Agentes penais presos em Salvador cobravam de R$20 a R$70 para liberar detentos à noite e fins de semana

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Polícia

20 de setembro de 2024 às 10h55

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Quatro agentes penais foram presos preventivamente, na manhã desta sexta-feira (20), por crimes de corrupção e associação criminosa, durante a deflagração da ‘Operação Falta Grave’, em Salvador. 

Segundo investigações do Ministério Público da Bahia (MPBA), realizadas pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e Grupo de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep), os servidores são lotados na Casa do Albergado e Egresso (CAE) em Salvador (três em atividade e um recentemente aposentado) e, de forma contínua e sistêmica, vinham há anos cobrando valores dos internos da CAE para viabilizar o pernoite ou fins de semana fora da unidade penal. Eles foram denunciados pelo MPBA. O processo corre sob sigilo. 

Segundo a denúncia, os agentes recebiam vantagens que variavam entre R$ 20 e R$ 70 o dia, podendo aumentar em caso de fins de semana, feriados ou dias seguidos. Foi apurado que os servidores burlavam os registros de presença dos internos, por meio de assinaturas retroativas dos detentos no livro de presenças em relação ao período em que, na verdade, eles estavam fora da unidade. 

O MPBA apurou que a prática criminosa está arraigada no Sistema Penal, uma vez que os presos do regime fechado e semiaberto em Salvador tinham total conhecimento do esquema e, ao progredirem de regime, procuravam os agentes penais corruptos para se beneficiar.

A operação foi deflagrada pelo MP, com apoio da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), por meio do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (Geop), e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) na Bahia

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