<img alt="Cláudia Cruz era acusada pelo MPF de lavagem de dinheiro e evasão de divisas - Foto: Dida Sampaio | Estadão Conteúdo" src="http://fw.atarde.com.br/2016/07/750_eduardo-cunha-pmdbrj-ao-lado-da-esposa-a-jornalista-claudia-cruz_1650683.jpg" style="height:406px; width:565px" />

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O juiz federal S&eacute;rgio Moro absolveu nesta quinta-feira, 25, a mulher do ex-presidente da C&acirc;mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Cl&aacute;udia Cruz, dos crimes de lavagem de dinheiro e de evas&atilde;o fraudulenta de divisas, em processo na Opera&ccedil;&atilde;o Lava Jato.

O magistrado apontou &#39;falta de prova suficiente de que (Cl&aacute;udia Cruz) agiu com dolo&#39; ao manter conta na Su&iacute;&ccedil;a com mais de US$ 1 milh&atilde;o, dinheiro supostamente oriundo de propina recebida pelo marido.

&quot;Absolvo Cl&aacute;udia Cordeiro Cruz da imputa&ccedil;&atilde;o do crime de lavagem de dinheiro e de evas&atilde;o fraudulenta de divisas por falta de prova suficiente de que agiu com dolo&quot;, assinalou Moro.

A Procuradoria da Rep&uacute;blica apontou na den&uacute;ncia contra Cl&aacute;udia que a elevada quantia abrigada na conta secreta na Su&iacute;&ccedil;a lhe garantia uma vida de esplendor no exterior. O rastreamento de seu cart&atilde;o de cr&eacute;dito revelou gastos com roupas de grife, sapatos e despesas em restaurante suntuosos de Paris, Roma e Lisboa.

Na senten&ccedil;a, o juiz listou 13 compras em alguns dos endere&ccedil;os mais famosos do mundo: Prada, Chanel, Louis Vitton e Balenciaga. Segundo o magistrado, &quot;gastos de consumo com produto do crime n&atilde;o configuram por si s&oacute; lavagem de dinheiro&quot;.

&quot;A acusada teve participa&ccedil;&atilde;o meramente acess&oacute;ria e &eacute; bastante plaus&iacute;vel a sua alega&ccedil;&atilde;o de que a gest&atilde;o financeira da fam&iacute;lia era de responsabilidade do marido e de que, quanto &agrave; conta no exterior, ela tinha presente somente que era titular de um cart&atilde;o de cr&eacute;dito internacional&quot;, anotou Moro.

Moro destacou que &quot;n&atilde;o h&aacute; nada de errado nos gastos em si mesmos, mas s&atilde;o eles extravagantes e inconsistentes para ela e para sua fam&iacute;lia, considerando que o marido era agente p&uacute;blico&quot;.

&quot;Deveria, portanto, a acusada Cl&aacute;udia Cordeiro Cruz ter percebido que o padr&atilde;o de vida levado por ela e por seus familiares era inconsistente com as fontes de renda e o cargo p&uacute;blico de seu marido&quot;, observou Moro.

&quot;Embora tal comportamento seja altamente reprov&aacute;vel, ele leva &agrave; conclus&atilde;o de que a acusada Cl&aacute;udia Cordeiro Cruz foi negligente quanto &agrave;s fontes de rendimento do marido e quanto aos seus gastos pessoais e da fam&iacute;lia&quot;, advertiu o juiz da Lava Jato.

(Estad&atilde;o) (AF)

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Moro absolve mulher de ex-deputado Eduardo Cunha

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