Desde produtores de conteúdo de humor a profissionais das áreas mais tradicionais do mercado, a internet virou um espaço cada vez mais ocupada. Segundo pesquisa Nielsen, de 2022, o Brasil vive um boom de influencers, sendo o segundo país com mais influenciadores no mundo, com 10,5 milhões de produtores de conteúdo. Apenas ficando atrás dos Estados Unidos.
Mesmo assim, o influencer soteropolitano Pedro Tozzi, diz que apesar desta enorme quantidade de profissionais, isso não significa uma saturação na área. “Acredito que haja espaço para todo mundo. Agora, não vejo isso como um problema nem acho que está saturado porque todo mundo usa rede social, o espaço é enorme. Se você for autêntico com seu público você consegue se destacar”
O produtor de conteúdo possui mais de 150 mil seguidores no Instagram e quase 700 mil no TikTok. Tozzi ainda destacou as principais dificuldades da área que devido a falta de empresas, é difícil conseguir fechar contratos e parcerias, as chamadas ‘publis’. O jovem ainda disse sentir uma falta de união entre os profissionais da área na cidade.
“A importância das redes sociais na minha vida é toda. Abriu muito minha cabeça e minhas possibilidades. A internet é um mundo. O meu nicho, de produção de conteúdo de humor, é apenas um deles. Mas você pode monetizar de várias formas, nas várias profissões”, finalizou Tozzi.
Áreas mais tradicionais se reinventam
Até mesmo profissões tradicionais como medicina estão apostando na área. "É uma oportunidade de levar conteúdo e informação, de maneira ética e responsável, igual como a gente faz nos nossos consultórios. É uma ferramenta de trabalho”, comenta a médica Erica Campos.
Ainda segundo a pesquisa, o Brasil tem oito vezes mais o número de produtores de conteúdo digital do que advogados ou quase 20 vezes o número de médicos brasileiros, segundo dados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Mas o que percebe-se cada vez mais é que essas duas áreas conversam entre si, a internet é uma extensão do trabalho destas profissões, como comenta a médica Erika Campos. “Eu sempre tive dificuldade em fazer uso da internet por ter que fazer essa integração da vida pessoal e profissional. Mas agora percebo a necessidade de usar essa ferramenta, tanto para conversão de pacientes para o consultório, quanto para aproximar os pacientes da Erika pessoa e para poder fazer esse papel de informar e esclarecer também”, finaliza a laringologista.
