O cantor Gusttavo Lima, que teve a prisão decretada pela Justiça nesta segunda-feira (23), teria supostamente contribuído para a fuga dos paraibanos André Rocha e Aislla Rocha, foragidos desde o início da Operação Integration. De acordo com a decisão da juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, a aeronave que transportou o artista em uma viagem de volta da Grécia pode ter facilitado a saída do casal do país, reforçando as suspeitas sobre o envolvimento do sertanejo no esquema de lavagem de dinheiro investigado pela operação.
Conforme apontado pela magistrada, a aeronave que transportou Gusttavo Lima, em uma viagem de volta da Grécia, pode ter desempenhado papel fundamental na fuga do casal. O trajeto realizado pela aeronave seguiu a rota Goiânia – Atenas – Kavala na ida, e Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia no retorno. Há indícios de que os investigados tenham desembarcado em um dos destinos internacionais, dificultando sua captura. "Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa", destacou a juíza, sugerindo que Lima possa ter agido com conivência.
O casal André e Aislla Rocha, donos do site de apostas "Vai de Bet", estão foragidos desde o início da Operação Integration, que tem como foco a lavagem de dinheiro por meio de plataformas de apostas. A conexão com Gusttavo Lima levanta novas suspeitas sobre o envolvimento do cantor no esquema, que, segundo as autoridades, compromete a integridade do sistema judicial e alimenta a impunidade.
A apreensão de um suposto avião do artista em 4 de setembro já havia chamado atenção para sua possível relação dele com os crimes investigados, embora o cantor tenha se defendido nas redes sociais, afirmando que a aeronave já havia sido vendida no ano anterior.
A Operação Integration já resultou na prisão de figuras conhecidas, como a influenciadora Deolane Bezerra.
