Presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Carlos Muniz (PTB) cobrou do governador Jerônimo Rodrigues (PT) o abatimento de impostos que incidem sobre o cálculo da tarifa do transporte público em Salvador. De acordo com o vereador, o prefeito da capital, Bruno Reis (UB), “fez sua parte” para conter o aumento, que parece se avizinhar.
“O governo do Estado cobra ICMS do combustível e quem paga é o usuário do ônibus, não o empresário. Cobra ICMS quando essa empresa compra o ônibus, cobra ICMS quando as empresas fazem reposição de peça, manutenção. E o que eu pedi a ele? Estive com ele 30 dias atrás. Disse a ele que o prefeito está fazendo a parte dele e ele precisa também. Bruno eliminou ISS, a outorga onerosa, que era um escândalo, não se cobra mais. Várias taxas e impostos que eram municipais deixaram de ser cobrados. O que a gente espera? Que Jerônimo faça a parte dele e faça a mesma coisa, não cobrando ICMS do combustível, da compra de ônibus e peça de reposição”, afirmou, em entrevista à Salvador FM.
Muniz disse que a operação do metrô, que tem participação do governo, seria inviável se a gestão estadual cobrasse os mesmos impostos que incidem no transporte público. “Já pensou se cobrasse imposto do Metrô? A passagem não estaria nesse valor ou o governo teria que dar ainda mais subsídio”, indicou.
Muniz, apesar das cobranças, disse acreditar na “capacidade” do petista. “Eu estou vendo que ele trabalha e muito para fazer um bom governo”, elogiou.
