Médica morta em tentativa de assalto no Rio é enterrada

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Polícia

27 de junho de 2016 às 17h08

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O corpo da médica Gisele Palhares, morta no sábado (25) por criminosos em uma saída da Via Dutra para a Linha Vermelha, na região da Pavuna, Zona Norte do Rio, foi enterrado nesta segunda-feira (27), às 14h30, no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita.

O marido de Gisele, Renato Palhares, permaneceu ao lado do corpo da mulher até o sepultamento. Em pelo menos dois momentos, os presentes bateram palmas durante o cortejo.

Após o enterro, o viúvo lamentou o atual estado de violência no Rio. "Ou as coisas mudam ou as pessoas de bem vão ter que sair do país. O que adianta ter Olimpíada se não dá nem para passar na Linha Vermelha?", questionou Renato.

 

A mãe de Gisele, Rosa, diz que o sentimento pela morte da filha é de vazio, mas acredita que "será em vão". "O que aconteceu é fruto da incompetência de nossas autoridades de banir esses bandidos da nossa sociedade. Mas a semente que ela plantou vai germinar, vai dar frutos", disse Rosa, lembrando que a filha tentava acalmá-la sobre a violência nas vias expressas como as linhas Amarela e Vermelha, dizendo para que ficasse tranquila: "Segundo as amigas dela, no entanto, ela tinha muito medo. E ela passava por lá todos os dias", contou a mãe da médica, nascida e criada em Nova Iguaçu.

O crime ocorreu a 200 metros de um posto da Polícia Rodoviária Federal. Em nota, a PRF diz que "toda a região da Pavuna até a Baixada Fluminense é considerada uma área com alto índice de criminalidade" e que tem policiamento reforçado, inclusive com a criação de grupos táticos. Apesar da proximidade, o acesso onde Gisele foi morta não é área de atuação da PRF, que faz o policiamento na Via Dutra – o Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE) patrulha a Linha Vermelha.

"Embora o crime tenha ocorrido fora da área de circunscrição da PRF, também demonstramos preocupação com o fato e o estado de alerta de nossos policiais já é bem maior naquela região há bastante tempo", disse a nota da PRF.

Segundo o comando do BPVE, equipes que faziam o patrulhamento na Linha Vermelha receberam informações da tentativa de roubo, mas encontraram a vítima já ferida a tiros por criminosos quando chegaram ao local.

A PM afirma que imediatamente o BPVE iniciou um cerco na região, que conta, desde janeiro, com o reforço no policiamento com apoio Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos (BPGE). O comando da Unidade determinou que, além de buscas pelos suspeitos, fossem realizadas operações no trecho do crime já retomadas neste domingo desde as 5h.

 

Portal dos Procurados
O Portal dos Procurados lançou nesta segunda-feira um cartaz pedindo ajuda à população para identificar os assassinos de médica Giselle Palhares. Um dos canais de atendimento é o telefone do Disque-Denúncia. Quem tiver qualquer informação pode ligar para o telefone 2253-1177; o anonimato é garantido.

Outro crime na região
O PM Denilson Theodoro, de 49 anos, que fazia a segurança do prefeito Eduardo Paes, morreu em uma tentativa de assalto na Pavuna, na manhã deste domingo (26). Em nota, o prefeito prestou solidariedade à família e lamentou a morte. O policial deixou mulher e dois filhos.

A tentativa de assalto ao PM foi em uma rua a cinco minutos de carro de onde a médica Giselle foi abordada por bandidos no sábado.

(Foto: Henrique Coelho/G1)

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