Dona de hotel de luxo em Morro é acusada de cobrar propina a empresários em SP

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Política

21 de outubro de 2015 às 09h11

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Informações publicadas pelo jornal Folha dão conta de que a empresária baiana, Vera Regina Lellis Ribeiro, fiscal do Estado de São Paulo, está sendo acusada de cobrar propina de empresários para reduzir a cobrança de ICMS (Impostos cobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e barrar multas por sonegação.

Vera Regina é dona do hotel de luxo Villa dos Corais, localizada em Morro de São Paulo - badalada praia da Bahia - com 40 apartamentos espalhados numa área equivalente a dois campos oficiais de futebol. Além do hotel, a empresária acumula em seu patrimônio, casa de alto padrão no Morumbi e flats ao lado do aeroporto de Congonhas.

Informações do Folha asseguram ainda que a empresária baiana que já negociou ao menos 18 imóveis, juntamente com outros 11 fiscais da Secretaria da Fazenda do governo paulista, foi denunciada pela Promotoria sob a acusação de cobrar propina de empresários para reduzir a cobrança de ICMS (Impostos cobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e barrar multas por sonegação. 11 desses fiscais compraram ou venderam em seus nomes pelo menos 143 imóveis que, juntos, valem cerca de R$ 62 milhões.

Como fiscal do estado de São Paulo, onde atua há quase três décadas, Vera Regina recebeu neste mês um salário de R$ 24 mil. A soma de propriedades negociadas por ela chega a R$ 17,1 milhões –sendo que 13 dos 18 imóveis, apenas nos últimos 15 anos.
 
Segundo a publicação, nesta semana, em plena segunda-feira (19), era grande o entra e sai de hóspedes que aproveitavam a brisa do mar numa das 42 espreguiçadeiras ou tomavam coquetéis de frutas dentro da piscina ouvindo música sertaneja.
 
Mesmo em nome de Vera Regina, a pousada é tocada por seu marido Rogério Sasso, auditor fiscal da Receita Federal que responde a processo sob a acusação de cobrança de propina e lavagem de dinheiro. Ele foi flagrado em uma operação da Polícia Federal batizada de Paraíso Fiscal, em 2011.
 
À época, a investigação apontou que Sasso e Vera Regina "ocultaram a origem criminosa de valores produtos de corrupção e advocacia administrativa por meio de investimento nos empreendimentos imobiliários e hoteleiros". Ambos negam. Moradores de Morro de São Paulo e funcionários da pousada se referem a Sasso como dono do empreendimento.
 
Um funcionário que trabalha na pousada há quatro anos afirma que viu só três vezes "o chefe", classificado como homem rigoroso e atento ao funcionamento do negócio. Já Vera Regina não costuma aparecer na região. Além da Villa dos Corais, a família paulista é sócia de outras duas pousadas em Morro de São Paulo: a Villa das Pedras e a Villa dos Grafittis. A primeira está em nome de Rogério Sasso e cobra diárias entre R$ 590 e R$ 825 no verão. A segunda é do filho de Rogério, Leandro Sasso, com diárias a R$ 410.
 
A defesa da fiscal Vera Regina Lellis Vieira Ribeiro disse à reportagem que todos os bens dela têm origem lícita. Em nota, os advogados da fiscal sustentam que "os fatos tratados na denúncia [da Promotoria] em questão não têm qualquer relação com o seu patrimônio [de Vera]".

(Foto: Reprodução)

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