O Instituto Butantan anunciou nesta quinta-feira (7) que est&aacute; desenvolvendo uma vacina contra o v&iacute;rus Zika, que pode causar microcefalia em beb&ecirc;s quando a infec&ccedil;&atilde;o ocorre&nbsp;durante a gesta&ccedil;&atilde;o. O imunizante &eacute; composto pelo v&iacute;rus inativado, plataforma classificada pelo instituto como ideal e mais segura para aplica&ccedil;&atilde;o em gestantes. &nbsp;

A expectativa &eacute; que os testes em animais tenham in&iacute;cio&nbsp;no segundo semestre de 2024. &ldquo;Os pesquisadores t&ecirc;m se dedicado ao estudo da vacina desde 2015, quando o Brasil enfrentou uma epidemia do v&iacute;rus&rdquo;, destacou o Butantan. Dados do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de mostram que, entre 2015 e 2022, o pa&iacute;s registrou quase 1,9 mil casos de microcefalia cong&ecirc;nita.&nbsp;

&ldquo;Estudos de prova de conceito feitos em animais, para avaliar a viabilidade do produto, j&aacute; mostraram que a vacina &eacute; capaz de gerar anticorpos neutralizantes contra o Zika. A pr&oacute;xima etapa, prevista para agosto de 2024, &eacute; fazer testes pr&eacute;-cl&iacute;nicos de seguran&ccedil;a para verificar a tolerabilidade e poss&iacute;veis rea&ccedil;&otilde;es adversas&rdquo;, destacou o Butantan.&nbsp;

&ldquo;Apesar de ainda estar em fase inicial, a expectativa em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; nova candidata a vacina &eacute; positiva. Ela utiliza t&eacute;cnicas cl&aacute;ssicas de produ&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de um adjuvante tradicional, o hidr&oacute;xido de alum&iacute;nio (composto respons&aacute;vel por potencializar a resposta e ajudar a mant&ecirc;-la a longo prazo). S&atilde;o m&eacute;todos conhecidos e considerados seguros pela comunidade cient&iacute;fica.&rdquo;&nbsp;

Vacina&nbsp;

De acordo com o instituto, o processo de produ&ccedil;&atilde;o do imunizante funciona da seguinte forma: as c&eacute;lulas s&atilde;o cultivadas em frascos, multiplicadas em biorreator e inoculadas com o v&iacute;rus; depois, o material &eacute; filtrado para eliminar contaminantes celulares. O passo seguinte &eacute; a inativa&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus, utilizando um reagente qu&iacute;mico cl&aacute;ssico e, depois, ocorre a purifica&ccedil;&atilde;o. Por fim, o v&iacute;rus inativado e purificado &eacute; concentrado e formulado. O produto final pode ser armazenado em refrigera&ccedil;&atilde;o comum &ndash; entre 2 graus Celsius (&deg;C) e 8&deg;C.&nbsp;

Para chegar a duas formula&ccedil;&otilde;es adequadas, foram testadas mais de 60 diferentes composi&ccedil;&otilde;es nos &uacute;ltimos anos. Neste momento, os pesquisadores trabalham na vers&atilde;o final, que ser&aacute; encaminhada para estudos pr&eacute;-cl&iacute;nicos. Com a formula&ccedil;&atilde;o estabelecida, o produto tem uma estabilidade de 100% por pelo menos quatro meses e atividade comprovada por at&eacute; oito meses. &nbsp;

&ldquo;A composi&ccedil;&atilde;o final envolve a adi&ccedil;&atilde;o do adjuvante antes do envasamento nos frascos de vacina, etapa que tende a melhorar ainda mais o perfil de estabilidade do produto&rdquo;, destacou o Butantan. &nbsp;

&ldquo;Vale ressaltar que, sem o v&iacute;rus em circula&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel fazer ensaios cl&iacute;nicos de efic&aacute;cia (fase 3) para avaliar se os vacinados ficam menos doentes do que os n&atilde;o vacinados &ndash; outro motivo para o estudo estar em est&aacute;gio inicial. Hoje, existem dois imunizantes contra o Zika de farmac&ecirc;uticas estrangeiras sendo estudados em pacientes, que se encontram nas fases 1 (de an&aacute;lise de seguran&ccedil;a) e 2 (de an&aacute;lise de imunogenicidade, ou seja, capacidade de induzir anticorpos) de ensaio cl&iacute;nico.&rdquo;&nbsp;

Microcefalia&nbsp;

A microcefalia &eacute; uma condi&ccedil;&atilde;o em que a cabe&ccedil;a do beb&ecirc; &eacute; muito menor do que o esperado, exigindo acompanhamento m&eacute;dico para toda a vida. As crian&ccedil;as podem apresentar convuls&otilde;es, atrasos no desenvolvimento, defici&ecirc;ncia intelectual, problemas motores e de equil&iacute;brio, dificuldade de se alimentar, perda auditiva e problemas de vis&atilde;o. Em quadros mais graves, a expectativa de vida pode variar de alguns meses at&eacute; 10 anos.&nbsp;

A principal forma de evitar a doen&ccedil;a &eacute; eliminar os criadouros do mosquito&nbsp;Aedes aegypti&nbsp;(transmissor do v&iacute;rus), ou seja, evitar ac&uacute;mulo de &aacute;gua parada em vasilhas, vasos de plantas e pneus velhos; instalar telas em janelas e portas; usar roupas compridas (cal&ccedil;as e blusas) ou aplicar repelente nas &aacute;reas do corpo expostas e dar prefer&ecirc;ncia a locais com telas de prote&ccedil;&atilde;o e mosquiteiros.

Covid-19&nbsp;

No Brasil, a epidemia do zika durou aproximadamente um ano, o que, segundo o Butantan, desacelerou o estudo. Os cientistas, entretanto, continuaram trabalhando nas etapas de produ&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus, inativa&ccedil;&atilde;o, an&aacute;lise de qualidade, purifica&ccedil;&atilde;o e formula&ccedil;&atilde;o. O trabalho seguiu at&eacute; 2020, quando todos os esfor&ccedil;os das equipes de virologia precisaram se voltar para a covid-19 e foi preciso pausar o projeto.&nbsp;

O Instituto Butantan exportou, pela primeira vez, doses da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/99843,primeiras-vacinas-contra-variola-dos-macacos-devem-chegar-em-setembro">vacina </a>trivalente contra Influenza para a Bol&iacute;via, Col&ocirc;mbia e Cuba. A venda de quase 5,4 milh&otilde;es de doses ocorreu por meio de edital da Organiza&ccedil;&atilde;o Pan-Americana de Sa&uacute;de (Opas). O n&uacute;mero representa um aumento de 484% em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s exporta&ccedil;&otilde;es do ano passado, informou a institui&ccedil;&atilde;o do governo paulista.

Para a Bol&iacute;via ser&atilde;o feitos dois envios, sendo que o primeiro ocorreu nesta segunda-feira (10). Os imunizantes para a Col&ocirc;mbia ser&atilde;o enviados ainda essa semana. As entregas internacionais tiveram in&iacute;cio no fim de mar&ccedil;o. Nicar&aacute;gua e Uruguai tamb&eacute;m foram contemplados neste edital.

Em 2021, a vacina contra a gripe do Butantan entrou para a lista de pr&eacute;-qualificadas da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS). A entrada nesse rol valida as boas pr&aacute;ticas do instituto brasileiro em rela&ccedil;&atilde;o aos processos de farmacologia, estudos cl&iacute;nicos, regula&ccedil;&atilde;o, produ&ccedil;&atilde;o e qualidade envolvidos na fabrica&ccedil;&atilde;o da vacina contra influenza.

Segundo o Butantan, a atual vacina &eacute; composta por dois v&iacute;rus influenza tipo A (H1N1 do subtipo Sidney e H2N3 do subtipo Darwin) e uma cepa do tipo B, da linhagem Victoria.

Mais 1,8 milh&atilde;o de doses da CoronaVac foram entregues hoje (3) ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de pelo Instituto Butantan. O imunizante integra o Programa Nacional de Imuniza&ccedil;&otilde;es (PNI) para a vacina&ccedil;&atilde;o do p&uacute;blico pedi&aacute;trico no pa&iacute;s contra a covid-19. A produ&ccedil;&atilde;o &eacute; feita a partir do Insumo Farmac&ecirc;utico Ativo (IFA) importado da farmac&ecirc;utica Sinovac, na China.

Segundo o instituto, essas doses fazem parte do quarto contrato de compra de 10 milh&otilde;es de doses, feito no in&iacute;cio de 2022. A estimativa &eacute; que, para a imuniza&ccedil;&atilde;o com as duas doses previstas no esquema vacinal prim&aacute;rio de CoronaVac para crian&ccedil;as da faixa et&aacute;ria de 3 a 5 anos, s&atilde;o necess&aacute;rias cerca de 12 milh&otilde;es de vacinas contra a doen&ccedil;a.

No primeiro contrato do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de com o Butantan, em setembro do ano passado, foram entregues 1 milh&atilde;o de doses&nbsp;para o p&uacute;blico infantil, ap&oacute;s a aprova&ccedil;&atilde;o do uso da CoronaVac pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa).

O segundo acordo ocorreu em novembro, com a entrega de mais 1 milh&atilde;o de doses. Nesse momento, foi registrada a suspens&atilde;o de vacina&ccedil;&atilde;o pedi&aacute;trica em alguns estados por falta de imunizante.

No terceiro contrato, foram enviadas 750 mil doses no in&iacute;cio de janeiro de 2023, j&aacute; sob nova gest&atilde;o no Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.

Em janeiro de 2022, a CoronaVac foi aprovada pela Anvisa para a popula&ccedil;&atilde;o menor de 18 anos, de 6 a 17 anos; e, em julho, o imunizante foi liberado para crian&ccedil;as com idade entre 3 e 5 anos.

Mais 1 milh&atilde;o de doses de CoronaVac para vacina&ccedil;&atilde;o de crian&ccedil;as e adolescentes ser&atilde;o entregues pelo Instituto Butantan para o governo federal. O an&uacute;ncio foi feito hoje (9) e o carregamento deve deixar a sede do instituto nesta quinta-feira (10) para o Centro de Distribui&ccedil;&atilde;o do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, em Guarulhos.

A nova remessa do imunizante, produzido em parceria com a farmac&ecirc;utica chinesa Sinovac, &eacute; o segundo aditivo ao contrato para o fornecimento de 10 milh&otilde;es de doses assinado em janeiro para o Programa Nacional de Imuniza&ccedil;&otilde;es (PNI).

&Eacute; o segundo segundo aditivo ao contrato para o fornecimento de 10 milh&otilde;es de doses, firmado entre o Butantan e o Programa Nacional de Imuniza&ccedil;&otilde;es (PNI) em janeiro deste ano. Em setembro, 1 milh&atilde;o de doses j&aacute; havia sido encaminhada ao programa. Um primeiro aditivo de 1 milh&atilde;o de doses foi encaminhado em setembro.&nbsp;

A estimativa, de acordo com o Butantan, &eacute; que s&atilde;o necess&aacute;rias cerca de 12 milh&otilde;es de doses para vacinar todas as 6 milh&otilde;es de crian&ccedil;as brasileiras de 3 a 5 anos com as duas doses do imunizante. Em 2022, pelo menos 900 crian&ccedil;as e adolescentes morreram em decorr&ecirc;ncia da covid-19 no pa&iacute;s, aponta o instituto, a partir de dados do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.

O envio de mais doses ocorre em meio a uma nova onda de aumento de casos de covid-19 associada &agrave; chegada da variante BQ.1 do v&iacute;rus SARS-CoV-2. O instituto alerta para o baixo &iacute;ndice vacinal entre crian&ccedil;as. &ldquo;Somente uma a cada dez crian&ccedil;as de 3 a 4 anos est&atilde;o com o esquema vacinal completo&rdquo;, diz em nota.

De acordo com Boletim Epidemiol&oacute;gico do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de da semana epidemiol&oacute;gica de 16 a 22 de outubro, 132 pessoas de zero a 19 anos morreram em decorr&ecirc;ncia de S&iacute;ndrome Inflamat&oacute;ria Multissist&ecirc;mica Pedi&aacute;trica (SIM-P) associada &agrave; covid-19, e 776 meninos e meninas da mesma faixa et&aacute;ria morreram em consequ&ecirc;ncia de S&iacute;ndrome Respirat&oacute;ria Aguda Grave (SRAG), tamb&eacute;m associada &agrave; doen&ccedil;a.

Em janeiro deste ano, a Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) aprovou a aplica&ccedil;&atilde;o da CoronaVac, produzida em parceria com a chinesa Sinovac, para o p&uacute;blico entre 6 a 17 anos. Em julho foi autorizada a extens&atilde;o para 3 a 5 anos.

Uma carga com 520 mil ovos usados para produ&ccedil;&atilde;o de vacinas contra a gripe, produzida pelo Instituto Butantan, est&aacute; retida devido ao<a href="https://portalsalvadorfm.com.br/noticias/105997,prf-monitora-271-bloqueios-de-bolsonaristas-em-rodovias-192-manifestacoes-foram-desfeitas"> bloqueio realizado por caminhoneiros bolsonaristas</a>, pr&oacute;ximo a Jundia&iacute;, no interior de S&atilde;o Paulo.

Segundo o instituto, se os produtos n&atilde;o chegarem &agrave; institui&ccedil;&atilde;o at&eacute; o final da manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira (1&ordm;), o processo de fabrica&ccedil;&atilde;o pode ter um preju&iacute;zo na produ&ccedil;&atilde;o de 1 milh&atilde;o e meio de doses do imunizante contra o v&iacute;rus influenza.

O Butantan &eacute; respons&aacute;vel pelo fornecimento anual de 80 milh&otilde;es de doses de vacina contra a gripe para o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. As doses s&atilde;o utilizadas na imuniza&ccedil;&atilde;o dos brasileiros e previnem casos graves da doen&ccedil;a, principalmente entre idosos e crian&ccedil;as.

O Instituto Butantan entregou, nesta segunda-feira (19), ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de 1 milh&atilde;o de novas doses da vacina CoronaVac/Butantan/Sinovac. A informa&ccedil;&atilde;o foi divulgada pelo pr&oacute;prio instituto e confirmada pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. De acordo com o minist&eacute;rio, as doses v&atilde;o passar agora por tr&acirc;mites log&iacute;sticos e por controle de qualidade para, ent&atilde;o, serem distribu&iacute;das a todos os estados e ao Distrito Federal.

O Butantan informou que as vacinas foram produzidas em S&atilde;o Paulo com o insumo farmac&ecirc;utico ativo (IFA) importado da empresa chinesa Sinovac. As novas doses ser&atilde;o usadas para vacina&ccedil;&atilde;o de crian&ccedil;as de 3 a 5 anos de idade contra a covid-19. A vacina&ccedil;&atilde;o dessa faixa et&aacute;ria com o imunizante CoronaVac recebeu aprova&ccedil;&atilde;o da Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) em julho deste ano.

&ldquo;A entrega desse novo lote pelo Butantan permitir&aacute; ampliar o n&uacute;mero de crian&ccedil;as brasileiras entre 3 e 5 anos que ser&atilde;o protegidas contra formas graves da covid-19, evitando interna&ccedil;&otilde;es e &oacute;bitos&rdquo;, disse, em nota, o secret&aacute;rio de Ci&ecirc;ncia, Pesquisa e Desenvolvimento em Sa&uacute;de de S&atilde;o Paulo, infectologista David Uip, por meio de nota.

Com o lote entregue hoje (19), o Butantan soma 111 milh&otilde;es de vacinas encaminhadas ao Programa Nacional de Imuniza&ccedil;&otilde;es (PNI), o que vem ocorrendo desde janeiro do ano passado.

Segundo o instituto, ainda em setembro, mais 2,5 milh&otilde;es de doses do imunizante estar&atilde;o dispon&iacute;veis para aplica&ccedil;&atilde;o.

A Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) recebeu do Instituto Butantan dados adicionais referentes ao pedido de autoriza&ccedil;&atilde;o da vacina CoronaVac para crian&ccedil;as de 3 a 5 anos de idade. Atualmente, o imunizante s&oacute; est&aacute; autorizado em pessoas maiores de 6 anos de idade.

O envio das informa&ccedil;&otilde;es, ontem (1), foi acertado em uma reuni&atilde;o no dia 25 entre o instituto e a Anvisa, que agora dar&aacute; seguimento &agrave; avalia&ccedil;&atilde;o do pedido.

&ldquo;A Anvisa ir&aacute; iniciar a an&aacute;lise t&eacute;cnica e avaliar&aacute; a necessidade de nova discuss&atilde;o com as sociedades m&eacute;dicas&rdquo;, informou a ag&ecirc;ncia por meio de nota. No documento, a Anvisa destaca que &ldquo;mant&eacute;m o compromisso na avalia&ccedil;&atilde;o das vacinas, fundamentando as suas a&ccedil;&otilde;es na legalidade e nos par&acirc;metros estabelecidos em suas normas, convergentes com as principais autoridades estrangeiras e com os princ&iacute;pios cient&iacute;ficos&rdquo;.

A Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) informou que t&eacute;cnicos do &oacute;rg&atilde;o se reuniram com representantes do Instituto Butantan, nesta sexta-feira (13), para discutir a amplia&ccedil;&atilde;o do uso da vacina CoronaVac em crian&ccedil;as. A atividade &eacute; parte do processo de solicita&ccedil;&atilde;o de indica&ccedil;&atilde;o da vacina para crian&ccedil;as de 3 a 5 anos.

No in&iacute;cio da semana, o Butantan enviou para a Anvisa dados e informa&ccedil;&otilde;es em resposta ao pedido de exig&ecirc;ncia feito pela ag&ecirc;ncia para suprir lacunas no processo. Estes dados ainda est&atilde;o em an&aacute;lise pela equipe t&eacute;cnica da Anvisa. A resposta recebida pela Anvisa, no entanto, ainda n&atilde;o contempla todos os itens indicados pela equipe t&eacute;cnica no pedido de exig&ecirc;ncia.

De acordo com o Butantan, as informa&ccedil;&otilde;es restantes, que s&atilde;o os dados atualizados de estudos de efetividade feitos no Chile, ainda ser&atilde;o enviados para a ag&ecirc;ncia. Segundo o laborat&oacute;rio, os dados foram solicitados aos pesquisadores daquele pa&iacute;s e ser&atilde;o compartilhados com a Anvisa.

A libera&ccedil;&atilde;o da vacina foi pedida pelo Butatan &agrave; Anvisa no dia 11 de mar&ccedil;o deste ano. O instituto solicitou uma altera&ccedil;&atilde;o na bula da CoronaVac para que ela tamb&eacute;m fosse recomendada para crian&ccedil;as de 3 a 5 anos. Atualmente, al&eacute;m da popula&ccedil;&atilde;o adulta, o imunizante est&aacute; liberado para crian&ccedil;as e adolescentes na faixa et&aacute;ria de 6 a 17 anos. N&atilde;o h&aacute; prazo para a conclus&atilde;o desta an&aacute;lise.

O Instituto Butantan exporta lotes de vacina contra a gripe para o Uruguai e a Nicar&aacute;gua. No total, ser&atilde;o disponibilizadas 925 mil doses &agrave;s duas na&ccedil;&otilde;es visando fortalecer o estoque de imunizantes contra o v&iacute;rus influenza.

O primeiro lote j&aacute; foi enviado. Cerca de 225 mil doses foram encaminhadas para a Nicar&aacute;gua. O Uruguai receber&aacute; as 700 mil doses restantes.

A vacina do Butantan &eacute; a chamada &ldquo;trivalente&rdquo;. O nome &eacute; dado pela capacidade de gerar respostas imunol&oacute;gicas contra tr&ecirc;s variantes do v&iacute;rus influenza: H1N1, a cepa B e H3N2. Esse &uacute;ltimo tipo chegou a provocar diversos casos no Brasil no ano passado.

A institui&ccedil;&atilde;o de pesquisa foi selecionada em edital de licita&ccedil;&atilde;o da Organiza&ccedil;&atilde;o Pan-Americana de Sa&uacute;de (Opas), representante da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) para a regi&atilde;o. O Butantan foi aceito pelo fato de sua vacina contra a gripe ter sido inclu&iacute;da em uma lista de imunizantes da Opas.

A vacina contra a gripe do Instituto Butantan &eacute;&nbsp;utilizada tamb&eacute;m na vacina&ccedil;&atilde;o no Brasil.

O Instituto Butantan inaugurou nesta sexta-feira (25) uma nova f&aacute;brica de produ&ccedil;&atilde;o de vacinas em S&atilde;o Paulo. O Centro de Produ&ccedil;&atilde;o Multiprop&oacute;sito de Vacinas do Instituto Butantan ter&aacute; capacidade de produzir 100 milh&otilde;es de doses por ano e foi constru&iacute;da com investimentos que somam R$ 189 milh&otilde;es, valor que o governo paulista diz ter sido fruto de doa&ccedil;&otilde;es de 75 empresas privadas e de tr&ecirc;s pessoas f&iacute;sicas.

Segundo o governo paulista, a nova f&aacute;brica vai funcionar em um complexo de 11 mil metros quadrados (m&sup2;) de &aacute;rea constru&iacute;da, com dois pr&eacute;dios, e dever&aacute; gerar cerca de 130 empregos diretos. A produ&ccedil;&atilde;o ficar&aacute; no andar t&eacute;rreo. J&aacute; no piso superior, ser&atilde;o tratadas as solu&ccedil;&otilde;es usadas no processo. O subsolo ser&aacute; destinado &agrave; &aacute;rea de descontamina&ccedil;&atilde;o de efluentes. Os laborat&oacute;rios ter&atilde;o qualifica&ccedil;&atilde;o de biosseguran&ccedil;a de n&iacute;vel 3 para manipula&ccedil;&atilde;o de v&iacute;rus pand&ecirc;mico.

Al&eacute;m da CoronaVac, vacina contra a covid-19 que &eacute; produzida pelo Butantan e o laborat&oacute;rio chin&ecirc;s Sinovac, a f&aacute;brica tamb&eacute;m vai ampliar a produ&ccedil;&atilde;o atual de vacinas contra raiva, zika e hepatite A.

A previs&atilde;o &eacute; de que a f&aacute;brica esteja pronta para produzir vacinas em grande escala, somente a partir do primeiro semestre do pr&oacute;ximo ano. &ldquo;Nossa expectativa &eacute; de que no ano que vem essa f&aacute;brica possa estar liberando vacinas de forma regular&rdquo;, disse Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan.

Ap&oacute;s a instala&ccedil;&atilde;o de equipamentos e maquin&aacute;rios importados ao longo dos pr&oacute;ximos meses, o complexo vai passar por novas inspe&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) e testes de seguran&ccedil;a para fabrica&ccedil;&atilde;o e certifica&ccedil;&atilde;o de vacinas.

&ldquo;Nesse momento, o que se entrega &eacute; a infraestrutura f&iacute;sica. Entregamos todas as obras com todas as utilidades j&aacute; instaladas e funcionais e j&aacute; com os equipamentos dentro da f&aacute;brica. A pr&oacute;xima fase &eacute; a instala&ccedil;&atilde;o desses equipamentos. Esses equipamentos ligados nos sistemas de controle t&ecirc;m que ser colocados para funcionar. Quem faz isso &eacute; o Butantan com os produtores [fabricantes dos equipamentos], que vem do mundo inteiro. Eles [produtores] &eacute; que s&atilde;o os respons&aacute;veis pela certifica&ccedil;&atilde;o final. Vamos fazer isso ao longo dos pr&oacute;ximos meses para termos no final do ano a certifica&ccedil;&atilde;o da f&aacute;brica. A f&aacute;brica deve ser toda certificada para, a&iacute; sim, come&ccedil;ar os primeiros ensaios de produ&ccedil;&atilde;o de vacinas. &Eacute; um processo muito complexo&rdquo;, explicou Covas.

Protesto

Durante a apresenta&ccedil;&atilde;o da nova f&aacute;brica pelo governador de S&atilde;o Paulo, Jo&atilde;o Doria, dezenas de pesquisadores e cientistas do Instituto Butantan faziam um protesto no local, reclamando que est&atilde;o sem reajuste desde 2011. &ldquo;Se vacina boa &eacute; vacina no bra&ccedil;o, ci&ecirc;ncia bem feita se faz com cientistas valorizados&rdquo;, dizia uma faixa que os manifestantes seguravam na manifesta&ccedil;&atilde;o.

O Instituto Butantan enviou neste s&aacute;bado (12) uma notifica&ccedil;&atilde;o para a Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) pedindo a inclus&atilde;o da Coronavac para aplicarem em crian&ccedil;as da faixa et&aacute;ria de 3 a 5 anos, ap&oacute;s testes.

O prazo de avalia&ccedil;&atilde;o para esse novo pedido &eacute; de at&eacute; sete dias &uacute;teis e come&ccedil;a a contar a partir de segunda-feira (14).

&ldquo;A an&aacute;lise t&eacute;cnica ser&aacute; feita pela Anvisa de forma rigorosa e com toda a cautela necess&aacute;ria para esse p&uacute;blico espec&iacute;fico&rdquo;, informou a Ag&ecirc;ncia, ap&oacute;s receber a solicita&ccedil;&atilde;o na noite dessa sexta-feira (11).

Caso o pedido seja deferido pela Anvisa, a Coronavac pode ser a primeira vacina contra o coronav&iacute;rus autorizada para crian&ccedil;as a partir dos 3 anos de idade.

Atualmente, a imuniza&ccedil;&atilde;o pedi&aacute;trica contra a covid-19 &eacute; permitida partir dos 5 anos, mas somente a vacina da Pfizer tem autoriza&ccedil;&atilde;o para crian&ccedil;as dessa idade. A partir dos 6 anos, elas podem receber a Pfizer ou Coronavac.

O Instituto Butantan avaliou como promissores os primeiros resultados de estudo realizado com a vacina &uacute;nica contra a covid-19 e contra a gripe, j&aacute; que os testes preliminares mostraram que o imunizante produz anticorpos contra o v&iacute;rus da gripe e contra o SARS-CoV-2.

Segundo o instituto, os testes em humanos da vacina &uacute;nica podem come&ccedil;ar em at&eacute; um ano. Atualmente, o imunizante a est&aacute; em fase de testes em modelos animais que, ap&oacute;s imuniza&ccedil;&atilde;o, produziram anticorpos reagentes &agrave;s tr&ecirc;s cepas do v&iacute;rus influenza (H1N1, H3N2 e B), al&eacute;m do novo coronav&iacute;rus (covid-19).

A vacina inclui a formula&ccedil;&atilde;o da ButanVac, imunizante produzido pelo Butantan contra a covid-19 que est&aacute; sendo avaliado em ensaios cl&iacute;nicos e ser&aacute; produzido no Brasil, e da vacina contra a influenza, tamb&eacute;m produzida pelo instituto e que abastece o Programa Nacional de Imuniza&ccedil;&otilde;es (PNI).

Conforme explicou o diretor de Produ&ccedil;&atilde;o do Butantan, Ricardo Oliveira, em nota divulgada pelo instituto, os estudos ainda s&atilde;o iniciais e est&atilde;o na chamada prova de conceito, quando se coletam resultados de an&aacute;lises feitas em amostras n&atilde;o humanas. No entanto, diante dos desdobramentos positivos, ele v&ecirc; a possibilidade de come&ccedil;ar os ensaios cl&iacute;nicos, ou seja, os testes em humanos, neste prazo de at&eacute; um ano.

Com a ButanVac, por exemplo, os testes em humanos come&ccedil;aram um ano ap&oacute;s a finaliza&ccedil;&atilde;o da prova de conceito.

&ldquo;O que facilita o processo &eacute; que estamos misturando produtos bem conhecidos pelo Butantan: a vacina da influenza, que temos conhecimento de muitos anos, e a ButanVac, que apesar de recente, usa a mesma plataforma da influenza&rdquo;, explicou Oliveira.&nbsp;

Segundo o diretor, os pesquisadores est&atilde;o estudando a intera&ccedil;&atilde;o, fazendo os exames de estabilidade e ele avalia que os primeiros resultados s&atilde;o bons.

O Instituto Butantan planeja fazer um novo pedido &agrave; Anvisa (Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria) de autoriza&ccedil;&atilde;o para vacinar crian&ccedil;as e adolescentes entre 3 e 17 anos com a vacina CoronaVac. A previs&atilde;o &eacute; que esta segunda demanda seja encaminhada na semana que vem, ainda sem dia definido.

A Anvisa negou o primeiro pedido do laborat&oacute;rio paulista, feito em julho, e requisitou mais documentos que comprovassem a efic&aacute;cia e seguran&ccedil;a da vacina, desenvolvida pelo laborat&oacute;rio chin&ecirc;s Sinovac Biotech, nas crian&ccedil;as e adolescentes.

De acordo com o UOL, desde ent&atilde;o, em resposta ao &oacute;rg&atilde;o, o Butantan compartilhou novos dados de efic&aacute;cia da vacina com a Anvisa, mas uma nova solicita&ccedil;&atilde;o formal teria sido requisitada pela ag&ecirc;ncia respons&aacute;vel pela libera&ccedil;&atilde;o dos imunizantes no pa&iacute;s.

Desta vez, o laborat&oacute;rio vai incluir novos resultados da vacina&ccedil;&atilde;o com a CoronaVac em crian&ccedil;as no Chile &mdash; que ontem autorizou o uso da Coronavac em crian&ccedil;as a partir de 3 anos de idade &mdash; e na China. Uma reuni&atilde;o entre chefes do Butantan e da Anvisa, que chegou a ser cancelada na &uacute;ltima semana, deve ser remarcada nos pr&oacute;ximos dias.

Uma pesquisa liderada pelo Instituto Butantan identificou os padr&otilde;es da dissemina&ccedil;&atilde;o da variante delta do novo coronav&iacute;rus pelo Brasil e a origem da entrada da linhagem no pa&iacute;s. Segundo o instituto, &eacute; a primeira vez que esse mapeamento &eacute; feito. A pesquisa foi publicada na plataforma de&nbsp;preprints medRxiv&nbsp;.

As an&aacute;lises mostraram que algumas das dez introdu&ccedil;&otilde;es independentes ocorridas no Brasil at&eacute; o final de setembro foram relacionadas com amostras da variante delta em circula&ccedil;&atilde;o na Austr&aacute;lia e nos Estados Unidos, outras se relacionaram com amostras do Reino Unido. Foi identificada a dissemina&ccedil;&atilde;o da variante por oito estados brasileiros no primeiro semestre de 2021.

Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; transmiss&atilde;o comunit&aacute;ria, que j&aacute; estava estabelecida desde junho, foram detectadas ao menos quatro cadeias de transmiss&atilde;o independentes: no Rio de Janeiro, em Goi&aacute;s, no Maranh&atilde;o e no Paran&aacute;.

Para o estudo, foram utilizados dados coletados pela Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2 do estado de S&atilde;o Paulo, conduzida pelo Butantan, que j&aacute; sequenciou mais de 30 mil amostras do v&iacute;rus.

Conjunto de dados global

Os pesquisadores reuniram um conjunto de dados global e representativo dispon&iacute;vel na plataforma Gisaid (sigla para global initiative on sharing all influenza data), iniciativa que fornece acesso aberto a dados gen&ocirc;micos do v&iacute;rus influenza e do coronav&iacute;rus. Atualmente, a plataforma re&uacute;ne 170 mil genomas da variante delta.

Com condu&ccedil;&atilde;o do Instituto Butantan, a pesquisa teve participa&ccedil;&otilde;es do Hemocentro de Ribeir&atilde;o Preto, da Universidade de S&atilde;o Paulo, da Universidade Estadual Paulista, da Universidade Federal de Minas Gerais, da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz e da Secretaria Municipal de Sa&uacute;de de S&atilde;o Paulo.

De acordo com o Butantan, a variante delta &eacute; respons&aacute;vel atualmente por 90% dos casos de covid-19 no Brasil, registrados nos 26 estados e no Distrito Federal. De acordo com a Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2, a delta predomina no estado de S&atilde;o Paulo desde a 33&ordf; semana epidemiol&oacute;gica (15 a 21/8). Na 42&ordf; semana epidemiol&oacute;gica (17 a 23/10), ela correspondia a 99,7% das amostras sequenciadas pela rede, seguida pela variante P.1.7 (0,3%).

Os primeiros casos relatados de infec&ccedil;&otilde;es no pa&iacute;s est&atilde;o associados a um navio cargueiro que partiu da Mal&aacute;sia em 27 de mar&ccedil;o e que havia passado pela &Aacute;frica do Sul antes de chegar ao Brasil, em 14 de maio, transportando mais de 20 tripulantes, seis deles positivos para a delta.

A primeira amostra da variante delta coletada na cidade de S&atilde;o Paulo, ainda de acordo com o instituto, &eacute; do final de junho. A introdu&ccedil;&atilde;o na Grande S&atilde;o Paulo provavelmente chegou por Taubat&eacute;, partindo inicialmente do estado do Rio de Janeiro.

&ldquo;Uma das teses apontadas para que a delta n&atilde;o tenha causado tantos danos aos brasileiros &eacute; a vacina&ccedil;&atilde;o realizada com a CoronaVac. No Chile, por exemplo, a variante n&atilde;o causou tantos danos quanto em outros pa&iacute;ses que n&atilde;o aplicavam a vacina desenvolvida pelo Butantan. Outro fator que contribui com a diminui&ccedil;&atilde;o dos casos foi a variante gama, que infectou um alto n&uacute;mero de pessoas no pa&iacute;s e pode ter gerado uma imunidade na popula&ccedil;&atilde;o contra a variante delta&rdquo;, divulgou, em nota, o Butantan.

Representantes da Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) se reuniram nesta sexta-feira (5) com integrantes do Instituto Butantan para tratar sobre a possibilidade de aplica&ccedil;&atilde;o da vacina contra a covid-19 Coronavac em crian&ccedil;as e adolescentes.

O Instituto Butantan, vinculado ao governo de S&atilde;o Paulo, possui parceria com a farmac&ecirc;utica chinesa Sinovac para a produ&ccedil;&atilde;o e distribui&ccedil;&atilde;o de doses da vacina Coronavac no Brasil, como vem sendo feito para o combate &agrave; pandemia neste ano.

Segundo a Anvisa, os integrantes do instituto apresentaram o andamento de estudos que est&atilde;o sendo realizados na China sobre a seguran&ccedil;a e a efic&aacute;cia do imunizante para pessoas com menos de 17 anos.

A ag&ecirc;ncia informou que indicou aos representantes do Butantan a necessidade de apresentar os resultados dos estudos sobre a imunogenicidade e que as pesquisas mostrem uma rela&ccedil;&atilde;o favor&aacute;vel entre risco e benef&iacute;cios, sobretudo no p&uacute;blico de tr&ecirc;s a 12 anos. Uma nova reuni&atilde;o est&aacute; prevista para a pr&oacute;xima semana.

A institui&ccedil;&atilde;o de pesquisa ainda n&atilde;o entrou com novo requerimento de autoriza&ccedil;&atilde;o para a inclus&atilde;o desse segmento entre aqueles que podem receber o imunizante.

O Instituto Butantan j&aacute; havia entrado com pedido juntamente &agrave; Anvisa para autoriza&ccedil;&atilde;o da inclus&atilde;o de pessoas menores de 17 anos, mas a solicita&ccedil;&atilde;o foi negada em agosto pela dire&ccedil;&atilde;o da ag&ecirc;ncia.

Uma pesquisa do Instituto Butantan e da Universidade de S&atilde;o Paulo, junto a institui&ccedil;&otilde;es internacionais, indicou possibilidade para o desenvolvimento de vacina contra a esquistossomose, doen&ccedil;a parasit&aacute;ria que afeta anualmente mais de 200 milh&otilde;es de pessoas no mundo. Atualmente, n&atilde;o h&aacute; vacina dispon&iacute;vel para prevenir a doen&ccedil;a. 
 
Os resultados da pesquisa, publicados no artigo&nbsp;Rhesus macaques self-curing from a schistosome infection can display complete immunity to challenge, da revista&nbsp;Nature Communications, na ter&ccedil;a-feira (26), mostram que os macacos rhesus, ao se curarem espontaneamente da esquistossomose, s&atilde;o capazes de gerar anticorpos poderosos contra os parasitas. Dessa forma, eles ficam protegidos ao sofrer uma segunda infec&ccedil;&atilde;o. 
 
Os pesquisadores Sergio Verjovski-Almeida e Murilo Sena Amaral, do Laborat&oacute;rio de Parasitologia do Butantan, acompanharam macacos infectados e reinfectados com o parasita que causa a doen&ccedil;a para entender se a mem&oacute;ria imune dos macacos funcionava depois da exposi&ccedil;&atilde;o a uma segunda tentativa de infec&ccedil;&atilde;o. O objetivo era usar esse conhecimento como base para o desenvolvimento de uma poss&iacute;vel vacina. 
 
Para o estudo, 12 macacos rhesus foram infectados, cada um com 700 parasitas de&nbsp;Schistosoma mansoni&nbsp;e todos se curaram entre a 12&ordm; e a 17&ordm; semanas. Depois de 42 semanas, os pesquisadores monitoraram os macacos ap&oacute;s uma segunda infec&ccedil;&atilde;o. 
 
&ldquo;A conclus&atilde;o foi que os macacos se recuperavam ainda mais r&aacute;pido da reinfec&ccedil;&atilde;o. De fato, ap&oacute;s o segundo contato com a doen&ccedil;a, os rhesus n&atilde;o apresentaram sintomas cl&iacute;nicos (alguns tiveram sintomas leves como diarreia e desidrata&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s a primeira infec&ccedil;&atilde;o)&rdquo;, divulgou o Instituto Butantan. 
 
As pr&oacute;ximas fases da pesquisa, segundo o instituto, ser&atilde;o a identifica&ccedil;&atilde;o das prote&iacute;nas do parasita que s&atilde;o atingidas pelos anticorpos dos macacos e os testes dessas prote&iacute;nas como candidatos vacinais em camundongos.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1425993&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1425993&amp;o=node" />

<h3>Doen&ccedil;a</h3>

Conforme informa&ccedil;&otilde;es do Instituto Butantan, os parasitas infectam pessoas que t&ecirc;m contato com &aacute;gua contaminada e se instalam no interior dos vasos sangu&iacute;neos do intestino e f&iacute;gado, onde se acumulam os ovos depositados. Como o ser humano n&atilde;o consegue eliminar o parasita naturalmente, a doen&ccedil;a se torna perigosa porque provoca complica&ccedil;&otilde;es graves nos &oacute;rg&atilde;os atingidos. 
 
O medicamento de combate &agrave; esquistossomose recomendado pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) &eacute; o Praziquantel, que &eacute; ineficaz contra formas jovens do parasita e n&atilde;o previne a reinfec&ccedil;&atilde;o, informou o Butantan.

O estudo de efetividade da vacina CoronaVac, que o Instituto Butantan est&aacute; realizando sobre a imunidade da popula&ccedil;&atilde;o de Serrana (SP), mostrou que 99% dos moradores apresentaram soroconvers&atilde;o (desenvolveram anticorpos para se defender da infec&ccedil;&atilde;o por covid-19) tr&ecirc;s meses ap&oacute;s receber a segunda dose do imunizante. 
 
Estes s&atilde;o os primeiros n&uacute;meros da pesquisa do Butantan na cidade em que foi realizado o Projeto S, que imunizou toda a popula&ccedil;&atilde;o acima de 18 anos em fevereiro, por meio de um mutir&atilde;o de vacina&ccedil;&atilde;o. 
 
O indicador foi superior aos resultados dos ensaios cl&iacute;nicos das fases 1 e 2 da CoronaVac, que mostraram soroconvers&atilde;o em torno de 97% e 98%, respectivamente, dependendo da dose. Segundo o instituto, al&eacute;m de comprovar, mais uma vez, a durabilidade da prote&ccedil;&atilde;o gerada pela vacina, a pesquisa tem o diferencial de analisar os anticorpos e a imunidade celular no mundo real, o que, at&eacute; o momento, na literatura cient&iacute;fica, sempre foi feito apenas em laborat&oacute;rio. 
 
Os n&uacute;meros preliminares t&ecirc;m como base a primeira etapa da avalia&ccedil;&atilde;o sorol&oacute;gica, em julho e agosto, quando foram coletadas amostras de 3.903 volunt&aacute;rios de Serrana. A segunda etapa da avalia&ccedil;&atilde;o sorol&oacute;gica est&aacute; em andamento. 
 
Quem participou da primeira fase da avalia&ccedil;&atilde;o pode se dirigir, no s&aacute;bado (23) ou domingo (24) pr&oacute;ximos, das 8h &agrave;s 16h30, &agrave; mesma escola onde teve o sangue coletado para ceder uma nova amostra para ser analisada. O estudo envolve todos os maiores de 60 anos e parte dos menores de 60 anos vacinados no Projeto S, conforme aprova&ccedil;&atilde;o do Comit&ecirc; de &Eacute;tica em Pesquisa. 
 
Um artigo cient&iacute;fico sobre a avalia&ccedil;&atilde;o da imunidade dos vacinados no Projeto S deve ser publicado em alguns meses. &ldquo;J&aacute; temos o n&uacute;mero de anticorpos dos adultos e dos mais idosos. O artigo vai contar como estava a varia&ccedil;&atilde;o sorol&oacute;gica nesses &uacute;ltimos tr&ecirc;s meses&rdquo;, diz o m&eacute;dico Gustavo Volpe, um dos coordenadores do estudo e diretor t&eacute;cnico do Hospital Estadual de Serrana. 
 
A ades&atilde;o dos idosos que j&aacute; tomaram a dose de refor&ccedil;o &agrave; pesquisa tem sido boa, e isso deve ser mostrado nos exames. &ldquo;Vai ser um dado interessante. A gente v&ecirc; que a titula&ccedil;&atilde;o [concentra&ccedil;&atilde;o de anticorpos presente no soro/plasma] vai caindo conforme as pessoas s&atilde;o mais velhas. Elas tendem a ter um t&iacute;tulo de sorologia menor que os jovens, mas, com a dose de refor&ccedil;o, vamos ver se ser&aacute; mais ou menos igual&rdquo;, ressalta Volpe.

Dose de refor&ccedil;o

A partir de setembro, os moradores de Serrana que t&ecirc;m mais de 60 anos come&ccedil;aram a receber uma dose adicional de CoronaVac como forma de potencializar a imunidade geral contra o SARS-CoV-2 e aumentar a prote&ccedil;&atilde;o contra a variante Delta, que come&ccedil;ava, ent&atilde;o, a se tornar prevalente no Brasil. 
 
Em seguida, os pesquisadores v&atilde;o avaliar a imunidade celular dos volunt&aacute;rios e entender como os anticorpos se comportam com seis, nove e 12 meses. 
 
Volpe destaca que ter mais anticorpos n&atilde;o quer dizer estar mais protegido contra a doen&ccedil;a. &ldquo;Uma pessoa pode ter dez, outra, 20 e outra, 50. Ser&aacute; que a pessoa que tem 20 tem mais chance de pegar a doen&ccedil;a do que a que tem 50? A princ&iacute;pio, parece ser uma coisa l&oacute;gica, mas a realidade biol&oacute;gica &eacute; diferente. Existem outros fatores que protegem algu&eacute;m do v&iacute;rus&rdquo;, acrescenta.

Medidas de preven&ccedil;&atilde;o

Em maio, dados preliminares do Projeto S mostraram que a imuniza&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o adulta de Serrana fez os casos sintom&aacute;ticos de covid-19 despencarem 80%; as interna&ccedil;&otilde;es, 86%; e as mortes, 95%. De acordo com Volpe, o n&uacute;mero de interna&ccedil;&otilde;es por covid-19 na cidade continua baixo, mas as medidas de prote&ccedil;&atilde;o precisam ser mantidas. 
 
&ldquo;O que estamos vendo hoje no Brasil, de redu&ccedil;&atilde;o de interna&ccedil;&otilde;es, de casos e diminui&ccedil;&atilde;o de transmissibilidade, j&aacute; vimos em Serrana nos meses de maio, junho. Observar o que acontece em Serrana &eacute; essencial para ver o que acontecer&aacute; no Brasil. Por isso, que a cidade &eacute; um laborat&oacute;rio t&atilde;o importante: &eacute; ali que a gente consegue ver realmente o efeito da vacina&rdquo;, completa.

O Instituto Butantan recebeu&nbsp;hoje&nbsp;(15) a autoriza&ccedil;&atilde;o da Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) para iniciar, em humanos, testes complementares do soro anti-covid, fabricado pela institui&ccedil;&atilde;o. Ao contr&aacute;rio da vacina, que &eacute; uma forma de preven&ccedil;&atilde;o, o soro auxilia no tratamento de pessoas j&aacute; infectadas pela doen&ccedil;a. Com a autoriza&ccedil;&atilde;o de&nbsp;hoje, o Butantan conta com as permiss&otilde;es necess&aacute;rias para a realiza&ccedil;&atilde;o de todas as etapas dos testes cl&iacute;nicos do soro.&nbsp;

Os exames ser&atilde;o realizados no Hospital do Rim e no Hospital das Cl&iacute;nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), ambos localizados na cidade de S&atilde;o Paulo. Os volunt&aacute;rios participantes s&atilde;o adultos com mais de 30 anos e com diagn&oacute;stico de infec&ccedil;&atilde;o por covid-19 confirmado por PCR, no m&aacute;ximo, nos cinco dias anteriores.&nbsp;O soro &eacute; intravenoso, ou seja, &eacute; inserido na veia em uma &uacute;nica aplica&ccedil;&atilde;o. O paciente fica no hospital por um dia e recebe o medicamento.

Os ensaios ser&atilde;o feitos em duas fases e tr&ecirc;s etapas. Na fase 1, o estudo vai envolver 30 pessoas transplantadas de rim, pacientes do Hospital do Rim (etapa A); e 30 pacientes oncol&oacute;gicos do Hospital das Cl&iacute;nicas, com c&acirc;ncer de &oacute;rg&atilde;o s&oacute;lido (etapa B). Na fase 2, participar&atilde;o 558 pessoas, entre transplantados de &oacute;rg&atilde;os s&oacute;lidos e pacientes oncol&oacute;gicos, todos fazendo terapia imunossupressora (etapa C).

&ldquo;O foco do soro anti-covid nos imunossuprimidos &eacute; uma contribui&ccedil;&atilde;o do Butantan para fornecer tratamento a um p&uacute;blico numeroso que tem dificuldades na sua imuniza&ccedil;&atilde;o e, em muitos casos, n&atilde;o pode tomar vacina. Al&eacute;m disso, s&atilde;o pessoas bastante afetadas pela covid-19, com uma taxa de mortalidade que pode ser superior a 65%&rdquo;, destacou o instituto em nota.

O Instituto Butantan recebeu&nbsp;hoje&nbsp;(15) a autoriza&ccedil;&atilde;o da Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) para iniciar, em humanos, testes complementares do soro anti-covid, fabricado pela institui&ccedil;&atilde;o. Ao contr&aacute;rio da vacina, que &eacute; uma forma de preven&ccedil;&atilde;o, o soro auxilia no tratamento de pessoas j&aacute; infectadas pela doen&ccedil;a. Com a autoriza&ccedil;&atilde;o de&nbsp;hoje, o Butantan conta com as permiss&otilde;es necess&aacute;rias para a realiza&ccedil;&atilde;o de todas as etapas dos testes cl&iacute;nicos do soro.&nbsp;<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1424593&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1424593&amp;o=node" />

Os exames ser&atilde;o realizados no Hospital do Rim e no Hospital das Cl&iacute;nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), ambos localizados na cidade de S&atilde;o Paulo. Os volunt&aacute;rios participantes s&atilde;o adultos com mais de 30 anos e com diagn&oacute;stico de infec&ccedil;&atilde;o por covid-19 confirmado por PCR, no m&aacute;ximo, nos cinco dias anteriores.&nbsp;O soro &eacute; intravenoso, ou seja, &eacute; inserido na veia em uma &uacute;nica aplica&ccedil;&atilde;o. O paciente fica no hospital por um dia e recebe o medicamento.

Os ensaios ser&atilde;o feitos em duas fases e tr&ecirc;s etapas. Na fase 1, o estudo vai envolver 30 pessoas transplantadas de rim, pacientes do Hospital do Rim (etapa A); e 30 pacientes oncol&oacute;gicos do Hospital das Cl&iacute;nicas, com c&acirc;ncer de &oacute;rg&atilde;o s&oacute;lido (etapa B). Na fase 2, participar&atilde;o 558 pessoas, entre transplantados de &oacute;rg&atilde;os s&oacute;lidos e pacientes oncol&oacute;gicos, todos fazendo terapia imunossupressora (etapa C).

&ldquo;O foco do soro anti-covid nos imunossuprimidos &eacute; uma contribui&ccedil;&atilde;o do Butantan para fornecer tratamento a um p&uacute;blico numeroso que tem dificuldades na sua imuniza&ccedil;&atilde;o e, em muitos casos, n&atilde;o pode tomar vacina. Al&eacute;m disso, s&atilde;o pessoas bastante afetadas pela covid-19, com uma taxa de mortalidade que pode ser superior a 65%&rdquo;, destacou o instituto em nota.

O ministro da Sa&uacute;de, Marcelo Queiroga, disse hoje (5) que um novo contrato do governo federal com o Instituto Butantan, para aquisi&ccedil;&atilde;o de vacinas contra a covid-19, dependendo de registro definitivo do imunizante pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa).

Queiroga retornou ao trabalho na sede do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de nesta ter&ccedil;a-feira, ap&oacute;s retornar de Nova York, nos Estados Unidos, onde cumpria isolamento por ter contra&iacute;do covid-19.

Atualmente, quatro vacinas s&atilde;o oferecidas &agrave; popula&ccedil;&atilde;o pelo Programa Nacional de Imuniza&ccedil;&otilde;es (PNI): a Pfizer/BioNTech e a Oxford/AstraZeneca, que j&aacute; t&ecirc;m registro definitivo na Anvisa; e a Janssen/Johnson&amp;Johnson e a CoronaVac, que t&ecirc;m autoriza&ccedil;&atilde;o apenas para uso emergencial.

Em janeiro, o governo federal assinou contrato com o Instituto Butantan para aquisi&ccedil;&atilde;o de 100 milh&otilde;es de doses da CoronaVac, que foi finalizado no m&ecirc;s passado.

&ldquo;T&iacute;nhamos uma emerg&ecirc;ncia sanit&aacute;ria, essas vacinas foram feitas em tempo recorde e a Anvisa deu registro emergencial, n&atilde;o s&oacute; &agrave; CoronaVac, &agrave; Janssen tamb&eacute;m. Se quer entrar no calend&aacute;rio nacional vai ter que solicitar o registro definitivo&rdquo;, disse. &ldquo;Uma vez a Anvisa concedendo o registro definitivo, o Minsit&eacute;rio da Sa&uacute;de considera essa ou qualquer outra vacina para fazer parte do PNI&rdquo;, disse em entrevista a jornalistas na entrada do minist&eacute;rio.

Para Queiroga, quanto mais oferta de imunizantes, melhor para estimular a queda dos pre&ccedil;os. &ldquo;Se o pre&ccedil;o cai &eacute; melhor porque consigo usar esse recursos, por exemplo, para atender pessoas que t&ecirc;m s&iacute;ndrome p&oacute;s-covid. Tamb&eacute;m preciso manter leitos de UTI habilitados para 2022. Temos dificuldades or&ccedil;ament&aacute;rias, n&atilde;o &eacute; surpresa para ningu&eacute;m, e temos que vencer juntos&rdquo;, disse, destacando a interlocu&ccedil;&atilde;o do governo com o Congresso Nacional.

Campanha 2022

De acordo com o ministro, o corpo t&eacute;cnico do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de j&aacute; est&aacute; em fase de planejamento da campanha de vacina&ccedil;&atilde;o contra a covid-19 em 2022, mas ainda sem posi&ccedil;&otilde;es definidas. Segundo ele, at&eacute; o final do ano, o Brasil ainda deve receber 100 milh&otilde;es de doses da Pfizer, cerca de 30 milh&otilde;es da Janssen, al&eacute;m de doses do cons&oacute;rcio Covax Facility, da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS).

Para Queiroga, n&atilde;o h&aacute; d&uacute;vida que a campanha de vacina&ccedil;&atilde;o contribui para um cen&aacute;rio epidemiol&oacute;gico mais tranquilo, com redu&ccedil;&atilde;o de interna&ccedil;&otilde;es hospitalares e de &oacute;bitos por covid-19. &ldquo;Temos queda no n&uacute;mero de &oacute;bitos de maneira sustentada, apesar de aumento de casos, que se deve &agrave; maior abertura que tem da economia, mas isso n&atilde;o tem correspondido em aumento expressivo de interna&ccedil;&otilde;es&rdquo;, disse.

At&eacute; o momento, o governo federal j&aacute; distribuiu mais de 301 milh&otilde;es de doses de vacina contra a covid-19. Dessas, 242,7 milh&otilde;es foram aplicadas, sendo 147,9 milh&otilde;es em primeira dose e 94,7 milh&otilde;es em segunda dose ou dose &uacute;nica. Mais de 1,3 milh&atilde;o foram doses de refor&ccedil;o para idosos, pessoas imunossuprimidas e profissionais de sa&uacute;de.

De acordo com resultados preliminares divulgados pelo Instituto Butantan, a Coronavac oferece prote&ccedil;&atilde;o de mais de 90% em pessoas com comorbidades contra a Covid-19. A pesquisa divulgada nesta quarta-feira (15), que acontece em Manaus, analisa dados de 5 mil profissionais de seguran&ccedil;a p&uacute;blica e educa&ccedil;&atilde;o entre 18 e 49 anos.

Entre todos os volunt&aacute;rios vacinados, apenas 2,6% foram infectados pelo coronav&iacute;rus, e o &iacute;ndice de hospitaliza&ccedil;&atilde;o em decorr&ecirc;ncia da Covid-19 foi de 0,1%. A taxa de interna&ccedil;&atilde;o em UTI foi de 0,04% e apenas uma pessoa morreu (0,02%).

&ldquo;&Eacute; importante lembrar que a popula&ccedil;&atilde;o vacinada no estudo &eacute; de pessoas que apresentam comorbidades, portanto esper&aacute;vamos uma quantidade maior de infectados, hospitalizados e &oacute;bitos entre esses mais de 5 mil participantes&rdquo;, destaca o m&eacute;dico infectologista da Funda&ccedil;&atilde;o de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e coordenador da pesquisa, Marcus Lacerda.

As comorbidades mais comuns entre os participantes s&atilde;o obesidade (72%), diabetes (54%), hipertens&atilde;o arterial (36%) e imunossupress&atilde;o (27%). Todos est&atilde;o sendo acompanhados h&aacute; seis meses, e agora entram na fase de monitoramento, quando devem passar por exames peri&oacute;dicos para analisar a necessidade de refor&ccedil;o do imunizante.

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