Rui Costa condena Roberto Jefferson: 'Qualquer criminoso vai se achar no direito de atirar em policiais'

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Luiz Felipe Fernandez

Política

24 de outubro de 2022 às 08h43

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O governador da Bahia, Rui Costa (PT), condenou o ataque do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) a agentes da Polícia Federal que cumpriam mandado de prisão por ataques à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista ao programa Ligação Direta, da rádio Salvador FM, Rui voltou a comparar, na manhã desta segunda-feira (24), o bolsonarismo a uma "seita", que instiga seus seguidores a adotarem comportamentos violentos e agressivos.

"[o ataque de Jefferson] Não é um caso isolado, faz parte do grande mal que acometeu o Brasil em 2018 [...] é impressionante como as pessoas têm atitudes violentas, grosseiras, estúpidas", disse o petista, que defendeu o direito de discordar do Judiciário, desde que com "respeito".

"Democracia se faz com respeito, educação, divergência de opiniões, mas com respeito, não com fuzil", completou. Dois policiais federais ficaram feridos após o ex-deputado disparar mais de 20 tiros de fuzil e arremessar duas granadas contra os agentes.

Rui acredita que a política armamentista promovida pelo governo Bolsonaro, com aumento de mais de 400% em novos registros de CAC's desde 2018, contribui para este tipo de atentado. Ele alerta ainda que posturas como estas vindo de representantes políticos podem legitimar outras condutas criminosas.

"A imagem do fuzil com Roberto Jefferson é de um país que difundiu armas, e hoje pessoas desequilibradas emocionalmente, criminosos, passam a ter arma de grosso calibre. Essa atitude é muito preocupante, porque agora qualquer criminoso vai se achar no direito de atirar em policiais militares, civis", analisa o governador.

Ele ainda criticou a anuência do governo Bolsonaro ao enviar o ministro da Justiça, Anderson Barros, para acompanhar o caso no Rio de Janeiro.

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