Caso Binho Galinha: Adolfo promete pressionar Conselho de Ética a eleger relator: 'Não pode continuar como está'

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Evilásio Júnior

Blog do Vila

31 de julho de 2024 às 06h00

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Presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) se comprometeu, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM, a pressionar o Conselho de Ética da Casa a dar andamento à análise do caso Binho Galinha

O parlamentar do PRD é acusado pela Polícia Federal de chefiar uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outras infrações, em Feira de Santana e cidades vizinhas.

Sob o argumento de não ter sido "provocado" pelo Ministério Público, mesmo após três meses de instalação, o colegiado segue sem ter um relator para apurar as denúncias.

Na avaliação do comandante da Alba, o impasse é gerado pela falta de critérios referentes às regras da imunidade parlamentar. "Isso é mais um absurdo do nosso país. Cabe ao Congresso Nacional determinar as regras. Se eles quisessem podiam mudar. Quando eles querem votam de hoje para amanhã. [...] Uma coisa é a imunidade para um discurso forte, uma opinião, ou um crime de menor potencial, como um xingamento, mas não se pode misturar com esses crimes de alta gravidade, como nós estamos vendo no Rio de Janeiro", comparou Adolfo, sobre a situação dos irmãos Chiquinho, deputado federal pelo União Brasil-RJ, e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), apontados como mandantes do crime contra a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes.

Embora admita que o processo de Binho Galinha é uma "situação complexa", o presidente do Legislativo baiano prometeu conversar com seus pares logo após o recesso parlamentar. "Sim, claro. Até porque, eu sempre digo, a gente precisa dar uma resposta à sociedade. Não pode continuar da forma que está, como se não houvesse nada. Nós vamos tomar uma providência. Esse é o papel que eu sempre cobro, mas é claro que eu tenho limitações como presidente. Eu não posso obrigar um deputado a fazer o trabalho que ele deve", ponderou.

Eleições – Marido da candidata a prefeita de Campo Formoso, Denise Menezes (PSD), Adolfo ainda minimizou o fato de o ministro-chefe da Casa Civil Rui Costa anunciar que estará "ativo" na campanha da cidade do norte baiano, mesmo após assumir que ficará ausente em Salvador. Na festa do 2 de Julho, o petista declarou à imprensa que não teria "tempo" para estar ao lado do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) na corrida pelo Palácio Thomé de Souza. 

"É claro que sempre vai dar ciúme, porque todo mundo quer a presença do governador, quer a presença de [Jaques] Wagner, quer a presença do ministro Rui Costa, de Otto Alencar... da cúpula aqui da Bahia, mas infelizmente é impossível o governador estar presente em tudo. Então, ele tem que priorizar algumas cidades e, graças a Deus, Campo Formoso foi prioridade e estava lá a cúpula do governo inteira. O ministro Rui Costa, braço direito do presidente Lula, não pode estar presente. Estava previsto, mas de última hora o presidente Lula lhe requisitou. Claro que ele não ia trocar o presidente Lula pelo Adolfo, mas ele mandou um vídeo muito bom", disse o deputado, ao evitar entrar em rota de colisão sobre a questão da capital: "Não me bote em problema. Isso aí eu não ouvi (risos)".

Em relação à eleição de 2026, Adolfo Menezes reafirmou que "sonha" com uma vaga no Congresso, mas admitiu que há "muita gente na fila" da chapa majoritária: "Senado é melhor que o céu, porque não precisa morrer para ir". O presidente da Assembleia descartou concorrer a uma cadeira na Câmara Federal.

Confira a entrevista na íntegra:

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