UPA de Escada fecha e encerra cerca de sete mil atendimentos ao mês

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Saúde

26 de dezembro de 2016 às 08h04

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A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h que funciona no bairro de Escada, subúrbio ferroviário de Salvador, vai encerrar as atividades de forma definitiva a partir de quarta-feira (28) e, com isso, suspender aproximadamente sete mil atendimentos mensais à população através do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), que custeia as operações de saúde no local - com repasse de verbas a uma empresa privada. A decisão segue uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

De acordo com o TCE, apontou a Sesab, a forma de contrato entre o governo e a empresa Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar foi considerada "irregular" e, por isso, não haverá continuidade. Segundo a secretaria, o contrato de "credenciamento" com a Pró-Saúde é baseado em prestação de serviços, sem processo licitatório.

O prédio onde a UPA de Escada segue funcionando somente até terça-feira (27) não pertence à gestão estadual. É de propriedade particular.

Com o fechamento da unidade do subúrbio, o Governo do Estado permanecerá à frente de apenas uma UPA na capital baiana. A unidade está localizada no bairro do Cabula, em frente ao Hospital Roberto Santos, em imóvel pertencente à gestão estadual e administrada por empresa terceirizada, contratada por meio de licitação.

De acordo com a Sesab, o repasse mensal de verbas à Pró-Saúde para o funcionamento da UPA de Escada era de aproximadamente R$ 1,4 milhão mensais. Com a finalização do contrato, o governo aponta que o recurso será direcionado para o tratamento de alta complexidade em outras unidades.

Leia abaixo, na íntegra, o comunicado da Sesab sobre o assunto enviado à imprensa:

Por recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e em virtude da inexistência de instrumentos legais que permitam a continuidade do contrato, os serviços da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Escada, em Salvador, serão suspensos a partir do dia 28 de dezembro de 2016.

Esta é a única UPA privada do país, sendo que esta condição atípica impediu as adequações jurídicas e contratuais necessárias à continuidade contrato.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) esclarece que não haverá desassistência, visto que a região dispõe de atendimento de urgência e emergência na UPA de Periperi e nos hospitais João Batista Caribé, que é voltado para o atendimento à mulher, e Subúrbio, este indicado para os casos mais graves. Além disso, existem leitos de retaguarda no Hospital Alayde Costa".

(G1) (AF)

NOTA DA REDAÇÃO 

O secretário de Saúde do Estado,  Fábio Villas Boas, está usando como massa de manobra a decisão do Tribunal de Contas do Estado que indicou irregularidades na contratação da empresa Pró-Saúde para operar a UPA de Escada, com irregularidades.

Prova disso  é a nota oficial distribuida pela Secretaria de Saúde do Estado indicando outros postos para que a população seja atendida, inclusive UPA de Periperi, operada pela prefeitura, além de hospitais da rede estadual.

São sete mil pessoas deixarão de ser atendidas, mas isso não importa  para o secretário Fábio Villas Boas, porque é fácil encaminhar essas pessoas para outras unidades superlotadas.

Por Alberval Figueiredo

Jornalista

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