Monark minimiza nazismo e defende direito de ser "anti-judeu"

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Luiz Felipe Fernandez

Política

08 de fevereiro de 2022 às 14h16

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O apresentador Monark, 31, causou polêmica em episódio do Flow Podcast transmitido nesta segunda-feira (7), com a participação dos deputados federais Tábata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (DEM), ao relativizar o nazismo e defender o direito de que o movimento seja representado por um partido político.

Segundo Monark, que comanda o podcast de maior audiência no país, a "direita radical" deveria ter o mesmo espaço da "esquerda radical" dentro do debate político.

"A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter partido nazista reconhecido pela lei", opinou Monark, que no momento debatia o assunto com Kataguiri e Tábata.

A deputada prontamente discordou da fala do podcaster e disse que liberdade de expressão esbarra "quando coloca a vida o outro em risco", como no caso dos nazistas, que são contrários à "existência" dos judeus.

"A liberdade de de expressão termina quando coloca a vida do outro em risco. O nazismo é contra a população judaica e isso tudo coloca uma população inteira em risco", criticou.

Monark insiste e diz que é a favor de "liberar tudo" com base no direito à expressão, inclusive se ele for "antijudeu" e não gostar dos "ideais" defendidos pelos judeus.

Tábata rebateu e lembrou que o judaísmo não se limita a ideais e costumes, mas é uma "identidade, religião, raça", e que a sua existência não deveria ser questionada.

O posicionamento de Monark foi reprovado nas redes sociais e os patriconadores do Flow foram questionados pela associação à marca. A Flash, empresa de benefícios, já anunciou o fim da parceria com o podcast e classificou a fala como tentativa de "legitimação de discursos odiosos".

Diversas entidades judáicas no Brasil se manifestaram contra a fala de Monark, como a Confederação Israelita do Brasil, que emitiu uma nota de repúdio na tarde desta terça-feira (8).

"A CONIB (Confederação Israelita do Brasil) condena de forma veeemente a defesa da existência de um partido nazista no Brasil e o “direito de ser antijudeu”, feita pelo apresentador Monark, do Flow Podcast. O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera “inferiores”. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio no coração da Europa que matou 6 milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias. O discurso de ódio e a defesa do discurso de ódio trazem consequências terríveis para a humanidade, e o nazismo é sua maior evidência histórica", diz  a nota.

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