Com danos na infraestrutura e risco de desabamento, o Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia (Ufba) foi fechado. A informação foi divulgada pela Reitoria da universidade.
O equipamento, que completou 65 anos no último sábado (10), está com problemas envolvendo instalações elétricas e telhados, que ameaçam a segurança do local e de seu patrimônio artístico.
"Forma de prevenção de uma catástrofe semelhante à do incêndio no Museu Nacional, vinculado à UFRJ, que ocasionou perdas imensuráveis e irreparáveis ao patrimônio histórico do país", o reitor Paulo Miguez.
A decisão foi chancelada pelo Conselho de Ensino Superior, no último dia 30. O levantamento técnico apontou que a cobertura apresenta riscos pontuais de desabamento e fissuras de ordem estrutural. Já a infraestrutura predial oferece risco para o imóvel e o acervo. Segundo a reitoria, não há verba para o custeio da recuperação do museu.
Segundo o levantamento técnico realizado pela Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sumai) da UFBA e da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), é necessário um aporte em torno de R$ 7 milhões para a recuperação total, sendo R$ 3 milhões para a reforma completa do telhado e R$ 1,5 milhão para a renovação total do sistema elétrico. A obra terá apoio do governo e da prefeitura.
Reconhecido como patrimônio nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) desde 1938 e declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1985, a sede do Museu de Arte Sacra abriga a maior coleção de arte sacra barroca da América Latina. No local, encontra-se a Igreja de Santa Teresa D' Ávila, com traçado fortemente renascentista. Entre pinturas, azulejaria, ourivesarias, mobiliários, destaca-se também sua localização privilegiada, com uma bela vista para a Baía de Todos os Santos.
