<img alt="Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles já admite mudanças nos planos do governo - Foto: Antonio Cruz | Agência Brasil" src="http://fw.atarde.com.br/2016/04/750_henrique-meirelles-meirelles_1627872.jpg" style="height:443px; width:650px" />

Embora tenha assumido o compromisso, h&aacute; um ano, de que o rombo das contas do governo n&atilde;o ultrapassaria os R$ 139 bilh&otilde;es em 2017, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, j&aacute; admite mudan&ccedil;as. O &#39;Estad&atilde;o/Broadcast&#39; apurou que a revis&atilde;o da meta fiscal de 2017 ter&aacute; como limite o rombo das contas do governo no ano passado, que alcan&ccedil;ou R$ 159,5 bilh&otilde;es ou 2,54% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa uma liberdade para aumentar o d&eacute;ficit projetado para este ano em at&eacute; R$ 20 bilh&otilde;es.

Meirelles avisou &agrave; equipe que tomar&aacute; a decis&atilde;o final at&eacute; 31 de agosto, quando ser&aacute; enviado ao Congresso o projeto de Or&ccedil;amento do ano que vem. A meta fiscal de 2018, que permite um d&eacute;ficit de at&eacute; R$ 129 bilh&otilde;es, tamb&eacute;m dever&aacute; ser revista.

Na segunda-feira, 31, o ministro Meirelles admitiu que estuda rever o compromisso feito h&aacute; um ano de que os gastos p&uacute;blicos neste ano n&atilde;o superariam a arrecada&ccedil;&atilde;o com impostos, sem contar os juros da d&iacute;vida p&uacute;blica, em at&eacute; R$ 139 bilh&otilde;es. &quot;Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; quest&atilde;o fiscal, estamos analisando o assunto. No momento, a meta anunciada ser&aacute; seguida&quot;, afirmou.

O Estad&atilde;o/Broadcast apurou com um integrante da equipe econ&ocirc;mica que &eacute; &quot;forte&quot; a possibilidade de revis&atilde;o da meta, mas o novo referencial n&atilde;o poder&aacute; ultrapassar de jeito nenhum o rombo verificado em 2016 (R$ 159,5 bilh&otilde;es). O mesmo racioc&iacute;nio vale para a revis&atilde;o da meta de 2018: o d&eacute;ficit n&atilde;o poder&aacute; ser maior do que o previsto para este ano.

A avalia&ccedil;&atilde;o da Fazenda &eacute; que &eacute; invi&aacute;vel manter o corte do Or&ccedil;amento nos n&iacute;veis atuais (R$ 45 bilh&otilde;es) por conta do risco de paralisa&ccedil;&atilde;o da m&aacute;quina administrativa, afetando servi&ccedil;os p&uacute;blicos. Com um corte menor, de R$ 39 bilh&otilde;es, j&aacute; houve reclama&ccedil;&atilde;o das pol&iacute;cias Federal e Rodovi&aacute;ria Federal, que alegaram que a restri&ccedil;&atilde;o or&ccedil;ament&aacute;ria prejudicou a confec&ccedil;&atilde;o de passaportes e as patrulhas nas rodovias.

O governo aguarda uma an&aacute;lise mais detalhada dos dados da receita de julho para verificar se a velocidade de recupera&ccedil;&atilde;o da arrecada&ccedil;&atilde;o poder&aacute; ocorrer no ritmo adequado at&eacute; o fim do ano. A avalia&ccedil;&atilde;o da equipe econ&ocirc;mica &eacute; de que n&atilde;o poder&aacute; deixar para o fim do ano a revis&atilde;o, se ficar claro que a velocidade de recupera&ccedil;&atilde;o das receitas n&atilde;o corresponde ao esperado.

Confian&ccedil;a

Segundo fontes, Meirelles deixou claro que, se necess&aacute;rio, far&aacute; a revis&atilde;o da meta deste ano sem temor de perda da confian&ccedil;a na condu&ccedil;&atilde;o da sua pol&iacute;tica. Ele tem recebido indica&ccedil;&otilde;es de investidores de que a mudan&ccedil;a &eacute; inevit&aacute;vel e que h&aacute; confian&ccedil;a no ajuste das despesas feito at&eacute; agora. A interlocutores, Meirelles tem dito que n&atilde;o repetir&aacute; a postura do ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy que, durante o governo Dilma, &quot;brigou em manter a meta a todo custo e depois perdeu&quot;. A mudan&ccedil;a, se tiver de ser feita, ser&aacute; conduzida por ele.

O ministro disse ontem que n&atilde;o h&aacute; planos para compensar a perda de cerca de R$ 500 milh&otilde;es com a corre&ccedil;&atilde;o da al&iacute;quota de PIS/Cofins sobre o etanol. O governo errou o c&aacute;lculo e foi obrigado a diminuir o imposto em R$ 0,08 por litro. Segundo Meirelles, receitas extraordin&aacute;rias - como a antecipa&ccedil;&atilde;o da outorga do Gale&atilde;o e a concess&atilde;o da raspadinha da Caixa - poder&atilde;o compensar essa frustra&ccedil;&atilde;o. &quot;Acreditamos que possa haver recupera&ccedil;&atilde;o grande da arrecada&ccedil;&atilde;o.&quot;

O governo monitora ainda a aprova&ccedil;&atilde;o de projetos que poder&atilde;o render uma maior arrecada&ccedil;&atilde;o, entre eles o da reonera&ccedil;&atilde;o da folha (que acaba com o benef&iacute;cio fiscal dado a 50 setores permitindo a troca da contribui&ccedil;&atilde;o sobre 20% da folha de pagamento por al&iacute;quota de at&eacute; 4,5% sobre o faturamento) e do novo Refis (parcelamento de d&iacute;vidas tribut&aacute;rias). Meirelles afirmou que a previs&atilde;o &eacute; que o Refis seja aprovado &quot;tal qual&quot; enviado pelo governo, sem as modifica&ccedil;&otilde;es feitas pelo relator Newton Cardoso (PMDB-MG), que deixaram as condi&ccedil;&otilde;es muito mais vantajosas para os devedores e derrubaram a previs&atilde;o de arrecada&ccedil;&atilde;o de R$ 13 bilh&otilde;es para R$ 420 milh&otilde;es. As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o do jornal&nbsp;O Estado de S. Paulo.

Resultados para "trabalha"

Equipe econômica já trabalha com rombo de até R$ 159 bilhões este ano

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