Uma pesquisa do Instituto Butantan e da Universidade de S&atilde;o Paulo, junto a institui&ccedil;&otilde;es internacionais, indicou possibilidade para o desenvolvimento de vacina contra a esquistossomose, doen&ccedil;a parasit&aacute;ria que afeta anualmente mais de 200 milh&otilde;es de pessoas no mundo. Atualmente, n&atilde;o h&aacute; vacina dispon&iacute;vel para prevenir a doen&ccedil;a. 
 
Os resultados da pesquisa, publicados no artigo&nbsp;Rhesus macaques self-curing from a schistosome infection can display complete immunity to challenge, da revista&nbsp;Nature Communications, na ter&ccedil;a-feira (26), mostram que os macacos rhesus, ao se curarem espontaneamente da esquistossomose, s&atilde;o capazes de gerar anticorpos poderosos contra os parasitas. Dessa forma, eles ficam protegidos ao sofrer uma segunda infec&ccedil;&atilde;o. 
 
Os pesquisadores Sergio Verjovski-Almeida e Murilo Sena Amaral, do Laborat&oacute;rio de Parasitologia do Butantan, acompanharam macacos infectados e reinfectados com o parasita que causa a doen&ccedil;a para entender se a mem&oacute;ria imune dos macacos funcionava depois da exposi&ccedil;&atilde;o a uma segunda tentativa de infec&ccedil;&atilde;o. O objetivo era usar esse conhecimento como base para o desenvolvimento de uma poss&iacute;vel vacina. 
 
Para o estudo, 12 macacos rhesus foram infectados, cada um com 700 parasitas de&nbsp;Schistosoma mansoni&nbsp;e todos se curaram entre a 12&ordm; e a 17&ordm; semanas. Depois de 42 semanas, os pesquisadores monitoraram os macacos ap&oacute;s uma segunda infec&ccedil;&atilde;o. 
 
&ldquo;A conclus&atilde;o foi que os macacos se recuperavam ainda mais r&aacute;pido da reinfec&ccedil;&atilde;o. De fato, ap&oacute;s o segundo contato com a doen&ccedil;a, os rhesus n&atilde;o apresentaram sintomas cl&iacute;nicos (alguns tiveram sintomas leves como diarreia e desidrata&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s a primeira infec&ccedil;&atilde;o)&rdquo;, divulgou o Instituto Butantan. 
 
As pr&oacute;ximas fases da pesquisa, segundo o instituto, ser&atilde;o a identifica&ccedil;&atilde;o das prote&iacute;nas do parasita que s&atilde;o atingidas pelos anticorpos dos macacos e os testes dessas prote&iacute;nas como candidatos vacinais em camundongos.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1425993&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1425993&amp;o=node" />

<h3>Doen&ccedil;a</h3>

Conforme informa&ccedil;&otilde;es do Instituto Butantan, os parasitas infectam pessoas que t&ecirc;m contato com &aacute;gua contaminada e se instalam no interior dos vasos sangu&iacute;neos do intestino e f&iacute;gado, onde se acumulam os ovos depositados. Como o ser humano n&atilde;o consegue eliminar o parasita naturalmente, a doen&ccedil;a se torna perigosa porque provoca complica&ccedil;&otilde;es graves nos &oacute;rg&atilde;os atingidos. 
 
O medicamento de combate &agrave; esquistossomose recomendado pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) &eacute; o Praziquantel, que &eacute; ineficaz contra formas jovens do parasita e n&atilde;o previne a reinfec&ccedil;&atilde;o, informou o Butantan.

Resultados para "esquistossomose"

Butantan indica possibilidade de produção de vacina contra esquistossomose

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