CPI: documento denuncia ação de Bolsonaro e Braga Netto para esvaziar Saúde na gestão Mandetta

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Política

07 de agosto de 2021 às 13h05

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O então ministro da Casa Civil, Braga Netto, por ordem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), enquadrou o Ministério da Saúde e impôs que todas as declarações sobre a pandemia da Covid-19 fossem feitas dentro do Palácio do Planalto. O general ainda colocou que qualquer nota à imprensa deveria antes de ser divulgada, passar pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, visando "unificação da narrativa”.

A ordem de 23 de março de 2020 está registrada em documentos entregues pela Casa Civil à CPI da Covid no Senado. Na época, o ofício tinha como destinatário o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Antes da mudança, a pasta fazia atualizações diárias sobre a crise com membros da cúpula da Saúde, que também passavam direcionamentos para o combate do vírus. Nas falas, a equipe de Mandetta, pontuava o evitamento de aglomerações e alertava para uma crise grave.

A medida de Braga Netto foi um dos movimentos mais agressivos por parte do Planalto durante o período pandêmico. Bolsonaro desde o início da crise sanitária, ignorava os riscos da Covid-19, infringindo diversas orientações, como a prática de aglomerações, prática recorrente do presidente com seus apoiadores.

A ordem foi cumprida em 30 de março, momento em que o Ministério da Saúde registrava 34 óbitos por coronavírus. Neste dia, o Palácio do Planalto convocou a imprensa para discursos dos ministros sobre a pandemia. Minimizando o comportamento de Bolsonaro, na época, Braga Netto negou que o presidente iria demitir o comandante da Saúde.

Mandetta afirma que “o clima já era azedo” quando o general impôs a ordem sob a pasta. Segundo ele, Braga Netto teria lhe pedido para não participar mais das declarações dadas à imprensa naquele momento. “Eles queriam se despersonalizar. Mas quando você tem uma emergência sanitária, o ministro da Saúde é o coordenador. Eu estava exercendo o que mandava este papel”, pontuou.

Através de nota, a assessoria de Braga Netto afirmou que é papel da Casa Civil a coordenação de medidas interministeriais, e que ainda teria passado a mesma orientação a outras pastas. 

Após a saída de Mandetta, o Planalto intensificou a influência sobre as decisões do Ministério da Saúde. Ele também mudou o tom sobre a conduta de Bolsonaro e pontuou o desprezo do presidente pela ciência.

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