Pré-candidatos 'isentões' se afastam de Lula e Bolsonaro para evitar rejeição

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Política

09 de maio de 2022 às 08h01

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Com o objetivo de não atrair problema e perder votos, diversos pré-candidatos a Governo do Estado tentam se afastar de Lula e Bolsonaro nesta corrida eleitoral. Nomes como ACM Neto, ex-prefeito de Salvador, e governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e outros de Pernambuco, Piauí e Tocantins, adotam a estratégia de manter o palanque aberto e não apontar para nenhum nome no âmbito nacional.

A principal justificativa parece ser a alta rejeição dos dois favoritos na eleição, tanto o ex-presidente Lula (PT) quanto o atual, Jair Bolsonaro (PL). Costuras locais também se colocam como um obstáculo para os postulantes, como o caso do ex-prefeito ACM Neto, fechado com o PDT na Bahia e outras siglas com diferentes composições no país, como Podemos, Republicanos e Solidariedade.

Uma das possibilidades para Neto é apostar no voto "LulaNeto", admitindo que muitos podem votar no ex-prefeito e também no ex-presidente, apesar da diferença ideológica e partidária.

O deputado federal Paulo Azi e presidente do União Brasil na Bahia minimizou a neutralidade adotada e repetiu que ACM Neto vai governar com qualquer que seja o presidente escolhido pelos brasileiros.

"São diversos partidos com pré-candidatos à Presidência distintos, então a neutralidade acabou sendo uma imposição e também uma atitude em respeito a essas legendas [...] Já estamos procurando transmitir ao eleitor essa posição. Neto tem dito com clareza que vai estar preparado para governar com o presidente escolhido pela população brasileira", declarou.

O cenário se repete em outros estados, sobretudo no Nordeste, onde Lula tem maior popularidade que Bolsonaro. No Piauí, por exemplo, Sílvio Mendes (UB) é o candidato apoiado por Ciro Nogueira (PP), ministro da Casa Civil, mas avisou que não vai fazer campanha para o presidente e que ficará "distante" do pleito nacional.

Alinhado ao bolsonarismo, o governador Romeu Zema tem sido aconselhado por aliados a não se comprometer publicamente com o apoio a nenhum dos candidatos à presidência. As informações são do Globo.

Cientistas políticos, entretanto, não acreditam que a postura tem um fundamento mais profundo e que se baseia somente no cálculo político e eleitoral.

“Isentões” são pseudoneutros. Não têm nada de estratégia por princípio. Eles têm lado, mas preferem esconder. Num segundo turno contra um candidato apoiado pelo Lula, muitos teriam dificuldade de bancar de 'isentões', explicou o professor de ciência política da FGV, Cláudio Couto.

Pesquisador de campanhas eleitorais, o cientista político Carlos Melo contextualiza a situação política na Bahia pela perspectiva de uma direita popular que tem raízes no 'Carlismo'.

"ACM Neto é um herdeiro da tradição do 'Carlismo', que vem da antiga UDN, depois da Arena e PFL. É um movimento popular, mas é de direita. Embora o carlismo tenha raízes na Bahia, nos últimos anos o PT se tornou quase hegemônico no poder lá", afirma Melo.

"Já Zema foi resultado da onda bolsonarista de 2018. Como ele vira as costas para uma base que o elegeu e que representa no eleitorado cerca de 30%? Esse percentual do voto bolsonarista, porém, não o elege num segundo turno e ainda tem o risco da rejeição do Bolsonaro colar e ele quebrar a cara. Então, o melhor é ficar ‘neutro’", justificou.
 

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