Roberto Dias afirma a PF que foi incriminado por vingança

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Política

04 de agosto de 2021 às 11h07

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Foto: Anderson Riedel/Presidência da República

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O ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, alegou à Polícia Federal que suspeita que tenha sido incriminado por contrariar os interesses de outros agentes do Ministério da Saúde. Dias foi citado por suspeita de pagamento de propina na compra do imunizante indiano Covaxin.

De acordo com o portal Metrópoles, ao ser perguntado pelo delegado da PF, se ele se sentia vítima de uma vingança, Roberto Dias disse que: "É o que parece". Ele, então, dá a entender que o irmão do deputado Miranda, o servidor do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda, inventou acusações contra ele. “Quando ele fala que não assinou uma invoice (nota fiscal ou fatura), isso não existe. Você pede para abrir licença de importação, a tarefa dele é conferir se o que está sendo faturado está de acordo com o contrato”, afirmou Dias.

O ex-ministro do governo Bolsonaro detalha os procedimentos técnicos que levaram à celebração do contrato para compra do imunizante. Dias deu a entender que um dos envolvidos no suposto esquema que ele teria contrariado seria o deputado federal Luís Miranda (DEM).

“Fui tragado para dentro desse processo diante de uma acusação sem pé nem cabeça, de uma suposta pressão vinda de um deputado, que também não sei qual relação tem com isso. Me faz sentir, me faz gerar um sentimento de que eu atrapalhei alguma coisa e que agora estaria sendo vítima de uma possível retaliação. Não sei se é isso, as investigações vão esclarecer, mas soa muito estranho que 90 ou 100 dias depois, acusações tão vazias e sem materialidade sejam colocadas num palco político, numa seara política, onde você tem pouco poder de voz”, disse em depoimento.

Dias relatou também que a importação da Covaxin veio através de um despacho enviado por Élcio Franco, então secretário-executivo do Ministério da Saúde. O documento ordenava que fosse lavrado em caráter de urgência, o ato contratual com o laboratório indiano, no valor de US$ 300 milhões.

Segundo o depoente, o documento dizia que a pesquisa de preço caberia à área técnica envolvida, o Departamento de Imunizantes.

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