Militante petista é assassinado por bolsonarista durante festa de aniversário e partido denuncia crime de ódio

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Política

10 de julho de 2022 às 13h27

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O militante petista Marcelo e candidato a vice-prefeito em Foz do Iguaçu nas eleições de 2020, Marcelo Arruda foi assassinado em Foz do Iguaçu, no Paraná, na madrugada deste domingo (10). O servidor chegou a ser levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. O guarda municial deixa esposa e quatro filhos.

Segundo a Polícia Civil, o homem atirador foi o policial Penal Federal Jorge Jose da Rocha Guaranho. Após ser atingido, Marcelo teria reagido e atirado no policial, que também morreu. O guarda municipal reagiu após ter sido ferido e atirou. "Pelo que a gente percebeu foi uma intolerância política", disse o secretário de Segurança Pública de Foz do Iguaçu, Marcos Antonio Jahnke. A PC investigará o caso.

Em nota, o Partido dos Trabalhadores (PT) lamentou a morte e afirmou que o crime aconteceu por crime de ódio por um bolsonarista. “Desde o começo do ano, quando lançou uma Campanha Nacional contra a Violência Política, o PT vem alertando a sociedade brasileira e as autoridades dos vários Poderes da República para a escalada de perseguição a parlamentares, filiados e filiadas, militantes de movimentos sociais e de outros partidos de esquerda e o crescimento da violência política no país”, diz a nota do partido.

Segundo o PT, Marcelo comemorava seu aniversário de 50 anos com familiares e amigos em uma festa na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, quando foi surpreendido. O texto afirma que, antes de cometer o crime, o suspeito teria interrompido a festa e ameaçado a mão armada, todos os presentes. “As últimas imagens de sua vida, gravadas no momento em que cantavam o parabéns, registram sua alegria de viver, seu entusiasmo com a militância, seu compromisso de vida com o PT e o presidente Lula”, afirmou.

O pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em uma publicação no Instaram, também lamentou a morte de Marcelo. "Filiado ao Partido dos Trabalhadores, sua festa de aniversário tinha como tema o PT e a esperança no futuro; com a alegria de um pai que acabou de ter mais uma filha. Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia ainda maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda. Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável. Pelos relatos que tenho, ele não ouviu os apelos de sua família para que seguisse com a sua vida. Precisamos de democracia, diálogo, tolerância e paz", escreveu o petista.

Jerônimo Rodrigues, pré-candidato ao Governo da Bahia também lamentou o episódio. “Nosso repúdio à intolerância e à violência política! Minha solidariedade aos familiares e amigos do companheiro Marcelo Arruda, do PT de Foz do Iguaçu, assassinado na sua festa de aniversário por um militante bolsonarista. Um episódio gravíssimo e inaceitável!”, lamentou.

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), também se pronunciou sobre o ocorrido e publicou fotos da vítima em sua festa de aniversário, onde ele aparece posando ao lado de decorações temáticas em homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao partido. “Um policial penal, bolsonarista, tentou invadir a festa com arma. Trocaram tiros. Ambos morreram. Uma tragédia fruto da intolerância dessa turma”, disse Gleisi.

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