No comando da Funarte, Maria Marighella lembra elogio de Bolsonaro a torturador

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Política

06 de janeiro de 2023 às 08h07

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Neta do guerrilheiro Carlos Marighella e vereadora de Salvador, Maria Marighella concedeu uma entrevista à Folha de S. Paulo, onde relembra episódios duros na trajetória política.

Ela conta que foi exonerada como coordenadora da Fundação Nacional das Artes, a Funarte, quando Dilma Rousseff foi afastada da presidência.

"Chorei em muitos momentos vendo eclodir um Brasil que pensava ter deixado para trás”, afirma a petista, que relembra o episódio em que Bolsonaro dedicou o voto a favor do impeachment ao coronel Brilhante Ustra, torturador confesso da Ditadura Militar

“Ver e ouvir o então deputado Jair Bolsonaro dedicar seu voto ao torturador da mulher sujeito e objeto daquele processo de impeachment, ao homem que comandou a operação responsável pela prisão do meu pai meses antes do meu nascimento, me deu a dimensão radical de que, mesmo tendo feito muito, tínhamos que nos colocar em movimento para restabelecer os pactos democráticos em outros marcos.”, lamenta.

Agora, com o Ministério da Cultura reconstruído como um símbolo da virada da gestão de Bolsonaro para o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, é Marighella quem vai assumir a direção da instituição da qual foi afastada seis anos atrás: “Poder olhar essa trajetória com a curva do tempo e da história nos dá a dimensão coletiva dessa responsabilidade, mas também uma coragem imensa”.

Atriz formada pela Universidade Federal da Bahia, Marighella, de 46 anos, foi coordenadora de teatro da Fundação Cultural do Estado da Bahia e da Funarte. Quando foi chamada para ocupar o cargo, disse que sabia que se tratava mais de uma convocação do que um convite.

“Estamos sendo chamadas a agir num mundo em escombros e é nesse tempo que todas as dimensões de regeneração devem se colocar em ação", analisa a política que também fez carreira como atriz, atuando, inclusive, no filme biográfico do seu avô, "Marighella" (2019).

Marighella confia que, sob a tutela do governo Lula, a Cultura possa atingir outro patamar. O orçamento direcionado à área, por exemplo, já indica este compromisso, com m caixa recorde de mais de R$ 10 bilhões.

No primeiro ano de governo Bolsonaro, ele resevou R$ 2,1 bilhões para a pasta, conseguindo reduzir ainda para R$ 1,67 bilhão no fim do mandato.

 ministério terá um orçamento recorde neste ano de mais de R$ 10 bilhões. O primeiro ano do governo de Bolsonaro reservou R$ 2,1 bilhões para a pasta, número que caiu para R$ 1,67 bilhão em 2022.

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