A candidata derrotada do MDB à Presidência, Simone Tebet anunciou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial. O anúncio ocorreu nesta quarta-feira (5) em um hotel de São Paulo, após um encontro com o vice da chapa petista, Geraldo Alckmin (PSB), e um almoço ao lado de Lula, na casa de Marta Suplicy na tarde de ontem (4).
Em seu pronunciamento, Simone afirmou que tem críticas a Lula, mas reconhece no petista 'compromisso com a democracia'. Tebet ainda espera que a campanha petista incorpore cinco propostas que apresentou, entre as quais a de composição de um ministério 'plural' e a poupança para jovens que concluírem o ensino médio
Simone Tebet ficou em terceiro lugar na votação realizada no último domingo (2). A senadora recebeu 4,9 milhões de votos (4,16%).
"Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos seus últimos dias de campanha quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, que é legítimo, mas sem apresentar as suas propostas completas, depositarei nele o meu voto porque reconheço nele o seu compromisso com a democracia e com a Constituição, o que desconheço no atual presidente. Meu apoio não será por adesão. Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos", afirmou Simone Tebet.
Mais cedo, o MDB anunciou a decisão de liberar seus filiados a se manifestarem "conforme suas consciências".
A senadora afirmou ter pedido ao candidato do PT a inclusão de propostas que pretendem zerar a fila de vagas em creches e escolas para crianças, a implementação do ensino médio técnico em tempo integral, a proposta de poupança de R$ 5 mil para formandos no ensino médio, zerar a fila de procedimentos na saúde e aumentar repasses ao Sistema Único de Saúde, soluções para o endividamento das famílias, sancionar lei que proponha a igualdade de salário entre homens e mulheres e o compromisso com uma composição ministerial “plural”.
A parlamentar declarou também que estará, nas ruas, durante o segundo turno. "Até 30 de outubro, eu estarei na rua, vigilante. Meu grito será pela defesa da democracia e da justiça social. Minhas preces, por uma campanha de paz", disse.
Lula vai enfrentar o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) na votação do próximo dia 30. No primeiro turno, Lula ficou à frente de Bolsonaro, com 57,2 milhões (48,43%) contra 51 milhões de votos (43,20%).
