Facilitada por decretos de Bolsonaro, venda de munições para CACS dobrou

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Política

07 de março de 2022 às 07h46

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Em 2021, a venda de munições para CACs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores) dobrou em relação a 2020. Foram no total 61,3 milhões de unidades comercializadas, contra 28,5 milhões no ano anterior.

Com o afrouxamento das regras que limitam a compra de armas e munições, hoje qualquer um com o registro pode adquirir até 180 mil munições por ano.

O crescimento ocorre também em meio a atos e discursos de Bolsonaro desde a campanha de 2018. O presidente, sua família e vários de seus apoiadores são ferrenhos defensores do armamento da população.

Foi a primeira vez que a venda de munições para CACs pela primeira vez ultrapassou a venda para uso institucional, que chegou a 54,7 milhões. O crescimento dessa categoria, que envolve as forças policiais e as Forças Armadas, foi de 5% de 2020 para 2021.

Os dados inéditos do Exército Brasileiro foram obtidos via LAI (Lei de Acesso à Informação) pelo Instituto Sou da Paz. Eles mostram a evolução da venda de munições desde 2018.

Houve também aumento do número de registros e do arsenal bélico na mão dessa categoria. No total, há 795 mil armas registradas de CACs e 492 mil pessoas com registro ativo de CAC no Exército Brasileiro até novembro de 2021.

Com a justificativa de dar segurança jurídica à categoria, o PL 3.723/2019, do governo federal, pode beneficiar ainda mais esse público. Ele está sob a relatoria do senador Marcos do Val (Podemos-ES), que também é CAC, e ainda será votado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Ailton Patriota, coordenador técnico da CBTE (Confederação Brasileira de Tiro Esportivo), se diz favorável à flexibilização das normas sobre armas a atiradores desportivos, sobretudo ao aumento do número de equipamentos que podem ser adquiridos pelos CACs.

"Alguns atletas competem em várias modalidades e precisam de armas diferentes. Não acho que a quantidade de armas em circulação aumentaria a violência. O controle dessas armas é muito rígido", afirmou.

No entanto, ele diz discordar da permissão de transportar equipamentos prontos para uso, em qualquer horário e trajeto, para o local da prática de tiro.

"Se é um atleta, por que precisa andar armado?", indagou Patriota. "O que me preocupa é o aumento na quantidade de CACs, sem o aumento expressivo no número de atletas. É preciso uma cobrança maior."

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