A taxa de desemprego registrada no trimestre em julho deste ano (6,8%) &eacute; a menor desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014 (6,6%). &Eacute; tamb&eacute;m a menor para um trimestre encerrado em julho desde o in&iacute;cio da s&eacute;rie hist&oacute;rica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic&iacute;lios (Pnad) Cont&iacute;nua. Os dados da Pnad Cont&iacute;nua foram divulgados nesta sexta-feira (30) pelo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/135671,populacao-estimada-do-pais-chega-a-2126-milhoes-em-2024-salvador-e-o-5o-municipio-mais-populoso" target="_blank">Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE)</a>.

A queda da taxa em julho foi puxada tanto pela redu&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o desocupada, ou seja, aquelas pessoas que est&atilde;o procurando emprego, quanto pelo aumento da popula&ccedil;&atilde;o ocupada. O contingente de desocupados recuou 9,5% em rela&ccedil;&atilde;o ao trimestre anterior (encerrado em abril) e 12,8% na compara&ccedil;&atilde;o com o trimestre encerrado em julho do ano passado, atingindo o n&uacute;mero de 7,4 milh&otilde;es de pessoas, o menor patamar para o per&iacute;odo na s&eacute;rie hist&oacute;rica.

A popula&ccedil;&atilde;o ocupada, ou seja, aquela que est&aacute; trabalhando, atingiu o valor mais alto para o per&iacute;odo na s&eacute;rie hist&oacute;rica: 102 milh&otilde;es de pessoas. Foram altas de 1,2% no trimestre (mais 1,2 milh&atilde;o de trabalhadores) e de 2,7% no ano (mais 2,7 milh&otilde;es de pessoas).

O n&iacute;vel de ocupa&ccedil;&atilde;o, que representa o percentual de pessoas trabalhando, em rela&ccedil;&atilde;o ao total de pessoas em idade de trabalhar, chegou a 57,9%, um avan&ccedil;o em rela&ccedil;&atilde;o ao trimestre anterior (57,3%) e ao ano anterior (56,9%).

De acordo com o IBGE, parte da cria&ccedil;&atilde;o de postos de trabalho foi observada no setor informal. O total de pessoas trabalhando na informalidade chegou a 39,45 milh&otilde;es no trimestre encerrado em julho deste ano, o segundo maior patamar da s&eacute;rie hist&oacute;rica, ficando abaixo apenas do observado em dezembro do ano passado (39,53 milh&otilde;es).

O contingente de trabalhadores informais cresceu 1,1% em rela&ccedil;&atilde;o ao trimestre anterior e 1,3% na compara&ccedil;&atilde;o com julho do ano passado.

&ldquo;Mas diferente de outros momentos onde a informalidade foi uma protagonista do processo de crescimento da popula&ccedil;&atilde;o ocupada como um todo, nos &uacute;ltimos trimestres, a despeito de seu crescimento, a participa&ccedil;&atilde;o da informalidade no contingente total de crescimento [da ocupa&ccedil;&atilde;o] &eacute; um pouco menor. A popula&ccedil;&atilde;o ocupada como um todo cresce mais do que a ocupa&ccedil;&atilde;o informal&rdquo;, explica a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy.

Os empregos formais representam, portanto, a maior parte da gera&ccedil;&atilde;o de postos de trabalho em julho, seja por meio de empregos p&uacute;blicos seja atrav&eacute;s de ocupa&ccedil;&otilde;es no setor privado com carteira de trabalho assinada ou por conta pr&oacute;pria com CNPJ. Segundo Adriana, isso representa uma qualidade melhor do mercado de trabalho.

&ldquo;A carteira assinada traz uma s&eacute;rie de prerrogativas e direitos para o trabalhador. E mesmo o trabalhador independente ou empregador, &agrave; medida em que ele tem esse registro no CNPJ, a forma de ele transacionar no mercado, como emitir nota e ser contratado como prestador de servi&ccedil;o, configura a ele melhores condi&ccedil;&otilde;es de ofertar o trabalho dele&rdquo;, afirma a pesquisadora.

Na compara&ccedil;&atilde;o com abril, os setores geraram postos de trabalho foram administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, sa&uacute;de e educa&ccedil;&atilde;o (3,2%) e com&eacute;rcio (1,9%). Nenhuma atividade teve perda significativa de contingente de ocupados.

&ldquo;Muitas atividades, apesar de n&atilde;o terem atingido um crescimento estatisticamente significativo, mostram um padr&atilde;o de reten&ccedil;&atilde;o dos trabalhadores&rdquo;, ressalta Adriana.

Segundo Adriana, uma das explica&ccedil;&otilde;es para a melhora do mercado de trabalho seria o aumento da renda dos trabalhadores que traz, consigo, um aumento do consumo e a consequente demanda por mais trabalhadores.

Apesar de n&atilde;o ter crescido de abril para julho, o rendimento m&eacute;dio real habitual dos trabalhadores, subiu 4,8% no ano e chegou a R$ 3.206.

A massa de rendimento real habitual cresceu 7,9% no ano e atingiu o volume de R$ 322,4 bilh&otilde;es. E como houve aumento do contingente de ocupados de abril para julho, a massa tamb&eacute;m cresceu no per&iacute;odo (1,9%).

A popula&ccedil;&atilde;o subutilizada, ou seja, aquela que est&aacute; desocupada ou que poderia trabalhar mais do que trabalha ficou em 18,7 milh&otilde;es de pessoas, o menor patamar desde o trimestre m&oacute;vel encerrado em dezembro de 2015 (18,6 milh&otilde;es), com quedas de 6,9% no trimestre e de 7,8% no ano.

A popula&ccedil;&atilde;o desalentada, formada por aqueles que gostariam de trabalhar e estavam dispon&iacute;veis, mas n&atilde;o buscaram trabalho por v&aacute;rios motivos, ficou em 3,2 milh&otilde;es, o menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milh&otilde;es), recuando 7% no trimestre e 12,2% no ano.

Resultados para "dezembro de 2014"

Taxa de desemprego em julho é a menor desde dezembro de 2014

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