Distante dos holofotes, Coronel minimiza ausência em palanque: "Não precisam de mim"

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Luiz Felipe Fernandez

Política

04 de abril de 2022 às 10h19

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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

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Ausente no lançamento da candidatura de Jerônimo Rodrigues ao Governo da Bahia, o senador Angelo Coronel (PSD) minimizou a sua ausência no palanque no evento ocorrido na semana passada, no Wet'n, em Salvador, com a participação do ex-presidente Lula.

Em conversa com o Portal Salvador FM nesta segunda-feira (4), o parlamentar afirmou que apesar dos 3,9 milhões de votos recebidos em 2018, não tem capacidade para ajudar o grupo.

"Eu não tenho voto, foi a base quem me elegeu. Não precisam de mim", despistou Coronel, que garante manter uma boa relação com a base de apoio ao governo de Rui Costa (PT) na Bahia.

Segundo Coronel, como este ano ele não será candidato, não precisa estar tão próximo da campanha.

"Como eu não sou candidato, não tem necessidade de estar em pé em palanque, até pela locomoção fica ruim. Mas não tem problema nenhum, não tem rusga com ninguém, está tudo tranquilo", garante.

O PSD integra a base do governo e vai ter o senador Otto Alencar como candidato à reeleição na chapa, que tem como vice o presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior (MDB). O PP, que formava junto com o PSD e o PT, o "teodolito", rompeu com o grupo e o vice-governador João Leão vai disputar o Senado pela chapa de ACM Neto (União Brasil).

Coronel elogiou o pré-candidato do PT, o ex-secretário de Educação Jerônimo Rodrigues, que classifica como "um dos melhores quadros" do partido no estado, com experiência na coordenação da campanha do próprio Rui Costa.

Do outro lado, o senador reconhece também a força do ex-prefeito ACM Neto, que teve uma boa avaliação da gestão em Salvador. A vitória, na visão de Coronel, deve ir para aquele que tiver o maior "poder de aglutinação".

APOSTA ALTA

Confiante com o seu trabalho nos bastidores, o senador projeta ainda que o PSD consiga um resultado robusto nesta eleição, elegendo até 9 deputados para a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e 7 para a Câmara Federal.

TERCEIRA VIA

Sobre uma possível aliança nacional do PT com o PSD, já no primeiro turno da eleição presidencial, Coronel ressalta que a articulação está sendo comandada pelo presidente da sigla, o ex-ministro Gilberto Kassab.

Pessoalmente, entretanto, o senador baiano defende uma candidatura própria. "Sou da tese de que time que não joga, não tem torcida", reflete.

Diferente dos Estados Unidos, onde a disputa política se concentra entre os republicanos e democratas, o Brasil tem na sua essência a pluralidade de ideias e partidos, e que é preciso dar à população este ano, uma opção entre os dois polos, representados por Lula e Bolsonaro.

"Tem que dar opção do povo de votar na esquerda, direita e no centro. É salutar no processo democrático, vários nomes. O jogo vai começar agora, com o fechamento das janela", prevê.
 

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