde 2004, os resultados das elei&ccedil;&otilde;es venezuelanas costumam ser alvo de desconfian&ccedil;a de parte da comunidade internacional. Por&eacute;m, nos &uacute;ltimos pleitos, organiza&ccedil;&otilde;es internacionais como o Centro Carter e a Miss&atilde;o de Observa&ccedil;&atilde;o da Uni&atilde;o Europeia n&atilde;o apontaram fraude no voto e den&uacute;ncias de fraudes de pleitos passados n&atilde;o foram formalizadas no pa&iacute;s.&nbsp;

Pol&iacute;ticos baianos&nbsp;reagiram, atrav&eacute;s das redes sociais, ap&oacute;s o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarar a vit&oacute;ria de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/nicolas%20maduro">Nicol&aacute;s Maduro</a> no pleito presidencial realizado no domingo (28). <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/133977,venezuela-maduro-vence-eleicoes-presidenciais-diz-comissao-eleitoral-do-pais-oposicao-contesta">Com cerca de 80% das urnas apuradas, Maduro tinha mais de 51% dos votos, contra 44% de Edmundo Gonz&aacute;lez, da oposi&ccedil;&atilde;o</a>.

No X (antigo Twitter), o deputado federal Arthur Maia (Uni&atilde;o-BA), disse que a reelei&ccedil;&atilde;o de Maduro &quot;representa um triste cap&iacute;tulo na hist&oacute;ria da Venezuela&quot;. &quot;A reelei&ccedil;&atilde;o de Nicol&aacute;s Maduro representa um triste cap&iacute;tulo na hist&oacute;ria da Venezuela, onde a ditadura se consolida por meio de elei&ccedil;&otilde;es vergonhosas, privando o povo de sua voz e esperan&ccedil;a por um futuro democr&aacute;tico&quot;, escreveu.

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A reelei&ccedil;&atilde;o de Nicol&aacute;s Maduro representa um triste cap&iacute;tulo na hist&oacute;ria da Venezuela, onde a ditadura se consolida por meio de elei&ccedil;&otilde;es vergonhosas, privando o povo de sua voz e esperan&ccedil;a por um futuro democr&aacute;tico.
&mdash; Arthur Maia (@DepArthurMaia) <a href="https://twitter.com/DepArthurMaia/status/1817887298152706236?ref_src=twsrc%5Etfw">July 29, 2024</a></blockquote>
<script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

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Por sua vez, o colega de Casa de Maia, deputado federal Valmir Assun&ccedil;&atilde;o (PT-BA), desejou &quot;aos irm&atilde;os venezuelanos&quot; paz e for&ccedil;a na promo&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas que priorizem as pessoas. &quot;Bom dia, companheirada. Ontem, o povo venezuelano foi &agrave;s urnas e decidiu reeleger&nbsp; 
@NicolasMaduro. Daqui desejo aos irm&atilde;os venezuelanos paz e e for&ccedil;a na promo&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas que priorizem as pessoas. Um grande abra&ccedil;o no presidente Maduro&quot;, afirmou o petista.

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Bom dia, companheirada. Ontem, o povo venezuelano foi &agrave;s urnas e decidiu reeleger <a href="https://twitter.com/NicolasMaduro?ref_src=twsrc%5Etfw">@NicolasMaduro</a> . Daqui desejo aos irm&atilde;os venezuelanos paz e e for&ccedil;a na promo&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas que priorizem as pessoas. Um grande abra&ccedil;o no presidente Maduro.
&mdash; Valmir Assun&ccedil;&atilde;o (@DepValmir) <a href="https://twitter.com/DepValmir/status/1817883127773032629?ref_src=twsrc%5Etfw">July 29, 2024</a></blockquote>
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A ex-deputada federal, Dayane Pimentel (Uni&atilde;o), tamb&eacute;m usou a mesma plataforma, mas para protestar contra a reelei&ccedil;&atilde;o de Nicol&aacute;s Maduros. Al&eacute;m de chamar as elei&ccedil;&otilde;es na Venezuela de &quot;totalmente duvidosas&quot;, chamou do ditador de golpista. &quot;Nicol&aacute;s Maduro consegue novamente manter-se no poder em elei&ccedil;&otilde;es totalmente duvidosas. Inibe opositores, estagna advers&aacute;rios, pro&iacute;be pesquisas, faz conchavos com militares e estabelece a falta de uma institui&ccedil;&atilde;o eleitoral. Um GOLPISTA! Que Deus tome conta dos irm&atilde;os venezuelanos&quot;.

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<blockquote class="twitter-tweet">
Nicol&aacute;s Maduro consegue novamente manter-se no poder em elei&ccedil;&otilde;es totalmente duvidosas. Inibe opositores, estagna advers&aacute;rios, pro&iacute;be pesquisas, faz conchavos com militares e estabelece a falta de uma institui&ccedil;&atilde;o eleitoral. Um GOLPISTA! Que Deus tome conta dos irm&atilde;os venezuelano.
&mdash; Professora Dayane Pimentel (@deppimentel) <a href="https://twitter.com/deppimentel/status/1817864629827043628?ref_src=twsrc%5Etfw">July 29, 2024</a></blockquote>
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O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/mst">Movimento dos Sem-Terra (MST)</a> e os diversos movimentos e organiza&ccedil;&otilde;es populares do Brasil se manifestaram, nesta segunda-feira (29), ap&oacute;s o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarar <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/nicolas%20maduro">Nicol&aacute;s Maduro</a> eleito presidente do pa&iacute;s, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/133977,venezuela-maduro-vence-eleicoes-presidenciais-diz-comissao-eleitoral-do-pais-oposicao-contesta">ap&oacute;s cerca de 80% das urnas terem sido apuradas</a>.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, as entidades declararam apoio a continuidade do governo de Maduro e repudia qualquer tentativa de interven&ccedil;&atilde;o estrangeira atrav&eacute;s da desinforma&ccedil;&atilde;o ou manipula&ccedil;&atilde;o.

&ldquo;A maioria decidiu pela continuidade da Revolu&ccedil;&atilde;o Bolivariana, que ainda que em meio a duras san&ccedil;&otilde;es e ataques do imperialismo estadunidense e seus associados na m&iacute;dia, na pol&iacute;tica e na economia, segue um processo de estabilidade e melhoria das condi&ccedil;&otilde;es de vida&rdquo;, afirma a nota.

Al&eacute;m disso, enfatizam que a vit&oacute;ria enfrentou uma campanha fascista promovida pela extrema-direita venezuelana e internacional, &ldquo;que antes mesmo da vota&ccedil;&atilde;o e dos resultados j&aacute; bradavam fraude e n&atilde;o respeito aos resultados, a Soberania do Povo Venezuelano e o seu direito ao voto prevaleceram&rdquo;. Nesse sentido, os movimentos e organiza&ccedil;&atilde;o que assinam a nota desejam que a &ldquo;Venezuela continue seu caminho de ascens&atilde;o econ&ocirc;mica e paz&rdquo;.

Leia a nota na &iacute;ntegra:

&quot;A democracia venceu e o povo venezuelano decidiu pela soberania

A democracia com protagonismo popular venceu as elei&ccedil;&otilde;es presidenciais da Venezuela, que ocorreram neste domingo, 28 de julho. O candidato &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o pelo Grande Polo Patri&oacute;tico, Nicol&aacute;s Maduro, saiu vitorioso com mais de 51% dos votos, com 80% dos votos contabilizados, derrotando nove candidatos opositores, incluindo a extrema-direita, que promove uma campanha de desinforma&ccedil;&atilde;o e ataques ao sistema eleitoral. Essa elei&ccedil;&atilde;o &eacute; central para a geopol&iacute;tica, por um lado, por ser uma na&ccedil;&atilde;o que constr&oacute;i um processo socialista e aliado dos povos ao redor do globo, por outro lado, por possuir a maior reserva comprovada de petr&oacute;leo do mundo, o que desperta tentativas de controle e subordina&ccedil;&atilde;o por parte do imperialismo estadunidense.

Em meio a uma campanha fascista promovida pela extrema-direita venezuelana e internacional, que antes mesmo da vota&ccedil;&atilde;o e dos resultados j&aacute; bradavam fraude e n&atilde;o respeito aos resultados, a Soberania do Povo Venezuelano e o seu direito ao voto prevaleceram. A transpar&ecirc;ncia e o rigor marcaram a jornada eleitoral, que contou com diversas auditorias e mais de 900 observadores e acompanhantes do processo eleitoral de mais de 100 pa&iacute;ses. N&oacute;s, membros de dezenas de organiza&ccedil;&otilde;es sociais, partidos e movimentos populares brasileiros, somos prova da idoneidade e lisura do processo, e viemos a p&uacute;blico parabenizar Maduro e o povo venezuelano por sua reelei&ccedil;&atilde;o.

A maioria decidiu pela continuidade da Revolu&ccedil;&atilde;o Bolivariana, que ainda que em meio a duras san&ccedil;&otilde;es e ataques do imperialismo estadunidense e seus associados na m&iacute;dia, na pol&iacute;tica e na economia, segue um processo de estabilidade e melhoria das condi&ccedil;&otilde;es de vida. Segundo a Comiss&atilde;o Econ&ocirc;mica para a Am&eacute;rica Latina e o Caribe (CEPAL), a Venezuela &eacute; a economia que mais vai crescer em 2024, e acumula um aumento do PIB de 7% no primeiro trimestre deste ano, com a menor infla&ccedil;&atilde;o nos &uacute;ltimos 35 anos. O pa&iacute;s tem apostado n&atilde;o s&oacute; na sua ind&uacute;stria petroleira, mas na diversifica&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica para assegurar que a soberania e a riqueza permane&ccedil;am com o povo venezuelano e em seu benef&iacute;cio.

Assim como o povo venezuelano, desejamos que a Venezuela continue seu caminho de ascens&atilde;o econ&ocirc;mica e paz. Repudiamos qualquer tentativa de interven&ccedil;&atilde;o estrangeira e desestabiliza&ccedil;&atilde;o interna por meio de viol&ecirc;ncia, not&iacute;cias falsas e manipula&ccedil;&atilde;o. Respeitamos e defendemos a democracia, a verdade e o povo soberano venezuelano.

28 de julho de 2024 
Caracas, Venezuela&nbsp;

Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) 
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) 
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) 
Comit&ecirc; Brasileiro de Solidariedade com a Venezuela 
Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional das Associa&ccedil;&otilde;es de Moradores (CONAM) 
Organiza&ccedil;&atilde;o Continental Latino Americana e Caribenha dos Estudantes (OCLAE) 
Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT) 
Marcha Mundial de Mulheres (MMM) 
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) 
Movimento Kizomba 
Levante Popular da Juventude 
Uni&atilde;o da Juventude Socialista (UJS)&quot;

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou que <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/nicolas%20maduro">Nicol&aacute;s Maduro</a> foi reeleito para mais seis anos no poder. A declara&ccedil;&atilde;o do &oacute;rg&atilde;o ocorreu na madrugada desta segunda-feira (29).

O ditador, conforme o CNE, teria obtido 51% votos, contra 44% do candidato da oposi&ccedil;&atilde;o, Edmundo Gonz&aacute;lez. O &oacute;rg&atilde;o, conforme a Folha, anunciou o resultado ap&oacute;s receber as informa&ccedil;&otilde;es de todas as urnas eletr&ocirc;nicas do pa&iacute;s e ap&oacute;s cerca de 80% dessas m&aacute;quinas serem auditadas, quando testemunhas checaram se as atas correspondiam aos correspondentes em papel depositados em uma urna f&iacute;sica depois de o eleitor confirmar seu voto.

A l&iacute;der opositora Mar&iacute;a Corina Machado e seu candidato Edmundo Gonz&aacute;lez Urrutia se pronunciaram depois da divulga&ccedil;&atilde;o dos resultados do CNE, que declarou vit&oacute;ria para Nicol&aacute;s Maduro. Ademais, o grupo contr&aacute;rio a Maduro denunciou n&atilde;o ter tido acesso &agrave;s atas eleitorais que poderiam comprovar os resultados e acusou Maduro de fraudar a vota&ccedil;&atilde;o.

Cerca de 21 milh&otilde;es de venezuelanos v&atilde;o neste domingo&nbsp;(28) &agrave;s urnas eleger o pr&oacute;ximo presidente, que vai governar o pa&iacute;s sul-americano entre 2025 e 2031. O atual presidente, Nicol&aacute;s Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nas urnas nove concorrentes.&nbsp;

Esta &eacute; a primeira elei&ccedil;&atilde;o, desde 2015, em que toda a oposi&ccedil;&atilde;o aceitou participar do pleito. Desde 2017, os principais partidos de oposi&ccedil;&atilde;o vinham boicotando as elei&ccedil;&otilde;es nacionais.

As pesquisas eleitorais da Venezuela divergem sobre o resultado do pleito presidencial. Enquanto algumas enquetes d&atilde;o a vit&oacute;ria com ampla margem ao principal candidato da oposi&ccedil;&atilde;o, Edmundo Gonz&aacute;lez Urrutia, outros levantamentos apontam para uma vit&oacute;ria do atual presidente Nicol&aacute;s Maduro, tamb&eacute;m com uma margem confort&aacute;vel.

A Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial pelo menos desde 2017, quando pot&ecirc;ncias como Estados Unidos, Canad&aacute;, Reino Unido e Uni&atilde;o Europeia passaram a n&atilde;o reconhecer a legitimidade do governo Maduro.

O pa&iacute;s vizinho tamb&eacute;m passou por grave crise econ&ocirc;mica no per&iacute;odo, com hiperinfla&ccedil;&atilde;o e perda de cerca de 75% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e servi&ccedil;os produzidos no pa&iacute;s), o que resultou na migra&ccedil;&atilde;o de mais de 7 milh&otilde;es de pessoas.

Desde meados de 2021, o pa&iacute;s vem mostrando alguma recupera&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica. A hiperinfla&ccedil;&atilde;o foi controlada, e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, por&eacute;m, os sal&aacute;rios continuam baixos e os servi&ccedil;os p&uacute;blicos deteriorados.

Desde 2022, o embargo econ&ocirc;mico vem sendo parcialmente flexibilizado e um acordo entre oposi&ccedil;&atilde;o e governo foi firmado para as elei&ccedil;&otilde;es deste ano. Por&eacute;m, den&uacute;ncias de pris&otilde;es de opositores nos &uacute;ltimos dias e recusas a assinar acordo para respeitar o resultado eleitoral por alguns candidatos da oposi&ccedil;&atilde;o, entre eles, o favorito Edmundo Gonz&aacute;lez, jogam d&uacute;vidas sobre o dia ap&oacute;s a vota&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

O ditador da Venezuela, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/nicolas%20maduro">Nicol&aacute;s Maduro</a>, debochou dos cr&iacute;ticos ap&oacute;s ele falar que, em caso de derrota dele nas elei&ccedil;&otilde;es presidenciais do pa&iacute;s, previstas para o pr&oacute;ximo domingo (28), que a na&ccedil;&atilde;o sofrer&aacute; um &quot;banho de sangue&quot;.

Um dos chefes de Estado que desaprovou as falas de Maduro foi o presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Lula (PT)</a>. <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/133666,lula-revela-revolta-com-fala-de-maduro-sobre-banho-de-sangue-e-pede-respeito-a-resultado-da-eleicao-na-venezuela">Em entrevista a ag&ecirc;ncias de not&iacute;cias internacionais no Pal&aacute;cio da Alvorada, na &uacute;ltima segunda-feira (22), o mandat&aacute;rio pediu respeito ao processo democr&aacute;tico e ao resultado do pleito</a>.

&quot;Eu fiquei assustado com a declara&ccedil;&atilde;o do Maduro dizendo que, se ele perder as elei&ccedil;&otilde;es, vai ter um banho de sangue. Quem perde as elei&ccedil;&otilde;es, toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando voc&ecirc; ganha, voc&ecirc; fica; quando voc&ecirc; perde, voc&ecirc; vai embora&quot;, afirmou Lula.

Como resposta, em com&iacute;cio na ter&ccedil;a-feira (23), mesmo sem citar o petista, o ditador afirmou que as elei&ccedil;&otilde;es no Brasil n&atilde;o s&atilde;o auditadas, assim como nos Estados Unidos e na Col&ocirc;mbia. Ainda segundo ele, a Venezuela tem o melhor sistema eleitoral do mundo.

&ldquo;Em que outra parte do mundo fazem isso? Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral &eacute; audit&aacute;vel? No Brasil? N&atilde;o auditam nenhuma ata. Na Col&ocirc;mbia? N&atilde;o auditam nenhuma ata&rdquo;, disse ele, que ainda debochou dos cr&iacute;ticos.

&ldquo;Eu n&atilde;o disse mentiras. Apenas fiz uma reflex&atilde;o. Quem se assustou que tome um ch&aacute; de camomila [...] Na Venezuela vai triunfar a paz, o poder popular, a uni&atilde;o c&iacute;vico-militar-policial perfeita&rdquo;, afirmou.

O presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Lula (PT)</a> disse ter ficado revoltado com a fala do presidente da Venezuela, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/nicolas%20maduro">Nicol&aacute;s Maduro</a>, de que em caso de derrota dele nas elei&ccedil;&otilde;es marcadas para o pr&oacute;ximo domingo (28), o pa&iacute;s vizinho ao Brasil viver&aacute; um &quot;banho de sangue&quot;.

Em entrevista a ag&ecirc;ncias de not&iacute;cias internacionais no Pal&aacute;cio da Alvorada, na segunda-feira (22), o mandat&aacute;rio pediu respeito ao processo democr&aacute;tico e ao resultado do pleito.

&quot;Eu fiquei assustado com a declara&ccedil;&atilde;o do Maduro dizendo que, se ele perder as elei&ccedil;&otilde;es, vai ter um banho de sangue. Quem perde as elei&ccedil;&otilde;es, toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando voc&ecirc; ganha, voc&ecirc; fica; quando voc&ecirc; perde, voc&ecirc; vai embora&quot;, afirmou Lula.

Para acompanhar as elei&ccedil;&otilde;es na Venezuela, o Pal&aacute;cio do Planalto vai enviar o embaixador Celso Amorim e mais dois representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). &quot;Vou ver se a C&acirc;mara dos Deputados e o Senado podem mandar gente para acompanhar&quot;, acrescentou o presidente.

Ainda na entrevista, o petista afirmou que, em pelo menos duas oportunidades, conversou com Nicol&aacute;s Maduro sobre a necessidade de um processo eleitoral transparente. &quot;O Maduro sabe, que a &uacute;nica chance da Venezuela voltar &agrave; normalidade &eacute; ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo&quot;, comentou.

As pesquisas eleitorais da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/venezuela">Venezuela</a> divergem sobre o resultado do pleito presidencial marcado para o pr&oacute;ximo domingo (28). Enquanto algumas enquetes d&atilde;o a vit&oacute;ria com ampla margem ao principal candidato da oposi&ccedil;&atilde;o, Edmundo Gonz&aacute;lez Urrutia, outros levantamentos apontam para uma vit&oacute;ria do atual presidente Nicol&aacute;s Maduro, tamb&eacute;m com uma margem confort&aacute;vel.

Institutos de pesquisa como Datincorp, Delphos e Megan&aacute;lisis, entre outros, d&atilde;o vit&oacute;ria ao opositor Edmundo, da Mesa da Unidade Democr&aacute;tica (MUD), apoiado pela pol&iacute;tica Mar&iacute;a Corina Machado. Ela era apontada como favorita da oposi&ccedil;&atilde;o ao vencer as prim&aacute;rias, mas teve a candidatura vetada por condena&ccedil;&otilde;es judiciais.

J&aacute; pesquisas do Centro de Medi&ccedil;&atilde;o e Interpreta&ccedil;&atilde;o de Dados Estat&iacute;sticos (Cmide), do Hinterlaces e do Internacional Consulting Services (ICS), entre outros estudos, indicam que Nicol&aacute;s Maduro deve se reeleger para um terceiro mandato, segundo informa a Telesur, ve&iacute;culo estatal do pa&iacute;s.

O soci&oacute;logo, economista pol&iacute;tico e analista venezuelano Luis Salas ressaltou &agrave; Ag&ecirc;ncia Brasil que as pesquisas eleitorais na Venezuela historicamente favorecem o voto opositor.

&ldquo;Historicamente, desde que o chavismo chegou ao poder, as pesquisas sempre sobrevalorizaram o voto opositor. Desde que Ch&aacute;vez foi presidente, e depois Maduro, os principais institutos de pesquisa erram e favoreceram o voto da oposi&ccedil;&atilde;o&rdquo;, afirmou o analista.

A especialista Carmen Beatriz Fern&aacute;ndez, diretora da DataStrategia, empresa que trabalha com medi&ccedil;&atilde;o de opini&atilde;o p&uacute;blica para conduzir campanhas pol&iacute;ticas, alertou para os problemas da medi&ccedil;&atilde;o de votos na Venezuela.

&ldquo;Por que falham as pesquisas eleitorais? Basicamente por tr&ecirc;s raz&otilde;es: por causa da volatilidade do eleitorado; por falhas metodol&oacute;gicas e porque n&atilde;o s&atilde;o pesquisas, se n&atilde;o pseudopesquisas feitas para desinformar e serem usadas como propaganda&rdquo;, destacou em uma rede social.

O venezuelano Francisco Rodriguez, professor da Universidade de Denver, nos Estados Unidos, refor&ccedil;ou a pouca confian&ccedil;a nas pesquisas do pa&iacute;s. Segundo ele, desde 2017, sete institutos de pesquisas v&ecirc;m sobrevalorizando o voto opositor.

&ldquo;Esses mesmos inqu&eacute;ritos sobrevalorizaram o voto da oposi&ccedil;&atilde;o, em m&eacute;dia, nos &uacute;ltimos 10 anos, em 27,8%. Se corrigirmos esse vi&eacute;s, ter&iacute;amos um virtual empate t&eacute;cnico [entre Maduro e Edmundo Gonz&aacute;lez]&rdquo;, afirmou, em uma rede social, o estudioso da realidade venezuelana.

Elei&ccedil;&otilde;es na Venezuela 
Dona da maior reserva comprovada de petr&oacute;leo do planeta, a Venezuela vai &agrave;s urnas no pr&oacute;ximo domingo, quando cerca de 21 milh&otilde;es de pessoas devem eleger o pr&oacute;ximo presidente, que vai governar o pa&iacute;s sul-americano entre 2025 e 2031. O presidente Nicolas Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nas urnas nove concorrentes. &nbsp;

Esta &eacute; a primeira elei&ccedil;&atilde;o, desde 2015, em que toda a oposi&ccedil;&atilde;o topou participar do pleito. Desde 2017, os principais partidos de oposi&ccedil;&atilde;o v&ecirc;m boicotando as elei&ccedil;&otilde;es nacionais.&nbsp;

A Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial pelo menos desde 2017, quando pot&ecirc;ncias como Estados Unidos, Canad&aacute;, Reino Unido e Uni&atilde;o Europeia passaram a n&atilde;o reconhecer a legitimidade do governo Maduro.

O pa&iacute;s vizinho tamb&eacute;m passou por uma grave crise econ&ocirc;mica no per&iacute;odo, com hiperinfla&ccedil;&atilde;o e perda de cerca de 75% do PIB, o que resultou em uma migra&ccedil;&atilde;o de mais de 7 milh&otilde;es de pessoas.&nbsp;

Desde meados de 2021, o pa&iacute;s vem mostrando alguma recupera&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica. A hiperinfla&ccedil;&atilde;o foi derrotada e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, por&eacute;m os sal&aacute;rios continuam baixos e os servi&ccedil;os p&uacute;blicos deteriorados.

Desde 2022, o embargo econ&ocirc;mico vem sendo parcialmente flexibilizado e um acordo entre oposi&ccedil;&atilde;o e governo foi firmado para as elei&ccedil;&otilde;es deste ano. Por&eacute;m, den&uacute;ncias de pris&otilde;es de opositores nos &uacute;ltimos dias e recursas em assinar acordo para respeitar o resultado eleitoral por alguns candidatos da oposi&ccedil;&atilde;o, entre eles, o favorito Edmundo Gonz&aacute;lez, jogam d&uacute;vidas sobre o dia ap&oacute;s a vota&ccedil;&atilde;o.

O governo da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/guiana" target="_blank">Guiana</a> emitiu uma nota para contestar <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/128842,nicolas-maduro-cria-provincia-em-territorio-da-guiana" target="_blank">a lei promulgada pelo presidente da Venezuela, Nicol&aacute;s Maduro, que determina a anexa&ccedil;&atilde;o de Essequibo</a>, territ&oacute;rio da Guiana que a Venezuela reivindica para si.

&quot;Esta tentativa da Venezuela de anexar mais de dois ter&ccedil;os do territ&oacute;rio soberano da Guiana e torn&aacute;-la parte da Venezuela &eacute; uma viola&ccedil;&atilde;o flagrante dos princ&iacute;pios mais fundamentais do direito internacional consagrados na Carta das Na&ccedil;&otilde;es Unidas, a Carta da Organiza&ccedil;&atilde;o dos Estados Americanos e direito internacional consuetudin&aacute;rio. Tamb&eacute;m contradiz a letra e o esp&iacute;rito da Declara&ccedil;&atilde;o Conjunta de Argyle para o Di&aacute;logo e a Paz entre a Guiana e a Venezuela, acordada em 14 de dezembro de 2023 em S&atilde;o Vicente e Granadinas&quot;, declarou o Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores e Coopera&ccedil;&atilde;o Internacional da Guiana.

A regi&atilde;o, rica em petr&oacute;leo e g&aacute;s, &eacute; alvo de disputa ao menos desde o final do s&eacute;culo 19. Com 160 mil quil&ocirc;metros quadrados (km&sup2;), Essequibo representa 75% do atual territ&oacute;rio da Guiana.

A lei venezuelana foi aprovada pela Assembleia Nacional do pa&iacute;s em mar&ccedil;o deste ano, por unanimidade, unindo oposi&ccedil;&atilde;o e governo. A legisla&ccedil;&atilde;o &eacute; consequ&ecirc;ncia do referendo convocado por Maduro e realizado em dezembro de 2023, que aprovou o reconhecimento de Essequibo como parte da Venezuela por 95% de votos, autorizando o governo a tomar medidas para anexar o territ&oacute;rio. A legisla&ccedil;&atilde;o diz que Essequibo &eacute; um estado venezuelano, pro&iacute;be mapas do pa&iacute;s sem a inclus&atilde;o do territ&oacute;rio e afirma que n&atilde;o reconhece a Corte Internacional de Justi&ccedil;a (CIJ) das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) como o f&oacute;rum para resolver a disputa.

O governo guian&ecirc;s acrescentou, na nota, que n&atilde;o vai permitir qualquer medida de anexa&ccedil;&atilde;o for&ccedil;ada de seu territ&oacute;rio. &quot;A este respeito, o Governo da Rep&uacute;blica Cooperativa da Guiana deseja informar o Governo da Rep&uacute;blica Bolivariana da Venezuela, o Governo da Comunidade do Caribe e a Comunidade Latino-Americana e Caribenha de Na&ccedil;&otilde;es, bem como o Secret&aacute;rio-Geral das Na&ccedil;&otilde;es Unidas Na&ccedil;&otilde;es Unidas e o Secret&aacute;rio-Geral da Organiza&ccedil;&atilde;o dos Estados Americanos, que n&atilde;o tolerar&aacute; a anexa&ccedil;&atilde;o, tomada ou ocupa&ccedil;&atilde;o de qualquer parte do seu territ&oacute;rio soberano. A Guiana sempre defendeu os princ&iacute;pios da Carta das Na&ccedil;&otilde;es Unidas, o Estado de direito e a resolu&ccedil;&atilde;o pac&iacute;fica de lit&iacute;gios&quot;.

Ainda segundo o governo do pa&iacute;s caribenho, no acordo de Genebra, de 1966, do qual a Venezuela e a Guiana s&atilde;o partes, a Corte Internacional de Justi&ccedil;a decidiu que tem jurisdi&ccedil;&atilde;o para tomar uma decis&atilde;o final sobre o caso. Uma senten&ccedil;a arbitral de 1899 definiu o atual limite territorial entre os dois pa&iacute;ses.&nbsp;

&quot;A decis&atilde;o do Tribunal ser&aacute; final e vinculativa para ambas as partes. Se a Venezuela desejar contestar a titularidade do territ&oacute;rio em quest&atilde;o, o foro apropriado &eacute; o Tribunal Internacional de Justi&ccedil;a, que decidir&aacute; a quest&atilde;o de forma objetiva e de acordo com a lei&quot;, insistiu a Guiana, que ainda rebateu declara&ccedil;&otilde;es consideradas ofensivas por parte de Maduro.

&quot;&Eacute; lament&aacute;vel que o compromisso assumido em Argyle com &#39;a busca da boa vizinhan&ccedil;a, da coexist&ecirc;ncia pac&iacute;fica e da unidade da Am&eacute;rica Latina e do Caribe&#39; seja mais uma vez seriamente amea&ccedil;ado pelas palavras e a&ccedil;&otilde;es do Presidente Maduro hoje&quot;, conclui a nota.

Media&ccedil;&atilde;o

No dia 14 de dezembro de 2023, os dois presidentes se reuniram na ilha caribenha de S&atilde;o Vicente e Granadinas e firmaram acordo para n&atilde;o usar a for&ccedil;a um contra o outro, direta ou indiretamente, em nenhuma circunst&acirc;ncia.

A campanha do governo Maduro para reivindicar o direito sobre o territ&oacute;rio tensiona as rela&ccedil;&otilde;es na Am&eacute;rica do Sul. O Brasil tenta intermediar o conflito, tendo participado dos di&aacute;logos entre os dois Estados, inclusive sediando uma das reuni&otilde;es em Bras&iacute;lia, em fevereiro deste ano. Ao mesmo tempo, o governo Lula refor&ccedil;ou a presen&ccedil;a militar no estado de Roraima, que faz fronteira com as duas na&ccedil;&otilde;es.

O presidente da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/venezuela">Venezuela</a>, Nicol&aacute;s Maduro, promulgou uma lei na quarta-feira (3) que cria uma prov&iacute;ncia em Essequibo, territ&oacute;rio internacionalmente reconhecido como pertencente &agrave; Guiana, equivalente a 70% do territ&oacute;rio guianense.

A lei, intitulada &quot;Lei Org&acirc;nica para a Defesa de Essequibo&quot;, possui 39 artigos e estabelece a funda&ccedil;&atilde;o do estado da &quot;Guiana Essequiba&quot;. Um dos artigos da lei pro&iacute;be a divulga&ccedil;&atilde;o do mapa pol&iacute;tico da Venezuela sem a inclus&atilde;o do territ&oacute;rio de Essequibo.

A disputa pelo territ&oacute;rio de Essequibo entre os dois pa&iacute;ses j&aacute; perdura por mais de 100 anos. Desde o s&eacute;culo XIX, a regi&atilde;o estava sob controle do Reino Unido, que a adquiriu em um acordo com a Holanda. Esta &aacute;rea representa 70% do territ&oacute;rio atual da Guiana e abriga cerca de 125 mil pessoas.

Conhecida na Venezuela como &quot;Guiana Essequiba&quot;, a regi&atilde;o &eacute; caracterizada por densa vegeta&ccedil;&atilde;o e, em 2015, foi descoberto petr&oacute;leo na &aacute;rea. Estima-se que existam reservas de 11 bilh&otilde;es de barris na Guiana, sendo a maioria dessas reservas &quot;offshore&quot;, ou seja, no mar, pr&oacute;ximo a Essequibo.

O governo da Guiana ainda n&atilde;o&nbsp;se pronunciou sobre o assunto.

Embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell pediu uma reuni&atilde;o com o assessor de rela&ccedil;&otilde;es internas do governo Lula, o diplomata Celso Amorim. A conversa ir&aacute; tratar das cr&iacute;ticas feitas pelo presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) ao governo de Nicol&aacute;s Maduro.

Nas &uacute;ltimas semanas, o petista fez in&uacute;meras declara&ccedil;&otilde;es contr&aacute;rias sobre a ditadura chavista, sobretudo ap&oacute;s Caracas impedir a inscri&ccedil;&atilde;o da candidatura da opositora Corina Yoris &agrave; presid&ecirc;ncia.&nbsp;

Corina foi indicada por Mar&iacute;a Corina Machado, principal l&iacute;der opositora da atualidade.&nbsp;Com os resultados favor&aacute;veis, Maduro determinou a pris&atilde;o de opositores e separatistas venezuelanos.&nbsp;

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