Carnaval na Barra: 95% dos moradores ouvidos não querem que festa momesca deixe o bairro

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Luiza Nascimento e Rafaela Góis

Salvador

26 de julho de 2022 às 10h17

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Foto: Vagner Souza / Salvador FM

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Diante do impasse e das opiniões divergentes sobre a mudança de circuito do carnaval de 2023, o Conselho Municipal do Carnaval de Salvador (Comcar) reuniu-se, na manhã desta terça-feira (26), para discutir sobre a mudança. 

Contrários à mudança do circuito da Barra-Ondina (Dodô) para a orla da Boca do Rio, o representante do SOS Barra, Marco Schubeborn, destacou que uma decisão dessa não pode ser tomada sem a opinião pública, sem ouvir a população. “Estamos lutando para reunir o povo, porque o carnaval de Salvador é o carnaval do povo. Não pode retirar  uma festa do povo e privatizar. Você não tira uma tradição do lugar tradicional”, ressaltou ele. 

Ao todo, o representante do grupo pontuou que já foram recolhidas 5.500 mil assinaturas de moradores desfavoráveis à mudança do circuito. Segundo Marco, as assinaturas foram recolhidas presencialmente entre moradores dos bairros da Barra e da Ondina, além de comunidades do entorno e empresários. 

Além das assinaturas presenciais, estão sendo recolhidas assinaturas online que já contam com 3.300  apoiadores.  Para o representante, a alteração no circuito coloca em risco o carnaval. “É uma simbiose dos três circuitos juntos, não pode cortar um braço, colocar em outro lugar e esperar que os restos sobrevivam", disse Marco. 

Sobre os impactos da mudança no circuito, Marco Schubeborn destaca que não somente a Barra e a Ondina serão prejudicados, mas Salvador como um todo, pois é o maior carnaval do mundo, é a maior festa de rua do mundo. Ele ressalta também a alteração da festa do Réveillon como exemplo. “Já tentaram isso em outras festas, já fizeram isso com o ano novo, tiraram da barra e colocaram na boca do rio, não deu certo,foi  muito violento. A gente tem medo do carnaval como a gente conhece em Salvador acabar”, disse. 


 

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