Defesa diz que policiais penais tiveram 'atuação mais enérgica' no presídio de Brumado; entenda

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Osvaldo Barreto

Polícia

01 de agosto de 2024 às 08h32

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Foto:  Seap / Divulgação

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O advogado de defesa dos policiais penais Jamerson Evangelista dos Santos, Jaime Ferreira Santos Júnior e Paulo Sérgio Brito da Silva, apontados como participantes de atos de torturas contra um detento no Conjunto Penal de Brumado, no interior da Bahia, emitiu nota à imprensa em que informa que recebeu com surpresa a informação de oferecimento da denúncia do Ministério Público à justiça contra seus clientes.

De acordo com o advogado Lucas Cavalcanti, no dia do fato, o preso apresentou "comportamento agressivo, extremamente indevido e perigoso a exigir intervenção dos policiais penais para evitar motim e trazer de volta a paz no ambiente carcerário". Ainda segundo a nota, mesmo após a abordagem, o preso continuou a incitar a massa carcerária "com gritos provocativos utilizados por facções criminosas que se valem de códigos, fato que exigiu uma atuação mais enérgica dos policiais penais, inclusive com uso moderado e proporcional da força".

O caso

O Ministério Público estadual denunciou à Justiça, na última terça-feira (30), o ex-diretor do Conjunto Penal de Brumado, capitão PM Cláudio José Delmondes Danda, a diretora adjunta Carol Souza Amorim e mais quatro servidores públicos envolvidos em episódio de tortura dentro da unidade.

Os servidores teriam atingido o preso com um disparo de bala de borracha na perna e spray de gengibre no rosto, além de terem aplicado golpes com chutes, cotoveladas e pontapés.

O MP ressaltou que, mesmo ferido, o interno só recebeu atendimento médico no dia posterior ao fato e foi submetido a exame médico legal em 5 de fevereiro de 2024, após requisição do Ministério Público.

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