Kiki Bispo chama de 'ilusão' proposta de tarifa zero: 'Muita demagogia, muito desconhecimento ou muito despreparo'

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Evilásio Júnior

Blog do Vila

14 de agosto de 2024 às 06h00

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Líder do governo do prefeito Bruno Reis (União Brasil) na Câmara de Salvador, o vereador Kiki Bispo (também do UB) classificou como "eleitoreira" a proposta de "tarifa zero" no transporte público municipal. 

Embora haja um projeto de lei de autoria de Hélio Ferreira (PCdoB) em tramitação na Casa, a proposta ganhou visibilidade após ser incluída como uma das principais plataformas de campanha do candidato do PSOL ao Palácio Thomé de Souza, Kléber Rosa. Para o chefe da maioria, no entanto, a medida é inviável.

"Muita demagogia, muito desconhecimento ou muito despreparo. O candidato Kléber Rosa foi até bem no debate, mas parece que esse foi o ponto negativo, porque as pessoas precisam tratar as coisas com seriedade, como de fato elas merecem. Uma tarifa zero, quem vai subsidiar isso? A prefeitura não tem condições. Se ele fosse prefeito, que condições ele teria para subsidiar um transporte extremamente caro? É uma discussão que a gente precisa tratar o eleitor com muita responsabilidade. Você vender uma ilusão de que vai dar tarifa zero... Perceba que os donos de empresas não estão suportando nem as gratuidades. [...] Falar em tarifa zero, me mostre os números, me mostre os dados e desnude o orçamento para que as pessoas possam conhecer", provocou o edil, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.

Apesar de concordar que há falhas da prefeitura no controle da operação do serviço, o vereador também apontou responsabilidade para o governo do Estado que, em sua opinião, deveria ajudar a subsidiar os custos.

"O subsídio de R$ 200 milhões que foi aprovado ano passado na Câmara já vai possibilitar uma renovação muito significativa da frota, mas o sistema hoje está praticamente falido. Precisa ter muito diálogo e o governo precisa sentar e dar transparência. Hoje, com a integração, 65% [da arrecadação das passagens] vai para o metrô e 35% para um sistema que está em falência", afirmou Kiki.

Além das reduções de linhas, aumento de valores de peças e combustível, o líder governista citou um benefício concedido pela prefeitura aos passageiros como um dos fatores determinantes para o colapso das empresas de transporte.

"Um dos motivos que levaram a parte da falência do sistema foi o [programa] 'Domingo é Meia', que ACM Neto implantou no início do governo dele. Esse fato de ter a metade da tarifa, sem ter o subsídio por parte da prefeitura, levou a um prejuízo muito grande para as empresas", avaliou.

Confira a entrevista na íntegra: 

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