Repelentes estão em falta nas prateleiras de Salvador após surto de microcefalia

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Salvador

15 de dezembro de 2015 às 10h42

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A demanda pela compra de repelentes aumentou em todas as capitais brasileiras com o surto de Zika Vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti. A preocupação cresceu após a descoberta de que a doença por causar microcefalia em fetos de mulheres grávidas. Em Salvador, grande parte das farmácias estão sem o produto no estoque.

A capital baiana foi a cidade que registrou o maior número de ocorrências da microcefalia em recém-nascidos. Dos 86 casos registrados até o último dia 3 de dezembro pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde da Bahia, 53 deles ocorreram em Salvador. Este número segue o padrão estabelecido pelo Ministério da Saúde, no qual considera microcéfalos os bebês com perímetro encefálico igual ou inferior a 32 centímetros. Em todo o Brasil são 1771 casos suspeitos em 14 estados.

Nesta segunda-feira (14), a equipe do Varela Notícias percorreu diversas farmácias em Salvador em vários bairros (Pituba, Stella Maris, Amaralina, Costa Azul e Cabula, entre outros) e quase não encontrou repelentes recomendáveis para mulheres grávidas e nem para outros tipos de consumidores. “Em qualquer farmácia que você entrar eles pegam o seu nome e dizem que vão avisar quando chegar”, afirma um dos consumidores.

 Os donos dos estabelecimentos estão criando, inclusive, métodos próprios para não deixar os consumidores na mão. “Aqui a gente fez uma lista com o nome dos consumidores e assim que o produto chegar, nós ligamos para eles. Assim, se você quiser o repelente, você precisa esperar ele chegar”, disse ao VN a funcionária de uma farmácia localizada no Rio Vermelho.

Em outra do mesmo bairro, a farmacêutica citou a alta procura nos últimos dias. “Esse surto de microcefalia fez com que todo mundo comprasse para estocar em casa, com medo de faltar, por isso não temos nenhum produto no momento”, falou. Já a funcionária de outra farmácia, da Pituba, explicou que a industria também está encontrando dificuldades para enviar os repelentes. “Está demorando para chegar e quando chega, chegam pouquíssimos. Acaba na mesma hora”, justificou.

Recomendações
Não é recomendável que se use todo e qualquer tipo de repelentes, pois cada produto tem o seu período de ação. É preciso que as pessoas se orientem com o médico. As grávidas, devem consultar um especialista para que ele possa indicar o tipo de repelente a ser usado. O mesmo poderá fazer o acompanhamento do pré-natal, onde a gestante receberá todas as instruções necessárias sobre os riscos da doença (microcefalia) nos bebês, além da prevenção através de exames.

De acordo com o obstetra Dr. José Carlos Gaspar, do Hospital Aliança, além do repelente, as mulheres grávidas precisam usar todas as armas disponíveis contra a picada do inseto. “É preciso usar o repelente na roupa e nas áreas expostas, principalmente nas extremidades. O ideal é que a mulher use calça e sapato. Quando for passar o produto no rosto, a mulher precisa passar o produto nas mãos e tomar cuidado para não aplicar na boca e olhos”, afirma o médico ao Varela Notícias.

Apesar de já existirem produtos voltados para bebês, muitos médicos também não recomendam que se use o produto em crianças com menos de dois anos. Se realmente for necessário o uso do produto nesta faixa etária, somente o pediatra poderá receitar o repelente adequado. O ideal é fazer proteção física, com o uso de roupas e mosquiteiros.

Repelentes Recomendados

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informa que os repelentes aprovados possuem três princípios ativos para serem vendidos no Brasil:

1º princípio – Repelente a base de Ethyl butylacetylaminopropionate (ebaaf), seguro para as gestantes e indicado para crianças de 6 meses a 2 anos (com autorização pediátrica).

2º princípio – (DEET) – Dietiltoluamida, considerado seguro para gestantes. Só pode ser usado em crianças acima de 2 anos até os 12 anos (usar só 10% do produto). Os especialistas recomendam usar três vezes ao dia. Em adultos, pode ser usado 15%.

3º princípio – ICARIDIM, tem longa duração e é a base de dietiltoluanda. O produto EXPOSIS são os mais procurados pelos adultos e gestantes, com duração de 10 horas. Crianças a partir de 2 anos podem usar.

Como usar

Além de observar as instruções de uso do fabricante, a Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda também os seguintes cuidados ao se fazer uso dos repelentes:

– evitar aplicação nas mãos das crianças;

– aplicar na pele por cima das roupas, nunca por baixo;

– o repelente deve ser aplicado 15 minutos após o uso de filtros solares, maquiagem e hidratante;

– não aplicar o produto próximo aos olhos, nariz ou boca e genitais;

– sempre lavar as mãos após aplicar o produto;

– usar o produto no máximo três vezes ao dia;

– em caso de suspeita de qualquer reação adversa ou intoxicação, lavar a área exposta e, se necessário, procurar o serviço médico e levar a embalagem do repelente.

Foto: Reprodução

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