O samba é patrimônio e legado importante na família de Taian Paim. Cantor, compositor e músico, ele é neto do mestre Riachão e idealizador do “Suco de Bahia”, festa que chega neste sábado (24), a sua quinta edição, mais uma vez reverenciando o samba e fazendo uma homenagem a outro grande ícone da Bahia, Clarindo Silva. A festa acontece na Cantina da Lua, às 21h, e terá abertura do seresteiro J. Alves e participação especial do sambista Yvees. Os ingressos estão à venda pelo Sympla e custam R$ 40.
Com o samba como guia e Taian Paim como anfitrião da roda, o “Suco de Bahia” passeia também por ritmos como arrocha, pagode e seresta, trazendo à cena o “puro suco” da música popular da Bahia em suas mais diversas vertentes. Intimista, diversa e dançante, a festa realizou quatro edições que, não por acaso, tiveram a Cantina da Lua como casa.
“Queríamos um espaço acolhedor, que tivesse significado e propósito para nós. A Cantina da Lua veio muito pela relação que tenho com Seu Clarindo, meu avô de consideração e um dos melhores amigos de meu avô Riachão. Realizar o Suco ali tem sido também um movimento de resgate desse espaço que é historicamente tão importante para o Centro Histórico e para a cultura da nossa cidade. Uma iniciativa de apresentar esse legado para os mais jovens, fortalecendo a sua relevância, e tem dado muito certo”, explica Taian Paim.
Samba à vontade
A quinta edição do “Suco de Bahia” mantém a máxima que faz a festa se consolidar a cada edição como um sucesso de público: a descontração. “É um ambiente de resenha, de abraços, de dança, de suor, de respeito a todas as pessoas, pra curtir sem preocupação, pra dançar de forma livre. E é isso que nos diferencia dos outros eventos que têm rolado na cidade”, destaca.
Neste sábado, especialmente, a festa traz uma homenagem a Clarindo Silva, que aos 82 anos é uma figura icônica da Bahia, jornalista influente, agitador cultural e dono da Cantina da Lua. A homenagem destaca a importância de Clarindo na preservação e promoção da cultura baiana, celebrando a continuidade do seu legado cultural. A noite contará com abertura do seresteiro J. Alves e participação especial do sambista Yvees Santana.
Taian Paim
Cantor, compositor e multiinstrumentista, Taian Paim teve os primeiros contatos com a música através do violão, aos seis anos, e aos 12 já tocava profissionalmente em bandas de pagode e axé de Salvador. Do avô, o mestre Riachão, traz as primeiras memórias no samba, gênero em que agora trilha a sua carreira profissional na música. “Fui morar com meus avós muito cedo e muito do que aprendi veio da convivência com meu avô. Eu acho que eu sou porque ele foi. O samba salvou nossa vida. A minha construção foi sempre ouvindo os mais velhos, observando meu avô nos processos de composição, entendendo que o samba é resistência e afirma toda essa inspiração poética da diáspora”, lembra Taian.
