Botulismo na Bahia: "É uma toxina altamente letal", alerta o infectologista Antonio Bandeira

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Saúde

26 de setembro de 2024 às 16h22

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Em entrevista concedida ao programa Toda Hora, na Salvador FM, na tarde desta quinta-feira (26), o médico infectologista Antonio Carlos Bandeira fez alertas para os cuidados que se deve ter para evitar o botulismo, doença que já deixou dois óbitos na Bahia neste ano de 2024. Conforme relatório da Vigilância Epidemiológica do estado, até esta quarta-feira (25), seis casos já foram confirmados na Bahia, sendo duas mortes, um paciente com alta e três que permanecem hospitalizados. Em 2023, foram registrados dois casos confirmados.

"O botulismo é uma doença grave, ela tem a ver com uma bactéria, mas não é a bactéria que causa o problema, é a toxina que ela produz. Essa toxina afeta o sistema nervoso central e pode levar a quadros graves de paralisia, insuficiência respiratória e até a morte. Essa toxina é altamente letal. É uma mortalidade muito alta", frisou Bandeira. 

O médico especialista explicou que a bactéria pode ser adquirida de duas formas: através da ingestão de alimentos contaminados ou por ferimentos em contato com superfície que contenha essa bactéria. Na maior parte dos casos, a contaminação ocorre através dos alimentos e não é transmissível de uma pessoa para outra.

"Todo alimento que é muito processado e que precisa ser enlatado ou colocado dentro de uma conserva, gera situação favorável à bactéria, que é a clostridium botulinum. É uma bactéria que não gosta de oxigênio. Se for ao mercado e encontrar uma lata estufada, jamais pegue essa, porque provavelmente está sendo produzido gás ali dentro. Esse gás não é oxigênio, é gás de bactérias que não gostam de oxigênio chamadas anaeróbicas. Por isso a indústria alimentícia coloca grandes quantidades de conservantes, para não ter o crescimento desse tipo de bactérias. Em qualquer tipo de enlatado desse, se ao abrir sair gás, não coma, jogue no lixo", alertou. 

O médico Antonio Bandeira também apontou que os sintomas começam a aparecer entre 12 e 36 horas após a ingestão de um produto contaminado. Entre os sintomas, estão paralisia da musculatura facial, dificuldade para engolir ou respirar, visão turva, dor de cabeça, dentre outros. 

Assista ao programa e confira a entrevista com o médico infectologista Antonio Bandeira:

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