Carballal 'elege' Jerônimo como líder, diz que irá para onde governador indicar, mas admite: 'Meu discurso é petista'

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Evilásio Júnior

Blog do Vila

10 de junho de 2024 às 06h00

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Vereador licenciado pelo PDT e recém-saído da presidência da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), o atual coordenador executivo da pré-campanha do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) à Prefeitura de Salvador, Henrique Carballal, ainda não sabe qual será o seu futuro político após a eleição de outubro.

Dito "independente", ele afirma que a "sensibilidade" do governador Jerônimo Rodrigues (PT) o "tocou profundamente", ao ponto de ele apontá-lo como seu único líder político.

"Eu, no fundo, sempre fui um político independente, como se diz: voo solo. Todo mundo sabe que eu fui eleito praticamente sozinho. Eu nunca tive um líder, um deputado estadual, um deputado federal, um senador. Eu sempre tive aliados. [...] Mas eu quero confessar uma coisa, e é da mais pura verdade: o governador Jerônimo tem uma característica muito poderosa, que transforma a vida da gente. Ele transformou a minha vida, e hoje eu posso dizer que ele é meu líder. Eu tenho um líder político hoje chamado Jerônimo Rodrigues. [...] Eu só vou entrar no partido que ele mandar e serei candidato se ele mandar. Eu vou para o partido que Jerônimo indicar. Só me posicionarei com base no que o meu lider me recomendar", disse Carballal, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.

Apesar de aguardar a indicação, ele admite que seu coração bate mais forte pelo PT, legenda pela qual se elegeu à Câmara Municipal em 2008 e 2012, mas deixou por "problema pessoal". "Eu não entrei no PT, ainda, e não sei se entrarei. [...] Tenho grandes amigos no PT. O PT me moldou como político. O meu discurso é petista, todo mundo sabe disso", reconheceu.

Embora argumente que saiu e voltou para a base aliada do Palácio de Ondina "pela porta da frente", Carballal migrou para o lado do ex-prefeito ACM Neto durante o seu segundo mandato e foi reeleito vereador pelo PV, em 2016, e pelo PDT, em 2020. O retorno ao antigo grupo fez o seu ex-colega de Legislativo, Kiki Bispo (União Brasil), chamá-lo de "camaleão". 

"Eu não tenho nenhum problema em ser um político camaleão, até porque é um bloco que eu sempre curti muito. Minha mulher, nós começamos a namorar no Camaleão, com Bell cantando. [...] Eu não tenho nenhum problema em mudar de posição. Só quem não muda de posição é poste ou maluco. Eu acredito muito na evolução das pessoas", declarou, ao defender que "nunca" deixou de "atuar no campo da esquerda": "Inclusive, eu influenciei o governo de Neto a ter uma postura de esquerda".

Confira a entrevista na íntegra:

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