Moro converte prisão de Palocci em preventiva, por tempo indeterminado

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Política

01 de outubro de 2016 às 06h30

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Antonio Palocci é escoltado por policiais federais enquanto deixa o Instituto de Ciência Forense em Curitiba (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

Policci está preso na carceragem da PF em Curitiba (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

 

O juiz federal Sérgio Moro converteu as prisões temporárias do ex-ministro Antônio Palocci e do ex-assessor dele Branislav Kontic, presos na 35ª fase da Operação Lava Jato, em preventivas. A prisão temporária de ambos venceu nesta sexta-feira (30) e diante desta decisão não há prazo para que deixem a prisão.

Moro não aceitou o argumento da defesa de que em período eleitoral não é possível fazer prisão preventiva. "Ocorre que os investigados Antônio Palocci Filho e Branislav Kontic já estão presos desde 26/09/2016. A decretação da preventiva na presente data apenas alterará o título prisional, sem alteração da situação de fato", explicou o juiz federal.

A defesa de Palocci lastimou a decisão, classificada por ela própria como "arbitrária", e disse que a conversão em prisão preventiva foi feita com base em "especulações sem qualquer argumento".

Os três que tiveram a prisão convertida estão detidos na carceragem da PF. De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, eles são suspeitos de agir em favor da empresa Odebrecht junto ao governo federal.

A decisão de Moro seguiu a linha dos pedidos da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

Moro argumentou que, se forem soltos, os investigados podem usar recursos ilíticitos para fugir do país. Ele destacou também que, segundo o MPF, computadores foram retirados da empresa de Palocci, o que indicaria tentativa de ocultar provas.

“Ademais, considerando a causa das prisões preventivas, entre elas a prova, em cognição sumária, de que os investigados Antônio Palocci Filho e Branislav Kontic teriam intermediado o pagamento subreptício de milhões de dólares e de reais para campanhas eleitorais, inclusive para o pagamento de publicitários em conta secreta no exterior, o propósito da lei, de evitar interferência indevida nas eleições e proteger a sua integridade, parece ser mais bem servido com a prisão cautelar do que com a liberdade dos investigados", disse Moro no despacho.

(G1) (AF)

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